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Por dois ou três botões – Artigo de Cláudio Motta

Bastam alguns movimentos insanos e a estranha esfera se vai, dissolvendo-se pelo cosmos

Foto: Reprodução – Freepik

Por: Cláudio Motta – Advogado e Diretor da ACMinas

“A história traz a realidade do mundo que não se entende, entre poderes forjados, autoritarismo sem limites e versões divergentes sobre o mesmo tema. Quem é este ser “humano” que aqui habita transitoriamente? Este homem que enfrenta guerras cegas e conflitos sem propósito por falsos valores?

Somos nós, movidos por vaidades voláteis e prazeres temporários? Não há resposta na racionalidade deste universo sem fronteiras, que não se regra por nada e que se afunda na escuridão solitária.

Estamos por dois ou três botões, para uma explosão uníssona e o fim de tudo isto, mas continuamos tentando preservar verdades sem pudor, conceitos ultrapassados e visões desconexas de tudo que nos cerca.

Bastam alguns movimentos insanos e a estranha esfera se vai, dissolvendo-se pelo cosmos em partículas tão pequenas que nunca mais se unirão. A insanidade permeia tudo, encoberta por muito dinheiro e pouca sabedoria.

E o imenso perigo da guerra final não reside apenas no arsenal acumulado ou nos mísseis posicionados — está, sobretudo, no vazio das consciências e na falência moral dos que decidem.

É uma guerra que pode nascer não de uma estratégia fria, mas de um capricho, de um ego ferido, de um botão pressionado no impulso de provar domínio. O mundo, então, não se perde por um ato racional, mas por uma sucessão de irracionalidades toleradas.

A tecnologia que deveria unir, cura e ilumina também é a que aniquila, desintegra e apaga. E o paradoxo é este: quanto mais evoluímos em capacidade destrutiva, mais regredimos em empatia e prudência.

As fronteiras se tornaram digitais, os inimigos invisíveis, e o tempo para reação é de segundos. O apocalipse não virá com trombetas ou cavalos flamejantes, mas talvez com o clique de um homem isolado, sob pressão, crendo que assim salvará sua ideia de mundo.

Estamos, de fato, por dois ou três botões — frágeis, metáforas da insensatez moderna. A paz não é mais um estado natural, mas um esforço desesperado de evitar a loucura coletiva.

E enquanto isso, seguimos anestesiados, entretidos, fingindo normalidade diante do colapso iminente, como passageiros de um navio elegante que navega rumo ao abismo, brindando à própria ilusão.

Que humanidade é essa que vive à beira do próprio fim e ainda assim se recusa a mudar?”

José Aparecido Ribeiro é jornalista e editor

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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