As alternativas de transporte para melhorar a mobilidade entre as cidades da região metropolitana de BH são muitas, tendo o metrô como carro chefe e desejo da maioria das pessoas. Porém o seu custo e tempo de execução torna o projeto inviável e desnecessário. Estudos mostram outra alternativa de modal que é sucesso na Europa, Ásia, Índia e na América do Norte: MONOTRILHO.
Todas as ações da empresa municipal de trânsito seguem no sentido de tirar o carro de cena, como se ele fosse o demônio da mobilidade, conduzido por ET´s, e não por cidadãos. A tese de que transporte de qualidade é o caminho para desestimular o uso do automóvel, embora controversa, ganha adeptos em todos os seguimentos da sociedade.
Sendo assim, o prefeito que pretenda entrar para historia, quebrando paradigma terá que fazer escolhas, e uma das mais importantes é o modal de transporte que possa dividir com ônibus, a tarefa de transportar 2 milhões de passageiros diariamente em BH e nas cidades do colar metropolitano. Seria interessante que isso fosse feito em conjunto.
A comunidade de engenharia tem realizado estudos que apontam para o MONOTRILHO como o transporte capaz de mudar comportamento. Entre outras vantagens, sua execução evita desapropriações, pode ser construído nos horários noturnos, sem interferências no trânsito, aproveitando o traçado de avenidas, sem roubar espaço no chão já que é suspenso. O monotrilho é perfeito para cidades como BH, Contagem e Betim onde ruas e avenidas estão saturadas.
Havia um mito de que o monotrilho não carregava passageiros em quantidade suficiente, mas a experiência em cidades com demandas semelhantes as de BH derrubam este mito e revelam que o modelo é eficaz, moderno e pode transportar até 48 mil passageiros hora pico sentido. Cada composição carrega até 1.070 passageiros com intervalos de 90 segundos, podendo ser menores. (modelo que está sendo construído em SP) com tecnologia canadense.
O volume de passageiros transportados atende a demanda de BH, Contagem, Betim, Vespaziano e Confins. E o mais importante, ao custo de R$90 milhões em média o km construído, incluindo estações, contra R$430 milhões do metrô, sem incluir estações. Portanto o Monotrilho surge como alternativa a ser considerada para o transporte de massa de BH e da região metropolitana.
Entre outras vantagens, o monotrilho passa por cima e por baixo de viadutos, podendo chegar a 8% de inclinação e raios de curvatura de até 50 metros, além de ser suspenso e não atrapalhar o trânsito, ao contrário do VLT e do BRT que exigem vias segregadas e calhas saturadas. A vantagem também inclui tecnologia de fácil manutenção, com fabricantes no Brasil.
As composições do monotrilho possuem designe futurista e capacidade de passageiros compatível com a demanda para os próximos 50 anos, além de poder ser executado e operado em regime de PPP(Parceria Publico Privada).
Com a palavra os Prefeitos eleitos de Belo Horizonte, Contagem, Betim e Vespaziano.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos e Mobilidade
Membro da Comissão técnica de transporte da Sociedade Mineira de Engenheiros
Autor do Blog SOS Mobilidade Urbana – Portal Uai
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