Os operadores da Lei Seca perderam o senso de razoabilidade em BH, querem impor o terror…

Definitivamente declararam guerra a noite e ao entretenimento de BH, que leva para o mundo, oficialmente, o título de capital nacional dos bares. Não satisfeitos com blitz cinematográficas, que constrangem e apavoram cidadãos de bem, a Secretaria de Defesa Social resolveu agora infiltrar agentes a paisana nos bares e restaurantes da Capital. Castração, perseguição, terrorismo, violação do direito a liberdade são palavras que mostram a que ponto a vaidade de agentes públicos e o desequilíbrio do poder do estado sobre o cidadão chegou. Perderam a noção de proporcionalidade e esqueceram o principio da razoabilidade.

 

Ninguém é contra tirar de circulação assassinos do transito, pessoas sem limites que cometem excessos. Porém, esta não é regra, mas a exceção. Há meios de faze-lo sem cercear o direito da maioria ao lazer. Ao colocar todo mundo no mesmo balaio o Estado comete um crime contra a cultura e os costumes da sociedade. Empresários da noite que já sofrem com a estagnação da economia, agora terão agentes públicos disfarçados transitando dentro de seus estabelecimentos para espantar a clientela dos restaurantes e bares da cidade. Se não fosse anunciado com pompa e circunstancia, o fato pareceria piada de mau gosto,  inaceitável em sociedades civilizadas. BH não tem mar, querem agora acabar com o bar em nome da moral, dos bons costumes e da vida. Quanta hipocrisia e despreparo…

 

A verdade é que querem o povo em casa assistindo novelas e a programação inútil da TV. brasileira. Pior é que enquanto mobilizam aparato físico e material para perseguir gente inocente, a bandidagem circula livremente cometendo assaltos, sequestros relâmpagos e traficando drogas debaixo do queixo das mesmas autoridades. Força tarefa para liberar macas presas em salas de emergências de pronto socorros e policiais que passam horas catilografando ocorrências inúteis não se tem noticias. Mas policiais e viaturas para cercar bairros inteiros, isso é possível encontrar nas madrugadas, cada vez mais vazias de BH.

 

Em nenhum lugar do mundo as forças de defesa se prestam a constranger cidadãos em seu sagrado horário de lazer. Até por que, cada um é responsável pelos seus atos, inclusive na hora do voto. Quem pode votar, precisa poder também sentar no restaurante e saber seus limites. Mobilizar aparato policial para fiscalizar hábitos é absurdo inaceitável, que apesar de legal, vai contra os princípios de uma democracia adulta. A única explicação razoável para esse disparate pode ser encontrada no campo da psicologia. Recalque ou necessidade de aparecer. Convido os psicanalistas para nos dizer o que de fato deseja os “Xerifes da Cidade” ao propor tamanho disparate.

 

José Aparecido Ribeiro

Presidente do Conselho Empresarial de Política Urbana da ACMinas

Consultor em Assuntos Urbanos

CRA MG 08.00094/D

31-9953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias relacionadas