O ultimo final de semana foi marcado na high society de BH pela visita de Dilma Rousseff ao tradicional restaurante do bairro de Lourdes, “A Favorita”, cujo proprietário é o “simpático” uruguaio, Fernando Areco Motta. Após o jantar a candidata ao Senado por MG, ex-presidenta “impeachmada” que nasceu em BH mas sempre viveu em Porto Alegre, recebeu de um funcionário emocionado com a ilustre presença, uma torta com os seguintes dizeres: Sempre a “NOSSA” presidenta. – Nossa? – de certo deve ser dele, e não dos frequentadores do restaurante, que são, ou, pelo menos eram tucanos.
A foto tomou conta das redes sociais e isso foi o suficiente para o início de uma campanha de boicote ao “Favorita”, ponto de encontro de empresários insatisfeitos com o governo de Dilma que é passado, mas deixou um rastro de destruição na economia. Em menos de duas horas a cidade inteira, ou pelo menos a Zona Sul, ficou sabendo do agrado à presidenta que quase todo mundo quer esquecer, ainda que ironicamente lidere as pesquisas para uma das vagas do Senado Federal por Minas, mesmo sem nunca ter morado por aqui, tampouco feito algo relevante para o Estado.
A primeira mensagem dava o caso como uma afronta e pedia vingança. Tudo certo até aí, afinal o embate político ideológico é entre “nós”(os coxinhas) e “eles”(os mortadelas). A Favorita, é “nosso” – refiro-me, evidentemente, aos frequentadores tradicionais da casa. A pergunta era: Como uma petista que arrasou o país pode receber homenagens em “nossa” sala de visitas? O funcionário perdeu o juízo e deve perder também o emprego. Não demorou para a resposta vir da pior maneira.
O “simpático” Motta não titubeou, mesmo no exterior gravou um vídeo e ao que tudo indica, conseguiu piorar ainda mais a situação ao agradar “nós” (os coxinhas) e desagradar “eles” (os mortadelas). Com sotaque carregado, e a face engessada de sempre, fez a seguinte declaração: “Sou Motta, O Dono do restaurante A Favorita e o expressado na sobremesa quando da visita da Sra. Dilma não reflete o meu pensamento e nem o do restaurante, foi um gesto impensado e não autorizado de um funcionário”. Obrigado!
Faltou ele dizer que o funcionário já tinha sido militante do PT e que havia perdido o emprego. Não demorou, e a turma do PT partiu para o ataque. Motta também esqueceu que o episódio não passará em branco, pois a “desfeita” foi com uma ‘cumpanheira’ que será senadoras por Minas Gerais. Fato é que bastaria uma declaração um pouco mais elegante e o recado teria sido dado, pois trata-se de uma ex-presidenta, que ainda agrada a turma da cozinha, alguns da sala e um sem número de intelectuais que irão me excomungar ao lerem essa crônica, em que pese a boa intenção do anfitrião com os seus clientes habitués, é claro.
Motta perdeu a oportunidade de sair por cima sem o desgaste com a esquerda belo-horizontina que inclui o governador Fernando Pimentel e toda a sua Entourage. É bom que ele fique atento pois com o poder e dezenas de secretarias ávidas para usar a caneta, não duvide das possíveis represálias. Eu no lugar do uruguaio ficaria preparado e se possível deixaria na manga um hábeas-corpus preventivo, pois pode vir “chumbo grosso” por ai. Quem viver, verá!
José Aparecido Ribeiro
Jornalista
Blogueiro nos portais uai.com.br – osnovosinconfidentes.com.br
DRT 17.076 – MG – jaribeirobh@gmail.com – 31-99953-7945
Colunista nas revistas: Exclusive/ Minas em Cena/ Mercado Comum e Entre Vias.