Se não estão nos autos, onde estão as provas contra o Jornalista Márcio Fagundes?

Para os que acham que injustiças acontecem somente nas classes menos privilegiadas, há treze dias um jornalista, conhecido e admirado por milhares de pessoas, com uma história irretocável na profissão com nada menos que 45 anos de serviços prestados ao jornalismo de MG, ex-secretário do Governo Hélio Garcia, funcionário de confiança do MP de Contas, está preso desnecessariamente, causando perplexidade a quem o conhece.

E não são poucas as pessoas que atestam a idoneidade de Márcio Fagundes de Oliveira. O encarceramento chama atenção pela arbitrariedade. O próprio MP já tomou consciência do exagero, mas não é capaz de voltar atrás. De certo sabedor do que pode significar perante os órgãos disciplinares internos e a opinião pública. Causa perplexidade também o silêncio de parte da imprensa, e que não ocorre por acaso: O MP estrategicamente, parece que vem informando nos “bastidores”, que possui provas robustas contra o jornalista.

Quem leu o processo pode atestar que as provas reveladas nos autos, são as de que ele assinou documentos, o que é muito pouco para justificar a prisão do jornalista. Não há razões para prendê-lo como marginal que ele não é. Márcio tem bons antecedentes, história irretocável, referencias, vida simples e quase franciscana. Não tem risco dele fugir, e mudar de comportamento, ou obstacular as investigações.

Lembro que toda licitação da Câmara de BH tem ritos e varias pessoas envolvidas. Presidentes, conselheiros, auditores, incluindo órgãos de controle interno e externos. Onde eles estavam quando esta licitação ocorreu na CMBH? O que tem a ver Marcio? Se houve vantagens em beneficio do jornalista, elas precisam ser mostradas. Precisa identificar o que recebeu, o enriquecimento ilícito em curto espaço de tempo, uma evolução patrimonial. Onde estão os ilícitos dos quais seria beneficiário o jornalista?

Vamos lembrar o caso da Petrobras: nenhum presidente de comissão de licitação, superintendente ou cargo similar foi responsabilizado, pois não participou do enriquecimento. Esse deu na execução, na pratica e não na assinatura do contrato que tinha todos os requisitos, obviamente, legais e era acompanhado da chancela dos órgãos de controle envolvidos.

O papel do Superintendente da CMBH não é de adivinhar as intenções esdrúxulas do presidente tampouco investiga-las. Não tinha a seu favor instrumentos capazes de identificar eventuais negociatas ou acordos espúrios realizados na calada da noite. Quais os órgãos de controle que devem identificar que um processo licitatório está com vícios? Por quê não identificaram, já que têm instrumentos para isso? Por que o processo não foi paralisado se apresentava indícios de fraude? Onde estavam os procuradores, os auditores, a comissão de licitação?

Márcio tem um apto no bairro Sion, um Fiat Uno que vale menos de R$15 mil. Uma modesta poupança de R$30 mil e mais nada. Se o MP sabe disso como mante-lo preso? Não existe qualquer indicio dele ter cometido ilícito e ainda de benefícios indevidos!!! Ocupar uma função no momento que um presidente que tem 46 processos criminais nas costas, foi uma circunstância.

Ele aão tem participação intelectual ou material com Wellington Magalhães. Aliás, quem quer despistar malandragens procura pôr na vitrine pessoa diferente do que ele é. Ele sequer era chamado no gabinete do Presidente, despachava apenas com assessores do então presidente e cuidava de proteger a imagem institucional da casa. Nada além disso.

A prisão de Márcio Fagundes é desumana e indigna. Querem força-lo a inventar o que nunca fez?

Por favor solte-o, isso é justiça!!!

José Aparecido Ribeiro
Jornalista, Licenciado em Filosofia
Blogueiro no Portal uai.com.br e osnovosinconfidentes.com.br
Colunista nas Revistas Minas em Cena, Mercado Comum, Exclusive e Entre Vias.

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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