Eike Batista não é santo, mas também não é o Diabo.

 

A prisão de Eike Batista em uma cela medieval revela entre outras coisas a esquizofrenia do povo brasileiro. Muito mais do que a pretensa justiça que justifica a barbárie a um cidadão abastado, o que se vê é uma acinte ao direito inalienável à liberdade de quem não representa risco para o coletivo. Você consegue se imaginar na pele de Eike? O que faria no lugar dele? Voltaria para o Brasil ou seguiria para Alemanha onde possui cidadania? Evidente que ele não é inocente, entrou no jogo e precisa responder, tampouco ele é um bandido que mereça o que está passando. Uma coisa é torcer para que um estuprador, um assassino serial killer, um politico corrupto ou mesmo um religioso cafajeste, que estorque inocentes em nome de Deus nas periferias brasileiras, pereçam na prisão. Outra muito diferente é comparar o crime de Eike ao de um marginal tirando dele a liberdade e confinando ele ao lado de criminosos em uma cela de 6M/2. Jogar um homem do céu para o purgatório em menos de 24 horas não me parece algo razoáveis e aceitável. Priva-lo da liberdade sim, trancafia-lo no inferno, NÃO. Lembre se que até semana passada, suas companhias eram presidentes da república, senadores, deputados, prefeitos, desembargadores, procuradores, empresários respeitados e politicos que nós elegemos, inclusive alguns aqui de Minas que ocupam posições importantes em Brasília. Diga-me com quem tu andas, que direi que tu és. Se valer a maxima, faltarão celas nas masmorras indignas do sistema prisional brasileiro. Ninguém merece as cadeias deste país, comparadas ao inferno na terra, embora alguns sejam dignos delas pela crueldade de seus crimes ou mesmo pelo cinismo que lhes garantem mandatos políticos. O empresario não é uma pessoa do mal, gera emprego e até onde se sabe, trata seu colaboradores com respeito e reconhecimento.  É um homem generoso e inteligente. Do contrário não teria chegado onde chegou  e feito fortuna. Ao ver a entrevista de Eike para o repórter da Rede Globo no aeroporto JFK em Nova York, qualquer indivíduo minimamente sensato percebeu que ele pode ter errado, merece punição exemplar, mas não se trata de um bandido que deva receber o tratamento que está tendo. Tive compaixão e consegui, mesmo de longe, anonimamente, me solidarizar com o seu drama. Aliás, certamente, ele não imaginava um fim tão indigno, por ter sido obrigado a participar da bandidagem liderada pelo GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO.
A esteria coletiva pela qual o povo é movido, deveria vir baseada no princípio da razoabilidade. Não é isso que estamos percebendo. Trancafiar Eike Batista ao lado de milicianos e foras da lei é prova inequívoca de que nossa democracia adoeceu, e que nossa justiça não é tão justa como parece. O povo brasileiro precisa reagir menos e refletir mais. A nação urge por mudanças de rumo. Não é de Eike a responsabilidade única dos absurdos que o Brasil assiste, mas do modelo político falido, cujo os maiores beneficiários são os que se aproveitam dele, induzindo empresários e cidadãos ao crime, especialmente os crimes financeiros. Os beneficiários do banditismo “democrático” seguem livres, leves e soltos, roubando a população brasileira, impunimente. Ironicamente, eleitos pelo mesmo povo incauto que vibra com a prisão de Eike, achando que agora tudo será diferente.
O povo perdeu a noção de justiça, está cego, infantilizou-se, padece da falta de bom senso e compaixão, enxerga apenas a superfície, as aparências e não o fato. Pior do que Eike, é o modelo que em nome da liberdade, permite a qualquer um, o que não deveria jamais ser para qualquer um… O exercício da política por bandidos travestidos de cidadãos.
Se vc concorda, repasse.

José Aparecido Ribeiro
Licenciado em Filosofia
Consultor em Assuntos Urbanos
Belo Horizonte – MG
CRA MG – 08.0094/D
31-99953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias relacionadas