O Brasil que queremos na visão de um leitor do Blog, após entrevista de Bolsonaro.

Tomo a liberdade de Publicar na integra a carta de um leitor que responde nosso ultimo artigo sobre a entrevista do candidato Jair Bolsonáro para o programa Roda Viva.

Parabenizo antecipadamente o leitor pela lucidez e dedicação e sugiro aos que chegaram aqui que leiam até o final esta carta.

Agradeço a gentileza do Leitor Reinaldo Costa Rocha Mundim pelo libélo e torço para que mais pessoas tenham essa capacidade de dedicar tempo, inteligência e energia para sugerir propostas factíveis para o Brasil.

” Sr. José Aparecido,

Parabéns (na falta de vocábulo mais significativo) pela isenta, lúcida e inteligente análise feita, relativamente a Bolsonaro no programa da TV CULTURA. Felizmente ainda conseguimos ter nesta Terra de Santa Cruz jornalistas que não seguem as cartilhas da Aldeia Globo, Estadão e outros assemelhados da mídia brasileira. A população deste país, cheio de problemas estruturais, econômicos, financeiros e sociais, tem que tolerar, no dia a dia, respostas de cidadãos à pergunta global ¨que pais você quer…¨? no Jornal Nacional.

O tempo conferido é de tal sorte minguado e engessado que atende os interesses da emissora, sem deixar expressiva parcela da população mergulhada na imbecilidade e ignorância, uma vez que os dizeres quase que extrapolam as fronteiras da semelhança para se alinhar à igualdade. Diante da recente greve dos caminhoneiros, que deixou o país a mercê da classe, não se cogita em vislumbrar alternativas de transportes internos de cargas para este Brasil Continente. Os reservatórios das hidrelétricas, na sua quase totalidade, encontram-se vazios. Turbinas geradoras verticais prevalecem sobre as horizontais, estas sabidamente mais econômicas no uso racional da água.

Nesses reservatórios muito bem poderiam ser utilizados para criar peixes(reflexo na proteína para a população e fonte exportadora) , além de abrigar no seu entorno alternativas de energias limpas(solar, eólica), ao tempo em que essas mesmas represas — porventura e no que coubessem — poderiam ser interligadas, permitindo navegação, com destino final aos portos marítimos. Os recursos para iniciar essa infraestrutura poderiam advir de privatizações de ¨elefantes brancos¨ que hoje não encontram razões para permanecerem sob agasalho governamental. A iniciativa privada seria também admitida, mediante proposta atrativa e clara.

Nossa população, em todos os níveis, está a mercê de bandidos, cujos quartéis encontram-se nas favelas (mais de 20 mil espalhadas pelo país) e presídios, ditando ordens com desenvoltura através de organismos estruturados.
O exército nacional se entrincheira nos grandes centros, quando o desejável seria se espalhar pelas fronteiras, com remuneração e logística atraentes. O combate ao tráfico começaria por ali enquanto a polícia faria o rescaldo nas cidades. A legislação criminal necessita ser endurecida e exemplarmente conduzida. Com isso, ações praticadas no ambiente causal assumiria o papel que hoje se pronuncia no campo funcional.

Nossas escolas precisam formar uma juventude ativa e operante, alicerçada no respeito, dignidade, disciplina, tudo sequenciado por grade curricular atual, potencial e atuante. Para tanto, o papel do educador necessita ser repensado (educador não é professor, no conceito de Paulo Freire…), recuperando espaço perdido que um dia lhe pertenceu.
Nossos jovens, ao ter em mãos diplomas, que representem cursos genuinamente formadores, precisam abandonar a ideia de buscar abrigo em concursos públicos. SER EMPRESÁRIO, esse é (ou deveria ser) o norte a ser perseguido. Ser empresário é uma vocação que, de há muito, se faz escassa neste país. O despertar empresarial há que acontecer inicialmente pela pedagogia, na tenra idade. Programas de estímulo hão que ser criados.

Enquanto tal não acontece, o país persistirá na sua histórica prática de exportador de matéria prima. Ano após ano, os empresários rurais produzem mais. Somos recordistas no agronegócio, mas aquilo que se produz no meio rural segue ¨in natura¨ para ser processado em outros países, gerando lá emprego e renda. Por que não agregar valor à nossa soja, milho, café, entre outras commodities? Não poderíamos exportar farináceos, inclusive sob forma de produtos consorciados (farinha de milho + farinha de soja + farinha de…)?. Indústrias da espécie requerem baixo investimento e, sob forma de cooperativas, poderiam os produtos ser levados para consumo mundo afora. Apex, Itamarati, CNI, entre outros seriam os vetores requeridos. O mundo tem fome.

Há no mundo país(ou países?) que têm crianças se alimentando de ¨biscoitos de barro¨(repito: biscoito de barro: terra consorciada a algum tipo de farinha…). Não poderíamos elaborar aqui farinhas enriquecidas para alimentar essa gente. A ONU, FAO, ONG estão a procura de alternativas da espécie, a preços que estaríamos em condições de oferecer. Pensem Nisso! As ONG necessitam sim dizer a que veio para continuarem recebendo dinheiro público. O coletivo há que prevalecer sempre sobre o individual. Isso é sustentabilidade.

Os três poderes necessitam ser redesenhados. A máquina pública precisa ser repensada. A carga tributária precisa urgentemente ser aliviada, de sorte a permitir um país mais competitivo. A burocracia idem. A relação empregador x empregado, idem. A indústria do controle necessita agir de forma predominantemente pedagógica. A divisão geográfica do país necessita ser repensada. Afinal, para que serve um governo estadual, além da indústria de controle que exerce com altivez e desenvoltura?. Isso não poderia ser repassado para o âmbito federal e municipal? Para que serve uma assembleia legislativa para estados que têm suas arrecadações já comprometidas com folha de pagamento de seus empregados?

Uma vertical e horizontal reforma da constituição deve(mas deve mesmo!) ocorrer. Vamos copiar o que deu certo em outros países… Humildade e chá quente pela madrugada fria nunca fez mal a ninguém. Essas, Sr. Jornalista José Aparecido, são algumas respostas que precisamos ouvir dos candidatos. Muitas da espécie certamente poderiam ser inseridas nos programas quadri-anuais que subscrevem, condição para que o cidadão melhor possa opinar decidir.
Porque oportuno, informo que eu, tal como ocorre com o eminente Jornalista, ainda não tenho candidato escolhido. Estou esperando os mencionados programas de governo, tudo articulado com caráter, respeito e consideração, trinômio que deve presidir a relação candidato/cidadão.

Aliás, permito-me dizer(ou sugerir) que todo candidato deva satisfazer as premissas que denomino C.H.A.V.E., ou seja: vocábulo originário das iniciais das virtuoses a seguir:

Caráter, Habilidade, Atitude, Verdade, Empatia.
Caráter  valor maior que todo ser humano deve carregar e exercitar. Tem a honestidade como farol orientador.
Habilidade  no trato da coisa pública;
Atitude  correta que estimula, conduz e encanta pessoas pelas ideias, gestos, ações, exemplo e liderança exercida;
Verdade  autêntica, coerente, respeitosa, compromissada com a ética e .sustentabilidade.
Empatia  administrar para o povo, pelo povo, tendo o povo como objeto direto das ações processadas.

É o que, por hora, tenho a apresentar, em conta a oportunidade de seu artigo.

Grato pela sua paciência. Siga em frente, com descortino e sabedoria.
Que Deus nos proteja a todos.”

REINALDO ROCHA COSTA MUNDIM
ARAGUARI-(MG)
rrochacosta@uol.com.

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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