Se o desejo dos militantes do PSTU, PSOL, PC do B e de grupos pseudo-anarquistas é acabar com as manifestações que tomaram conta do país, estão no caminho certo, devem continuar as provocações e o desrespeito ao ser humano. Contudo, se a intenção é protestas por um país melhor, mais justo, mais humano e solidário, precisam mudar RADICALMENTE a forma de atuação, respeitando as pessoas, antes de suas fardas ou posição social. Estive nesta manha de sábado na CMBH e o que vi me deixou perplexo. O que deveria ser manifestação a favor da mudança – uma onda que tirou o povo da letargia – virou um espetáculo de agressões desmedidas e sem razão.
Os radicais do PSTU, PSOL, Juventude do PC do B e pseudo-anarquistas, ultrapassaram todos o limites. Muito mais do que pintar a farda de policiais e da Guarda Municipal, eles transformaram as manifestações em propaganda contra o movimento por um Brasil melhor. Reagir as investidas da PM é uma coisa, provoca-la e desrespeitar o cidadão que está por trás de cada farda é outra muito diferente. Querem confusão a qualquer custo. Na semana passada critiquei a PM pela truculência com que tratou as pessoas que participaram das manifestações próximo ao Mineirão, usando forca desproporcional e aparato de guerra contra crianças e idosos indefesos.
Hoje elogio a PM e a Guarda Municipal pela paciência e por não se submeterem às provocações inconsequentes dos radicais infanto-juvenis, mesmo tendo suas fardas e escudos pintados, além de insultos e palavras de baixo calão proferidas a menos de 1 centímetro de seus narizes. Detalhe que tiraria qualquer pessoa do sério e que parte da imprensa ignorou. As provocações ultrapassaram o limite da razoabilidade e do humano. Ninguém toleraria o que os Guardas Municipais toleraram de professores e militantes histéricos. Vi dezenas de pessoas de bem, que estavam no protesto, dizer que não voltam mais a nenhuma manifestação.
Pessoas que querem mudanças, mas não aceitam desrespeito ao ser humano. Que são contra qualquer tipo de agressão, tanto por parte das forças de segurança, como por quem deveria discutir no campo da ideias, propondo e cobrando atitudes de governantes medíocres. Inaceitável e inacreditável o que se viu na CMBH. Como cidadãos e ex militante do Movimento Estudantil, repudio o comportamento infantil e descabido que foi visto naquela manifestação por quem deveria ter responsabilidade e equilíbrio. Chego a pensar que o objetivo é o de tirar o povo das ruas, e não o contrário, como pregam.
José Aparecido Ribeiro
Filósofo e Especialista em Assuntos Urbanos
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