Pior do que está, pode ficar…

Depois que Tiririca venceu as eleições com mais de 1 milhão de votos, usando o que ele mais sabe fazer (palhaçada), tornando-se Deputado Federal, o que era ruim ficou ainda pior. O modelo eleitoral não avança e permite a “qualquer um”, o que não deveria ser para ‘qualquer um’.  O nível dos candidatos a cargos eletivos é de tirar o fôlego. Muito mais do que provocar risos ou indignação, revela algo preocupante e merecedor de providencias: O modelo eleitoral brasileiro está falido e ao contrário do que dizem, ao invés de evoluir, está regredindo. A política não pode ser tratada como um picadeiro e com tão pouco caso por quem tem o dever de criar Leis que protejam a democracia. O espetáculo circense que virou a propaganda eleitora mostra que o modelo eleitoral do pais não possui instrumental suficiente para separar os bons cidadãos que se interessam pela política, dos oportunistas que querem usá-la em beneficio próprio. Não adianta sugerir voto limpo, voto consciente, e nem tampouco fazer convocações apaixonadas para que o cidadão vá as urnas e não desperdice o seu voto, se o maior desperdício é votar em indivíduos desqualificados. Não há pré seleção. Convocar a nação para um exercício de cidadania, pela via do voto, é tarefa para marqueteiros. Depurar o modelo desenvolvendo mecanismos capazes de barrar a entrada dos oportunistas é tarefa para Estadistas. Na democracia, o juiz é o próprio povo, mesmo que ele não esteja preparado para tamanha responsabilidade. A propaganda eleitoral gratuita é uma prova incontestável de que cada vez mais, os bons cidadãos se afastam da política e os maus, se aproximam dela. Nenhum pais civilizado do mundo conseguiu avançar sem reformas políticas capazes de motivar os bons cidadãos a assumir a tarefa de governar. Ora, se temos critérios definidos para escolher juízes, engenheiros, médicos, advogados, motoristas, jogadores de futebol, contadores e até artistas, precisamos ter também para avaliar candidatos a cargos eletivos. Pois é através de decisões políticas que depende a vida de milhões de pessoas, em especial, os mais pobres. A democracia, dos piores, é o melhor sistema. Porém, em se tratando de Brasil ela precisa evoluir, pois não está conseguindo escolher os verdadeiramente vocacionados, deixando para os piores cidadãos o oficio de criar Leis e governar.

 

José Aparecido Ribeiro

Consultor em Assuntos Urbanos e Mobilidade

Presidente do Conselho Empresarial de Política Urbana – ACMinas

CRA MG 0094 94

31-9953-7945

 

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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