Moradores da Pampulha discutem o sexo dos anjos, enquanto a lagoa morre…

Um grupo de moradores da Pampulha que é contra a edificação de hotéis está eufórico com a “vitoria”. Não venceram, no entanto, pela Justiça, que foi célere e sensata, mas levaram no tapetão. Pode se dizer que foi a "vitoria" do grito, da passionalidade e em especial da desinformação. A comunidade, uniu-se e fez valer o peso da sua voz, mesmo que esta tenha sido usada de forma insensata. Já a cidade, essa sim, perdeu… Perdeu não só um hotel importante para a região, mas a oportunidade de avançar e tornar aquele local de fato um lugar de atração turística. Os hotéis, ao contrario do que assistimos, deveriam ser bem vindos, pois combinam com o propósito e o apelo de turismo que a região da Pampulha ostenta, mas sem a devida infra estrutura. Hotéis, ao contrario do que os "xiitas" pensam, não trazem prejuízos, só trazem benefícios e o maior deles é a boa vizinhança e a valorização do seu entorno. Muito mais importante do que brigar para não ter um hotel como vizinho, o cidadão da Pampulha deveria lutar para salvar a lagoa que arde apodrecida por causa do esgoto a céu aberto que corre solto e recende no seu entorno, nos envergonhando perante qualquer visitante que chega para conhecer o sítio histórico que deu início a saga de Juscelino Kubistchek. O desconhecimento do dia a dia de um hotel e os holofotes da mídia, somados a vaidade e o desejo de aparecer estão, cada vez mais, tornando nossa cidade um local estático, parado no tempo. Esquecem os nobres cidadãos que a cidade é um organismo vivo em constantes mudança. Basta lembrar o que era o projeto original, cunhado por Aarão Reis e o que a Capital se transformou hoje. Com efeito, não adianta espernear, o melhor seria usar o bom senso e participar da evolução que é algo inerente ao modelo de desenvolvimento que a nossa sociedade escolheu, sem exageros ou romantismos conservacionistas. A Lei que permitiu a edificação dos dois prédios na Pampulha e os outros 36 em várias partes da cidade, dos quais vingarão no máximo 20, (por culpa da desinformação e da vaidade de meia dúzia de moradores), foi discutida na CMBH e sancionada pelo Prefeito e não há nenhuma ilegalidade nisso, ao contrario do que acusa, de forma leviana,  um certo vereador oportunista e infantil que pegou carona no tema. Tal Lei serviu apenas para os hotéis, e não para outras edificações. O temor de que o precedente ocorra incentivando novas edificações é totalmente infundado. Aliás, vale lembrar que novos projetos já não são mais aprovados á muito tempos. É bem provável que “os contra", do desenvolvimento, prefiram uma igreja no lugar de um hotel, desconhecendo que os impactos são muito maiores. Perderam a oportunidade de ter seus imóveis valorizados, deixaram a cidade com menos alternativas de hospedagem na região da Pampulha e abriram mão de uma vizinhança que só traz benefícios. Para os que insistem em dizer que hotel causa incômodos, convido para conhecer a vizinhança de um dos 56 hotéis hoje instalados em vários pontos da cidade e fazer juízo após ouvir o que é o dia a dia de um deles. Quem sabe assim tomem consciência dos desserviço que prestaram para a Pampulha e para BH com os seus gritos insensatos e tirem disso uma boa lição… Eles e os que ainda são contra a edificação de hotéis.

 

José Aparecido Ribeiro

Consultor em Assuntos Urbanos

Development Advisor

Ex-Presidente da ABIH MG

Profissional de hotelaria a 25 anos.

31 9953 7945

CRA MG 0094 94

 

 

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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