O despreparo dos serviços terceirizados de alimento e bebidas do Aeroporto Internacional Val de Cans, em Belém, é algo que deveria mobilizar as autoridades. Acredite, aconteceu comigo: O voo 1997 da Gol com destino a Macapá que partiria às 22:30hs de 02.02.13, estava previsto para atrasar 2 horas. Por lei, a cia aérea é obrigada a fornecer voucher para alimentação e ela o fez, sem necessidade de ser solicitado. Mas ai começa o drama e um festival de absurdos que revelam no mínimo incompetência dos que administram o aeroporto, falta de fiscalização, desrespeito e toda sorte de abusos com o consumidor, que paga caro pela taxa de embarque e não recebe um serviço à altura.
Após receber os vouchers, os passageiros foram até a praça de alimentação e cerca de 30 deles escolheram o Restaurante Estação Mar Tropical. Para a surpresa de todos, havia apenas uma funcionária atendendo no restaurante e uma cozinheira para preparar os pedidos. Planos para lidar com a contingências, sujeitas a acontecer 24 horas em um aeroporto internacional, nem pensar. O prazo médio de atendimento, relatado pela atendente em tom ríspido que revelava despreparo, era de 2 horas, o mesmo que os passageiros deveriam esperar pelo voo atrasado. Alternativas, também não existia. Era esperar, ou esperar. E nem todos estavam dispostos ao péssimo atendimento. O bate boca foi inevitável e teria sido até cômico, se não fosse trágico.
Se não bastasse, o voucher de R$25,00 era superior ao do prato executivo, que custava R$15,00 e estava estampado em um banner na entrada do restaurante. Os R$10,00 restantes, sabe-se lá onde foi parar, pois os passageiros não tiveram direito a troco, nem tampouco puderam usar para adquirir outros produtos do restaurante. Estes pequenos detalhes mostram que a Infraero e seu terceirizados não estão preparados para lidar com contingencias, que permitam ao Brasil, receber turistas acostumados a viajar pelo mundo. Fica o protesto e o sentimento de preocupação, pois estamos falando do maior e mais importante aeroporto internacional da Região Norte do País, portão de entrada do Brasil e da Amazonia.
José Aparecido Ribeiro
Bacharel em Turismo
Consultor de Empresas
Belo Horizonte – MG
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