O bairro Vila Paris é um dos poucos oásis de sossego no meio da cidade de BH, que ainda resistem. Rodeado pela mata do Mosteiro de São Bento recebe movimento de veiculos apenas de quem mora por alí. Um privilegio que muitos gostariam, mas poucos podem ter.
Esse sossego aparente seria confirmado se não fosse a insensatez e a falta de civilidade de alguns moradores que insistem em ter cachorros barulhentos e não cuidam para que seus latidos não incomode a vida alheia.
A Rua Araujo Ribeiro, onde moro, fica no meio do bairro e é uma daquelas cujo os moradores são mais prejudicados pela cachorrada.
Basta o movimento de um gato no meio da noite para o silêncio ser substituído por um verdadeiro inferno de cachorros latindo incessantemente. As janelas dos aptos em volta chegam a tremer. Causa espanto a indiferença e falta de cidadania dos donos que fingem ou não querem ver o incomodo que isso causa. Alguns parecem até gostar, tamanha a indiferença.
Tem sido cada vez mais recorrente as noites de sono perdido, a ponto de prejudicar a saúde de quem precisa acordar cedo para trabalhar no dia seguinte.
A Lei diz que o mal uso da propriedade é crime, e que os limites do meu direito termina onde começa o do meu vizinho. No Vila Paris, que é um bairro de pessoas civilizadas, muita gente não entendeu isso ainda.
Ninguém é contra os animais, ao contrário, eles alegram o lar. Porém, a falta de limites, sobretudo em locais tranqüilos como este bairro da Zona Sul, pode causar dano a dezenas de famílias.
Fica o meu protesto e um apelo para os que tem cachorro respeitarem o sossego alheio.
José Aparecido Ribeiro
Administrador, morador da Rua Araujo Ribeiro no Bairro Vila Paris
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