Vivemos em uma sociedade cada vez mais individualista. Vale o interesse individual em primeiro lugar e pouco importa o direito do outro. Esse comportamento se manifesta de várias maneiras e uma delas tem sido marcante, trazendo prejuízos para o conjunto da sociedade, especialmente para quem tem automóvel e precisa estacioná-lo em locais públicos. O transito revela a civilidade de um povo, ou a falta dela… Em Belo Horizonte esta máxima se confirma a cada dia.
A quantidade de vagas para estacionamento em vias onde é permitido o rotativo faixa azul é limitado. Portanto, o uso racional delas é fundamental para que o espaço seja bem aproveitado e todos possam utiliza-la. Porém, são poucos os motoristas que se preocupam em estacionar de modo a permitir que mais pessoas utilizem o mesmo espaço. É comum ver um carros ocupando 2 vagas onde poderiam estacionar mais de um veículo.
A falta de sinalização horizontal demarcando as vagas agrava o problema. A prefeitura deveria delimitar e punir aqueles que não respeitam o espaço, obrigando os desatentos e os egoístas a respeitarem o limite de cada vaga, de modo a não permitir o uso de duas vagas por apenas um veículo. Embora o estacionamento faixa azul tenha a intenção de permitir o uso equitativo do espaço público, ele se limita apenas a fiscalizar o tempo e não a organizar de forma racional e justa a ocupação destas vagas.
Fica a dica para que a Prefeitura estabeleça regras e fiscalize, advertindo e punindo os que insistem em ter um comportamento individualista ou egoísta. Com a pintura horizontal, considerando o tamanho médio dos veículos produzidos no Brasil, e as recomendações do CTB para que as vagas tenham 2,30 M de largura e 5,50 de comprimento. Assim, os próprios usuários e os órgãos fiscalizadores poderão cobrar dos motoristas um comportamento mais cidadão.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Mobilidade e Assuntos Urbanos
Presidente do Conselho Empresarial de Política Urbana da ACMinas
ONG SOS Mobilidade Urbana
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