Em tempos de Donald Trump e de exaustão da política convencional que permite a eleição de Renan Calheiros, Waldemar da Costa Neto, Tiririca, Picciane, Pezão, Brunny, Kalil e tantos outros, a ideia da Globo em eleger um membro dos seus quadros para ser Presidente do Brasil, não é de tudo tão estapafúrdia como pensam alguns.
Sem que se perceba, de forma sutil, as mentes do eleitorado brasileiro estão sendo preparadas para o pleito de 2018. Em curso está a construção de um herói nacional que faz o bem não importando a quem. Ele representa o novo, é astro de televisão, e tem por trás um projeto pouco convencional de fazer política, mas que pode dar certo. Instrumental não lhe faltará.
Ninguém duvida do poder de comunicação da família Marinho e do seu arsenal midiático. História semelhante aconteceu recentemente e elegeu o magnata Donald Trump para a presidência da maior potencia mundial, os EUA. Centenas de políticos no Brasil aproveitam-se da profissão de comunicadores ou da fama para conquistar mandatos.
O povo é carente de mitos, de “estrelas”, de atores, os profissionais e até os amadores. Isso chama-se democracia. Ainda que ela esteja a beira de um colapso, é o que temos. Já há algum tempo a Globo vem costurando e adornando as mentes menos atentas, com maestria e sutileza invejáveis. Usa para isso um personagem que emociona seu público nas tardes de sábado.
Com espírito de solidariedade, altruísmo, carisma inegável e domínio da comunicação, o apresentador Luciano Huck incorpora o homem bom que o povo tanto precisa, tirando lágrimas de milhões de brasileiros. A televisão está no móvel da sala, dependurada na parede, na cozinha, nos quartos, no banquinho ou em qualquer ponto da casa de 92% dos lares brasileiros, agora em alta definição, com qualidade digital.
No boteco, na academia, no consultório médico, na portaria do prédio, repare, a tv está sempre na Globo. Quem tem uma de 29”, nunca contou com tantas facilidades para adquirir outra de 43”ou 50”, transformando o próprio sofá em uma poltrona de cinema, dentro de casa. Quer coisa melhor? A pipoca e a cervejinha estão à mão e o custo é quase zero.
Em um país acuado pelo medo, trancado dentro de casa, que tem 25 milhões de pessoas desocupadas, no meio de uma recessão sem precedentes, e a pior crise de confiança na classe política da história, não é difícil emplacar um candidato com as características de Luciano Huck. Alguém duvida do poder da Globo e da inocência do povo que vota?
Portanto, a razoabilidade do projeto “Luciano Huck Presidente” precisa ser considerada e até aplaudida. A construção vem sendo feita passo a passo, mesmo com a rejeição da emissora junto ao público mais “esclarecido” por obra de uma programação que prega a libertinagem e um mundo gay, como o melhor e ideal para todos, meio goela abaixo…
Fato é que a Globo segue firme ditando comportamentos, manipulando mentes menos esclarecidas, interferindo no mercado, na política, formando opinião despertando desejos, alimentando sonhos e ditando moda. Por que não, elegendo um presidente da republica?
Do “Oiapoque ao Chuí” a Globo reina absoluta nos sofás de ricos, pobres, brancos e pretos, homens, mulheres, atleticanos, cruzeirenses, índios e pardos. Ninguém escapa. Seu poder de criar mitos nunca foi tão grande e o momento nunca foi tão oportuno. E não é por acaso que recentemente, as propagandas da globo tem como protagonista, o povo brasileiro, elevado ele a condição de “ESTRELA”.
Não se trata apenas da construção de um mito da tv que vai virar candidato A PRESIDENTE DO BRASIL, mas de um guerra de forças cuja intenção também é mostrar que mesmo em tempos de internet e mídias sociais, de whatsapp onde “pouco se cria e tudo se encaminha”, a TV no Brasil continua exercendo poder, mudando a cultura, criando sonhos, ditando comportamento e despertando paixões. Quem viver verá!
José Aparecido Ribeiro
Licenciado em Filosofia – Jornalista
Blogueiro no portal uai.com.br
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