Belo Horizonte é uma das poucas capitais do Brasil em que o turista ao desembarcar no Aeroporto Internacional, é recebido por taxistas de outras cidades, (Lagoa Santa e Confins). Os taxistas de BH não podem trafegar em Lagoa Santa e Confins e os de lá também não podem pegar passageiros aqui e ambos retornam para as suas origens vazios. Esse desentendimento tem causado prejuízos para o bolso dos passageiros de BH e para os turistas que chegam de fora. Esta semana solicitei um taxi por telefone e aguardei 30 minutos até que a telefonista retornou informando que não havia taxi disponível na cidade e que não poderia atender. Liguei para 5 pontos nas proximidades do Bairro Vila Paris, onde moro e não consegui atendimento e isso já aconteceu pelo menos 15 vezes nos últimos 6 meses. Especialmente depois que a Lei de tolerância zero para o álcool passou a ser aplicada. Encontrar um taxi em determinados horários em BH virou um problema e o tempo de espera está ficando cada vez maior, em média 40 minutos, o que é um absurdo. Nos finais de semana o problema se agrava. Sem contar que boa parte dos veículos são desqualificados para a atividade, possuem motores fracos para a topografia da cidade, sem ar-condicionado, por vezes sujos e com condutores despreparados. Nem vamos entrar no mérito da segurança, pois centenas de veículos colocam a vida de passageiros e condutores em risco, em virtude de uma manutenção visivelmente precária. Um taxi precisa manter em dia os filtros de ar condicionado, pneus novos, espaços livres e desobstruídos nos porta malas, amortecedores em boas condições e motoristas bem treinados, com hábitos de higiene mínimos. Detalhes que não são percebidos em centenas deles.
Ora, se a frota de BH cujo o numero é 6.000 taxis não está sendo suficiente para atender ao publico, o bom senso nos diz que os 480 taxis das cidades vizinhas, que atendem o Aeroporto de Confins, são bem vindos também em BH. Isso resolveria 3 problemas sérios: A falta de taxi em BH, a permissão para que os taxistas de BH possam trafegar em Confins, recebendo os passageiros, que em sua maioria, tem BH como destino, e o mais importante que é a redução do valor da corrida que hoje é de aproximadamente R$100,00, valor suficiente para pagar um trechos de passagem aérea para várias capitais. Com um pouco de boa vontade é razoável pensar que o transito livre dos táxis destas três cidades pode ajudar a resolver a escassez de taxi em BH, independente da licitação que pretende permitir mais 605 veículos na praça e que não vai resolver o problema. Fica a sugestão para a BH Trans.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos e Transito
Profissional de Turismo
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