A tarde de quarta feira 27 de junho, dia da vitória da Seleção Brasileira contra a Sérvia foi de caos total no trânsito em BH. O jogo havia acabado e muitas pessoas não conseguiram chegar em casa. A cidade parou, literalmente.
As equipes da BHTrans, a julgar pelo que se viu nas ruas de certo não trabalharam, foram liberados para assistir o jogo, não tem outra explicação. Relatos em grupos de whatsapp revelam que o trânsito travou pela cidade inteira, nos grandes corredores e nas rotas alternativas.
A falta de comprometimento e de gestão dos gargalos que somam mais de 150, é algo estarrecedor. Inexplicável como os agentes de trânsito desaparecem e deixam a cidade à deriva de sinais que já não dão mais conta do volume de veículos. Encontrar um agente nas ruas agindo pró-ativamente é mesmo que achar uma agulha no palheiro.
Não há intervenção humana do trafego. Na verdade o que fica cada vez mais claro é que eles chutaram o balde e a população que se dane, está pagando pela falta de reação, pela passividade, esquece facilmente o tempo que perde parada nos mesmos lugares todos os dias. A população caiu na ladainha da turma do “deixa disso” que exorciza o carro.
O prefeito por sua vez finge de morto, não se manifesta. Ele não deve nem saber que na cidade que ele governa não existe uma única via com sinais sincronizados. A ordem é não deixar o trânsito fluir na tentativa de desestimular o uso do carro. Não conseguem traduzir o desejo da população, vale o que eles acham que é o certo.
Pergunto: para que serve o COP – Centro de Operações da PBH – debaixo do bigode da BHTrans? A especialidade deles tem sido apresentar desculpas e repetir que a solução para o caos é andar de bicicleta, ou de BRT. Além de não terem metas, nem compromisso, esperam por aposentadoria, assistem os engarrafamentos e a balburdia pelos monitores, acho até que fazem de propósito. Você duvida?
Então preste atenção e prepare o estômago, pois é nojo o que você vai sentir quando compreender o que vem acontecendo e quais as intenções veladas existentes por trás da desordem que tomou conta da mobilidade urbana em Belo Horizonte. É caso de polícia e não mais de política…
José Aparecido Ribeiro
Jornalista, blogueiro nos portais uai.com.br – osnovosinconfidentes.com.br
Membro do Grupo Executivo do Observatório da Mobilidade
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Colunista nas Revistas Minas em Cena/Exclusive e Mercado Comum