O pedágio que vale pela “hora de ouro” em acidentes graves nas rodovias.

Se perguntar o que as pessoas acham de pagar pedágio em rodovias no Brasil, é provável que a maioria diga que aceita por que não tem alternativas. No entanto, o país é um dos campeões mundiais em arrecadação de impostos, com quase 40% de tudo que se produz indo parar nos cofres do governo.

A contra partida, todo mundo sabe, são serviços de 5ª categoria, incluindo conservação e a qualidade das rodovias, a maioria delas de pistas simples, que facilitam as colisões frontais, levando a óbito mais de 70% dos envolvidos em acidentes deste tipo.

O país ostenta também outra “pole position”, é o campeão mundial de mortes por acidentes automobilísticos. Nada menos do que 50 mil pessoas perdem a vida todos os anos no trânsito brasileiro. Com efeito, pedágio em rodovia é um mal necessário e que todos nós pagamos contrariados, ainda que isso tenha resultados positivos.

O episódio que vou relatar resume qual a principal vantagem do pedágio em rodovias, sobretudo as federais com grande movimento: Um amigo, que é Agente de Viagens respeitado com uma carreira brilhante e mais de 40 anos de profissão, sofreu, na manha de sábado dia 26 de maio, em plena greve de caminhoneiros, um grave acidente de automóvel.

O resultado da perda de controle da direção do veículo que bateu em uma árvore próximo ao Alphaville Lagoa dos Ingleses, pasmem, foram dois pulmões perfurados, pernas e braços quebrados, 10 costelas partidas em pedaços, traumatismo craniano e escoriações por todo o corpo. Se não bastasse, teve choque hemorrágico com poucas chances de sobrevivência. Já se passaram 19 dias e Lázaro segue lutando pela vida no HPS João XIII.

Mas o que isso tem a ver com o inicio da nossa conversa? Explico: Fosse o acidente em um local sem assistência adequada, de certo o meu amigo estaria morto no próprio local. O acidente aconteceu em um trecho da BR 040 (pedagiado), atualmente sob-responsabilidade da Via 040. Minutos viraram horas que viraram segundos, e a relatividade do tempo ganhou dimensões inimagináveis.

Testemunhas revelam que do momento do acidente até o transporte pelo Helicóptero Arcanjo do Corpo de Bombeiros ao HPS João XXIII, a ocorrência não levou mais de 40 minutos. Não ficam dúvidas de que a experiência e a agilidade das equipes de socorristas da Via 040, conjugada com a prontidão e rapidez do Corpo de Bombeiros, tiveram papel decisivo para salvar a vida do meu amigo Lázaro.

Em coma no hospital, porém com chances de sobrevivência, no que diz respeito ao resgate, ele foi socorrido e transportado com vida para o HPS por profissionais desconhecidos, mas comprometidos. Foram eles responsáveis por preservar a “hora de ouro” de um acidente, cuja sobrevivência depende de tempo e da indução ao coma, preservando assim as atividades cerebrais em caso de hemorragia grave. Tudo feito em tempo e a hora pelos BRILHANTES SOCORRISTAS DA VIA 040, do Grupamento Aéreo e Terrestre dos nossos HERÓIS DO CORPO DE BOMBEIROS, a quem presto minha singela e sincera homenagem.

Lembro com pesar que a Via 040 está devolvendo a concessão dos 947 KM desta importante rodovia que atravessa Minas Gerais, mesmo depois de ter investido a bagatela de R$2 bilhões. Em breve, portanto, a BR 040 estará sob-responsabilidade do governo federal, até que um novo certame seja concluído. Até lá, a rodovia segue sob o comando da ANTT, “eles” lá em Brasilia, e nós aqui, sabe-se Deus em que condições…

José Aparecido Ribeiro

Jornalista, blogueiro nos portais uai.com.br – osnovosinconfidentes.com.br
Colunista das Revistas: Exclusive, Minas em Cena e Mercado Comum
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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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