A maioria do políticos seguem fingindo que os protestos que tomaram as ruas do Brasil não lhes dizem respeito. Alguns inclusive acreditam que isso é problema da Presidente Dilma e não de toda a classe política. Tem os que resolveram trabalhar. Tudo que não fizeram a vida toda, em um passe de mágica, começa a acontecer. Este é caso dos Cínicos, Renan Calheiros, Presidente do Senado, do Senador José Sarney, e do vice, Michel Temer, entre outros. De uma hora para outra eles acordaram de um sono profundo, como se fossem os santos salvadores da pátria. Acreditam que o povo vai acalmar com medidas pontuais aqui ou acolá e tudo voltará a ser como antes.
Fiz uma pesquisa com 70 pessoas do circulo pessoal e alguns conhecidos, que encontro eventualmente no café ou em locais que frequento, sobre que sentimento lhes vem a mente quando eles assistem à entrevistas com estes velhos caciques que comandam a política no Brasil. Pedi a todos que resumissem este sentimento em uma palavra: Pasmem, com 75% de repetições, a palavra NOJO apareceu na frente de CÍNICOS, OPORTUNISTAS, SAFADOS E VAGABUNDOS. Não é difícil deduzir que antes de qualquer coisa, o povo deseja ficar livre desse tipo de políticos que estão aí há décadas. Até por que, se eles continuarem na política, nada muda no Brasil.
São todos oportunistas, articulados, influentes, possuem costa larga e um exército de serviçais que lhes garantem proteção e mandatos que sabe-se Deus, quanto custaram. Portanto, muito mais importante do que qualquer conquista referente a transporte, educação, saúde, mobilidade, segurança, o que o povo deseja é que o País esteja sobre a égide de um novo modelo, e uma nova linhagem de políticos. Sem uma faxina, não tem mudanças. Esperar deles qualquer atitude para que essas mudanças ocorram é ingenuidade. Não abrirão mão do que conquistaram. E isso serve para explicar a quebradeira e o vandalismo, que na verdade é um recado para todos eles.
Até aqui o voto ungia o político de uma proteção sobrenatural. Eles orbitavam numa esfera diferente da que o povo vive, e de lá, certamente, davam boas risadas dos que vivem aqui em embaixo. Que o diga o senador Renan Calheiros com seus sorrisos debochados. Com efeito, se queremos mesmo mudanças, elas devem começar pela substituição imediata de todo os políticos, começando pelo Congresso Nacional, através de novas eleições com critérios de escolha modernos, que sejam capazes de selecionar os melhores cidadãos para o exercício da política e não os que aprenderam a comprar mandatos através do poder econômico. O resto é firulas.
José Aparecido Ribeiro
Filósofo e Especialista em Assuntos Urbanos
CRA MG 0094 94
31 9953–7945