Nesse momento o principal elo de união entre legislativo e judiciário é censurar as redes sociais e impedir que se altere o procedimento de votação

Neimar Fernandes – Jornalista e articulista
“Na presidência do senado sai Pacheco e volta Alcolumbre, os dois são farinhas do mesmo saco. Arthur Lira, também envolvido em denúncias até a raiz dos cabelos, substituído por Hugo Motta, mais sujo que “pau de galinheiro e com toda a família respondendo a processos, ou seja, mais do mesmo.
As mesas diretoras do congresso, tentam acordos, na surdina, com o judiciário para blindagens dos dois lados.
Nas gavetas do presidente do senado estão guardados, a sete chaves, pedidos de impeachment contra os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Morais, Edson Fachin e Roberto Barroso, que são moedas fortíssimas para trocas de favores entre legislativo e judiciário.
E a pantomima continua:
O STF mantém na fila diversos pedidos para cassação de deputados e senadores, que volta e meia vêm à tona como um cartão amarelo alertando para o perigo. Em decisões monocráticas ministros atropelam os fatos, censuram publicações, shows, artistas, jornalistas e proíbem investigações, tudo em conluio com o ministério público e a polícia federal. Quando a pressão aumenta se ajeitam entre as turmas ou no plenário.
Nesse momento o principal elo de união entre legislativo e judiciário é censurar as redes sociais e impedir que se altere o procedimento de votação. Parece até que para a “perpetuação das espécies”, precisam manter a qualquer custo o atual modelo, onde quem conta o voto, são os mesmos que investigam, denunciam, condenam, prendem e censuram.
Precisa tudo isso?
Todos os empreiteiros, réus confessos e presos por pagarem propina de 16 milhões de dólares ao ex-governador Sergio Cabral (condenado há mais de 300 anos de prisão e solto), 25 bilhões de reais na lava jato (extinta), mais de 10 milhões de dólares a Eduardo Paes(investigado por estreitas ligações com o crime organizado), foram anistiados, soltos e perdoados de multas bilionárias. Generais e “baderneiros presos sem previsão de julgamento enquanto traficantes como “Pozo do Rodo” saem pela porta da frente e em clima de show. Eles não se vêm como chefes de quadrilha, seus amigos e grande maioria de seus ex-funcionários também não, mas eu vejo.
BILHÕES de Reais ainda são desviados do INSS, hospitais, postos de saúde, medicamentos populares, enquanto milhares de pacientes morrem sem assistência, crianças que não têm o que comer em casa ainda ficam sem a merenda escolar. Professores (poucos sem viés ideológico) se esforçam para ensinar em escolas abarrotadas e caindo aos pedaços e até doações a entidades como cruz vermelha e médicos sem fronteiras somem sem chegar ao destino.
Enquanto a “banda toca” a retreta da FARSA GENERALIZADA, a grande mídia silencia e procura esconder as realizações da excelente administração do governo do Estado de São Paulo, que deveria ser exemplo para todo o país.
O Brasil ainda tem uma árdua batalha pela frente e precisa de apoio popular (não confundir com apoio eleitoral) para continuar a limpeza e assepsia de uma nação tão maltratada e saqueada a olhos vistos.
Tudo isso começa por uma eleição transparente através da contagem de votos impressos em urnas anexas às eletrônicas (nada a ver com o voto em papel como sempre quis fazer crer o ministro Barroso). Pode e deve ser feito de forma rápida ao fechamento das urnas, emitidos os boletins eletrônicos em conformidade com a checagem impressa e distribuídas as atas aos fiscais em cada sessão. Foi assim na Venezuela, onde pôde ser observada uma das maiores fraudes eleitorais da história com a inversão de titularidade, COMPROVADA, de quase 3 milhões de votos.
Para quem pensa que a “VAZA TOGA” pode ser o pontapé inicial para mudar esse jogo, alerto que o sistema é bruto, tem muito dinheiro, cartas na manga e deverá ter o mesmo destino da “VAZA JATO”, atendendo interesses onde o corporativismo e a promíscua relação entre as instituições tendem a, no máximo, “entregar o anel para não perder os tentáculos.
Torço para que esteja errado e que as sanções da Magnitsky alcancem esses “iluministros” e, pelo menos, atenuem essa ANARQUIA IGNOMINIOSA.
Acho que basta, né!”
José Aparecido Ribeiro é jornalista e editor
www.zeaparecido.com.br – jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp:31-99953-7945
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