Excesso de carros, obras sem planejamento de impactos no transito sendo realizadas em horários inoportunos, cruzamentos com sinais em cada esquina, transporte coletivo precário, ausência total de agentes nas ruas para administrar o transito e chuva. Um coquetel perfeito para o que é denominado "deadlock trafic".
Quando tudo para e nada se move. Essa já é realidade em Belo Horizonte, mesmo com a negativa das autoridades. Ao contrario do que os fatos revelam, todas as vezes que são questionados e convidados a apresentar soluções ou planos de emergência, se limitam a dizer o que todo mundo já sabe e sente na pele, diariamente: A cidade tem muito carro e a população precisa ter paciência, ponto final…
Acreditam cegamente que o BRT vai resolver o problema e que até lá não há o que fazer. Enganam-se de cabo a rabo. Primeiro em acreditar que BRT tem apelo suficiente para tirar carros das ruas. Erram também ao adotar o silêncio e a ausência nas ruas como resposta, deixando o transito a deriva na tentativa de recuperar o direito de usar a caneta como método pedagógico.
Vale lembrar que não é de caneta que o motorista belohorizontino precisa, mas de ações que eliminem gargalos, cuja a soma ultrapassa 150 pontos de estrangulamento.
Gargalos e funis que exigem obras ou intervenções humanas, com pro atividade e presença maciça de homens bem treinados, focados em boa gestão do transito, como acontece em qualquer cidade civilizada do mundo.
A propaganda oficial, paga com o dinheiro publico, tenta minimizar a incompetência do poder publico municipal na desordem, transferindo para quem é vitima, a culpa pelo problema. No entendimento dos responsáveis, o caos é fruto da falta de educação apenas. O que é uma maneira simplista e bastante objetiva de lavar as mãos e não assumir a responsabilidade que cabe ao poder publico.
Querem exorcizar o carro, contrariando a lógica da economia que tem o carro como carro chefe na geração de emprego e renda.
Com efeito, fica cada vez mais evidente a falta de perspectiva uma vez que o poder publico se retirou, deixando o trânsito a deriva da própria sorte.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos
Belo Horizonte – MG
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