No mesmo dia em que a edição 274 da Revista Mercado Comum é publicada, 11 de julho/18, tive o privilégio de conhecer a cidade de Chicago nos EUA. A coincidência não poderia ser melhor, pois dedico a minha coluna na revista ao tema ‘Plano Diretor’, seus impactos na construção civil e no futuro de Belo Horizonte.
Chicago é um tributo à arquitetura, a engenharia, ao empreendedorismo e capacidade inventiva humana. A gestão pública é desenvolvimentista, eficiente e mínima. Não é permitido paradigmas que engessam a cidade. Por que digo isso? Falo por que BH está na contramão da história, ladeira abaixo quando o assunto é desenvolvimento, progresso e urbanidade.
Sem muitas delongas, só existe um jeito de mudar o rumo das coisas em Belo Horizonte: Mudando as pessoas que administram a cidade, a turma do “deixa disso”, hospedada na PBH há duas décadas e que representa interesses escusos de partidos de esquerda ultrapassados. E eu já sei o que dirão eles ao ler isso, antes de me desqualificarem:
Não podemos comparar Chicago com BH. De fato o orçamento de Chicago é de US$10 bilhões, e o nosso, se convertido em dólares ao câmbio de R$3,70 é de U$4 bilhões. No entanto, a população de Chicago é a mesma de Belo Horizonte, 2,7 milhões de habitantes, mas o território é o dobro 621 km/2. Ou seja, a verticalização em Chicago não seria recomendável, mas a cidade tem prédios gigantescos e uma arquitetura que deixa qualquer um em estado de êxtase.
Não é o governo o responsável por construir a Chicago que encanta “Gregos, Troianos, Belo-horizontinos e o mundo”, mas a iniciativa privada. O governo apenas não atrapalha, por via de regras absurdas e burocracia burra. Não quero comparar `alho e bugalho`. Porém o que difere Chicago de BH, guardadas as proporções é que não tem aqui agentes públicos portadores da verdade e nem políticos inimigos de empresários.Todos caminham na mesma direção.
O Prefeito Rahm Emanuel trata todos com respeito e como agentes de prosperidade, dando a eles incentivos, e não “patadas”. A questão do coeficiente 1.0 (confisco e outorga onerosa), motivação principal deste artigo – é que nasceu de uma proposta nacional do Ministério das Cidades, emanada da mesma “turma do deixa disso”, que tomou conta do poder nacional e caminha na contramão da história, há 14 anos.
Refiro-me mais uma vez a “esquerda caviar” que adora copiar coisas ruins lá de fora, vive em BH, mas a cabeça continua na Europa, no leste europeu do século passado e na extinta URSS, quando não em Cuba ou na Venezuela. Digo isso por que fui delegado na FAJUTA e manipulada 4ª Conferencia de Política Urbana, e conheço o que pensa essa gente.
A proposta de verticalizar a cidade ao invés de horizontaliza-la como acontece em Chicago e várias cidades Norte Americanas minimizaria os problemas de mobilidade, pois concentraria a população evitando deslocamentos e trânsito em uma cidade sem infraestrutura, nem transporte publico de boa qualidade. BH parou no tempo e barrar a proposta de confisco de coeficiente e outorga é uma questão de sobrevivência, mas ao invés de abaixo assinados, a população precisa exigir mudanças, de pessoas, URGENTÍSSIMO.
José Aparecido Ribeiro
Jornalista – Blogueiro no portal uai.com.br – osnovosinconfidentes.com.br
Colunista nas Revistas Minas em Cena, Mercado Comum e Exclusive
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