Desrespeito ao Consumidor e a certeza da impunidade.

O desrespeito ao consumidor em BH é algo assombroso e revela entre outras coisas que empresas, bancos e prestadores de serviço ignoram o Código de Defesa do Consumidor sem a menor cerimônia, confiantes de que não existe fiscalização e nem tampouco punição. Causa espanto também a passividade do povo diante dos absurdos. A título de exemplo vou citar três casos que aconteceram comigo no mesmo dia em curtos intervalos de tempo. Segunda feira dia 05/3/2012 – Banco Santander, Ag. 3202 – Rua São Paulo no Bairro de Lourdes; Loja da TAM, Viagens também no Bairro de Lourdes, na Rua Felipe dos Santos esquina com Praça Marília de Dirceu e Drogaria Araujo da Av. Prudente de Morais no Bairro Cidade Jardim: Banco Santander: Entrei na Agência para fazer um pagamento de uma fatura no caixa eletrônico e o  valor era de R$8.000,00. Porém, o terminal de auto atendimento nao recebe contas acima de R$7.500,00, o que me obrigou a entrar na agência por volta de 15:10hs. Pasmem, na fila, na minha frente, haviam 45 pessoas esperando para serem atendidas em um dos três caixas da agencia. A Agência possui apenas 3 caixas para atender clientes e passantes. Fui obrigado a deixar o título que venceria nesta data com um gerente que sensibilizado com os meus apelos, prontificou-se a pagar depois do expediente, caso eu deixasse uma autorização, por ser cliente Van Gohg há mais de 15 anos. Procedimento que não é usual e ocorreu por que fui apelativo; Loja da TAM Viagens: Comprei uma passagem no site da Cia Aérea no domingo á noite e a confirmação no meu e-mail não estava condizente com o que eu digitei na compra. Tentei cancelar pelo telefone no domingo mesmo a noite, mas as ligações estavam com uma previsão de espera de 40 minutos. Esperei 70 minutos e a ligação caiu. Com o adiantado da hora, que já passsava da meia noite, desisti de fazer o cancelamento pelo telefone e procurei a loja da TAM na segunda feira para resolver o problema. Qual não foi a minha surpresa, ao entrar na loja que tem 6 posições de atendimento, apenas 3 estavam funcionando. Esperei para ser atendido 1:15hs e não consegui resolver o equivoco. Isso por que a mudança de data, que foi um erro do próprio site da TAM me custaria a bagatela de 60% do valor da compra para o cancelamento, e R$1.200,00 caso a data fosse alterada. O dobro do valor de ida e volta para o meu destino (R$700,00). Ou seja, as regras tarifarias tornaram-se a pouco tempo inflexíveis, mesmo quando o erro é do sistema da TAM. Tais regras beneficiam apenas a Cia Aérea e o cliente não tem direitos, se não o de ficar calado, pagar ou não viajar. Uma acinte ao principio da razoabilidade que deve existir em relações de consumo. (vou levar o caso para o PROCON). Drogaria Araújo: Entrei na loja da Drogaria mais cara de BH e para ser atendido, foram 18 minutos contatos no relógio. Após adquirir os produtos, caminhei até o caixa, e, acredite,  haviam 17 pessoas na fila. Das 6 posições de atendimento, apenas duas estavam atendendo. Entre a entrada e a saída do estabelecimento, foram 45 minutos para comprar um produto.

Não sei se estou ficando velho, ranzinza ou mesmo maluco, mas algo está errado e ninguém se manifesta. A sensação ao viver situações como essa é de estresse e total impotência, já que não temos para quem recorrer. Fica o desabafo e a sensação de estar fazendo a minha parte para que haja mais respeito pelo consumidor que paga por produtos e serviços, cada vez mais, de péssima qualidade.

 

José Aparecido Ribeiro

Consultor em Assuntos Urbanos

CRA MG 0094/94

31-9953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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