Os governantes de BH estão precisando andar pela cidade, se possível, sem a companhia dos "especialistas" e assessores responsáveis pelas obras que a cidade demanda e que não saem do papel. Vejam o exemplo da Av. Cristiano Machado e da Linha Verde. Depois que vencemos o trecho de BH após a Estação Vilarinho do Metrô a Linha Verde é motivo de orgulho para qualquer cidadão que sonha com uma cidade moderna, mesmo com todos os erros cometidos e que estão sendo corrigidos pelo Governo do Estado. É impossível não arrepiar quando nos deparamos com aquela obra monumental que mostra a capacidade da engenharia quando ela é colocada a serviço do bem comum, pela via da boa política em prol do progresso. Esta Via deveria ser exemplo para todas as Rodovias Federais que atravessam Minas Gerais, inclusive o Anel Rodoviário.
Contudo, o sentimento é contrário, quando passamos pelos gargalos da Av. Cristiano Machado nas Estações Primeiro de Maio, Valdomiro Lobo, Vilarinho e no cruzamento com a Rua Jacuí. Os quatro piores, dos 13 existentes. A sensação é que a cidade parou no tempo e não tem ninguém cuidando dela. Não é segredo para os mais atentos que a "turma" que pensa a cidade (urbanistas e secretários que estão aí a décadas) são contra obras e ao que tudo indica, conseguiram convencer o atual prefeito de que o caminho é os "puxadinhos" e não as obras definitivas que a cidade demanda para ontem (túneis, trincheiras, pontes, passarelas e elevados).
Dá desespero constatar que Belo Horizonte precisa de mais de 150 obras para fazer o transito fluir e os nossos "brilhantes" gestores estão focados em orçamento participativo", BRT e obrinhas de pouca relevância. Triste sina de quem é governado por políticos e “aspones” medíocres. Quem acredita que BRT vai resolver o problema do caos deve acordar no dia 25 de dezembro esperando o papai noel, acreditando que ele existe. BRT vai melhorar um pouco a vida de quem já usa o transporte publico de 5a categoria, nada mais. A cidade precisa de Metrô, Monohail e OBRAS, muitas obras.
Os gargalos citados acima são gravíssimos e inclusive depõem contra Minas Gerais. Qualquer turista que usa a Linha Verde por exemplo e vê sinais onde deveriam existir viadutos ou trincheiras na Av. Cristiano Machado, deve pensar que Mineiro é devagar quase parando. Embora tais obras sejam visíveis, urgentes e impreteríveis os gestores da cidade preferem fingir não vê-las, gostam mesmo é de ficar gravitando bem pertinho da “Côrte”, dizendo aos governantes o que eles gostam, e não o que eles precisam ouvir…
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos e Transito
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