"É aqui que eu amo, é aqui que eu quero ficar, pois não há lugar melhor que BH".
Será que o refrão do hino está sendo condizente com o que estamos vivendo? O trauma de terça feira 9/5 já foi esquecido por boa parte da população, pelas autoridades, e ao que tudo indica, não serviu de lição.
Os depoimentos e as justificativas das autoridades, incluindo a do Prefeito, através da Assessoria de Imprensa, foram lamentáveis, revelam desconhecimento do assunto e pré conceitos em relação as criticas de quem esteve no olho do furacão e tem o direito de entender o que aconteceu.
O gesto diminutivo da sinais inequívocos de que a cidade vai continuar a deriva de sinais e dos congestionamentos gigantes que causam estresse e até riscos de vida para quem fica preso no transito. Tratar o assunto como um acontecimento atípico, é reduzi-lo a uma insignificância perigosa e diametral.
A população precisa saber onde estavam e o que estavam fazendo na tarde e noite de terça feira 10/5, o Sr. Prefeito, o Presidente da BH Trans e o Diretor de Operações da autarquia, que nunca havia aparecido para dar declarações. Eles precisam dizer o que está sendo feito para que o colapso não volte a acontecer. Onde está montado o gabinete de crises e por que ele não entrou em ação, se de fato existe.
Se não sabem o que dizer, precisam assumir isso publicamente.
Milhares de pessoas não tinham como fazer suas necessidades básicas presas dentro de ônibus e carros parados por 4 horas e isso não é normal, não pode ser varrido para debaixo do tapete como querem os adeptos do "politicamente correto".
Os relatos é de que não houve esforços das autoridades para a resolução do problema. Agentes, que segundo as autoridades foram empenhados, não foram vistos e está havendo omissão de informações verdadeiras.
Se existiu omissão, o mínimo que o Prefeito deveria fazer é vir a publico e se explicar, com um plano para que o problema não se repita.
A tarefa de um Prefeito, mais do que garantir a permanência do seu grupo no poder é conhecer os problemas da cidade e combate-los a tempo e a hora. Maquiar a cidade e achar que está tudo bem é subestimar a inteligência alheia. O povo é desatento, mas não é burro. Mandar recados através da assessoria de imprensa ou ficar em silêncio é um desrespeito e uma forma de mostrar que não existe domínio da situação. A côrte é montada com bajuladores e trabalhadores. Os primeiros estão sobrepondo… Os Cidadãos querem ouvir o Prefeito sobre o que aconteceu e o que está sendo feito para evitar o caos que é mais evidente a cada dia, por toda a cidade.
Correr não resolve, fica em silêncio menos ainda, dar desculpas esfarrapadas nem tampouco. Não é isso que se espera de um Prefeito comprometido com o seu povo.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos
ONG SOS Mobilidade Urbana
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