O futuro da hotelaria 5 estrelas de BH nas mãos do Prefeito.

Quem passou pela BR 356, nesta manha de sábado 14/01, próximo ao acesso da Av. Raja Gabaglia e é atento, deve ter visto o Prefeito de BH sozinho, sem a companhia de assessores, caminhando nas proximidades do terreno, palco de um debate importante para a cidade de Belo Horizonte e que ultrapassa as fronteiras daquele bairro. Márcio Lacerda coçava a cabeça e de certo pedia a Providencia divina que o inspirasse em sua decisão de desafetar a Rua Musas possibilitando com isso a construção do único hotel 5 estrelas que a cidade terá, além do Ouro Minas, para a copa de 2014. O prazo para esta decisão esta acabando e o dilema gira em torno da polêmica criada pelos moradores de uma das casas que não querem ser incomodados com a sombra de um prédio que abrigará o hotel da cadeia Mexicana Posadas. O bom senso prevalecendo, o hotel ostentará a reconhecidissima bandeira Caesar Park, o que agregará muito para BH. Se Marcio atender a reivindicação apaixonada desta família de ‘sangue azul’, o Prefeito estará desagradando a cidade e o acordo firmado com os representantes da FIFA, já que dos 38 projetos aprovados apenas o Cesar Park será de fato 5 estrelas. Todos os outros hotéis em construção em BH estão na categoria 4 estrelas  (midscale) ou low budget (econômicos), isso se saírem do papel. Acredita-se que não passarão de 25, elevando a oferta de hotéis classificados de 54 para 80 hotéis e uma oferta de UH,s (unidades habitacionais) de 8 mil quartos aproximadamente, para 14 mil. Numero considerado razoável para atender a Copa e os eventos que chegam em números cada vez maiores em BH, e que cujo os hóspedes, garantirão o sucesso dos novos empreendimentos hoteleiros. O que a maioria das pessoas não sabem são as razões para a grande oferta de hotéis 4 estrelas e apenas um 5 estrelas. A rentabilidade de um hotel 5 estrelas depende de paciência, já que exige-se um prazo maior de retorno do capital investido, que a maioria dos investidores individuais, aqueles que adquirem cotas ou unidades dos empreendimentos, não esperaram. Deixando este tipo de empreendimento interessante apenas para fundos internacionais que podem esperar em média 10 anos para receber o retorno do capital investido. É habito do Mineiro o imediatismo. Já o retorno para os econômicos e midscale, 4 estrelas, acontece entre 4 e 6 anos. Tornando esta modalidade de hotéis mais atraente. O Prefeito precisa soltar o edital de licitação do trecho da rua que está impedindo a construção do hotel o mais rápido, já que não há impedimentos de nenhuma ordem, apenas o barulho e a vaidade da família que embirou e quer medir força com a Prefeitura. Coisas que só acontecem em Belo Horizonte e explica o nosso atraso se compararmos à cidades até menos cosmopolitas do que BH. Com efeito, o prazo esta terminando e se o mandatário não decidir rápido, mesmo que decida depois, o tempo não será suficiente para a construção do hotel até 30 de março de 2014, que é quando ele precisa estar pronto para atender as exigências da Lei que flexibilizou a construção com aproveitamento de 5 vezes a área do terreno e da FIFA. O gesto de sabedoria de ir até la sozinho, coçar a cabeça e pedir a inspiração da Providencia, mostra que o Prefeito sabe a importância daquele hotel para a cidade e tomara decida por desobstruir a rua para que o hotel possa ser construído, tirando BH do atraso e habilitando a cidade a receber eventos internacionais.

 

José Aparecido Ribeiro

Executivo, Consultor de Hotéis e Assuntos Urbanos

Bacharel em Turismo,  Asset Manager

Ex-presidente da ABIH MG

CRA MG 0094 94

31 9953 7945

 

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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