A maior reclamação em relação ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, não diz respeito ao Aeródromo em si, que aliás é motivo de orgulho e resgate da auto estima dos belo-horizontinos, desde que recebeu reformas e ampliação, mas o trânsito. Da gosto andar pelo Aeroporto na ida e na volta. Triste é chegar ou sair de BH pelas vias que dão acesso ao Aeroporto.
O martírio vale para quem chega e para quem vai: o tempo de deslocamento e o trânsito lento entre o Complexo da Lagoinha e a Linha Verde dependendo da hora, pode durar horas, valendo para o sentido contrário, neste caso com retenções a partir ou mesmo antes da Cidade Administrativa.
Gasta-se mais tempo no deslocamento do que na maioria das viagens entre capitais do Sudeste e também Brasília nos horários de pico. Embora os dois corredores em direção ao Aeroporto Internacional tenham calhas (largura) suficiente para receber grande volume de veículos, (50 metros), em 4 faixas de cada lado, o trânsito não desenvolve graças aos cruzamentos e interrupções de tráfego que poderiam ser evitados, fosse o gestor da mobilidade atento e comprometido com FLUIDEZ.(palavra que não existe no dicionário da BHTRANS).
Pasmem, amigo leitor, os dois corredores que ligam o Centro da Capital à Linha Verde tem mais de 50 interrupções de tráfego, sendo 12 na Cristiano Machado e 38 na Antonio Carlos, via de regra com os sinais em onda vermelha a cada dois cruzamentos. Com efeito, a cidade precisa de obras capazes de eliminar cruzamentos, os famosos gargalos. Porém, elas não bastam, é recomendável também aumentar a velocidade máxima de 60km/hs para 70km/hs, nos trechos onde não há circulação de pedestres em direção a Linha Verde.
E isso pode ser feito sem prejuízos para a segurança de motoristas ou dos próprios pedestres, já que estamos falando de 10km/hs a mais na velocidade, onde eles não circulam. Isso provocaria ganho de tempo e fluidez. O problema é que tal mudança faria a arrecadação da BHTRANS proveniente de “excesso” de velocidade despencar em 83%. Não é por acaso que existem nos dois corredores nada menos do que 40 radares espalhados em pontos estratégicos, com a velocidade limitada em 60km/hs. Quebrar paradigmas, fazer obras que eliminem cruzamentos deveria ser o foco da PBH, mas o que se vê é exatamente o contrário. Foco em retenção de tráfego e diminuição da velocidade, com consequente aumento na arrecadação.
Fluidez em direção à Confins, só quando a “turma do deixa disso” for substituída por mentes menos medíocres, arejadas e viajadas, profissionais que compreendam os prejuízos que a falta de fluidez provoca na economia e na saúde dos belo-horizontinos, seus visitantes e de que transita por ali todo os dias.
Você concorda? Faça esse post circular então. Quem sabe o Kalil entenda sem que seja necessário desenhar…?
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos – Jornalista e blogueiro no portal uai.com.br
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Colunista nas revistas: Minas em Cena/Exclusive/ Mercado Comum