Ê inexplicável o fato de BH não ter taxi disponível para atender seus moradores e visitantes. Enquanto isso sobra taxi no Aeroporto de Confins. A livre circulação dos taxis de Confins e Lagoa Santa em BH mataria “3 coelhos com uma cajadada só”. Contudo, esperar que seja algo consensual é ingenuidade. Evidente que cada um tem seus motivos contra essa medida que beneficiaria milhões de pessoas que usam taxi não só em BH, mas no deslocamento para Confins também. Porém, não são os interesses pessoais ou de categorias que deveriam prevalecer, mas o da população que usa o serviço, já que ele é uma concessão publica regulamentada pelos municípios.
Neste caso é necessária a mão forte do Governo Estadual e da Justiça para resolver o assunto que virou um problema com várias facetas e consequências incalculáveis para o conjunto da sociedade. A principal delas, além da espera, é o preço exorbitante que se paga por uma corrida, fazendo de Belo Horizonte a capital com o deslocamento do centro ao aeroporto mais caro do Brasil. Este "pequeno" detalhe está inviabilizando reuniões de negócios e eventos importantes para as 3 cidades e para o próprio Estado de Minas Gerais, cuja porta de entrada é Confins.
Se BH precisa de taxi e as duas cidades vizinhas os tem, por que não encontrar uma forma de liberar o transito livre entre permitindo que os taxi retornem com passageiros de Confins? Evidente que se deixar por conta dos representantes da categoria, cada um vai olhar para o próprio umbigo. Vivemos em um sociedade individualista, incapaz de pensar com foco no coletivo. É cada um por si e Deus para todos. Esperar que os Prefeitos das 3 cidades se entendam, é perda de tempo também. Eles tem coisas mais importantes para fazer.
Com efeito, ou o Governador e o Ministério Público agem usando a política e a força das Leis para acabar logo com esse imbróglio, ou nós, usuários de taxi de BH e em especial, os passageiros de Confins, continuaremos pagando a conta com longas esperas e tarifas que custam mais caro do que passagens aéreas. Algo que foge ao principio da razoabilidade. Ninguém aguenta mais esperar taxi e ouvir desculpas das autoridades que já deram mostras de incompetência para resolver o assunto.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Mobilidade e Assuntos Urbanos
Presidente do CEPU-ACMinas
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