Há 27 Dias o meu pensamento e o de centenas de pessoas das mais diversas áreas que tem em comum a amizade pelo jornalista Márcio Fagundes Oliveira, ou mesmo apenas aqueles que o conhecem, tem sido o seu sofrimento em uma cela do CERESP Gameleira, sem julgamento, injustamente e desnecessariamente.
Hoje o meu pensamento não é só nele e no seu sofrimento, mas no sofrimento da sua mãe, Sra Alice Fagundes de Oliveira (84 anos). Nenhuma mãe é capaz de esquecer-se de um filho preso. Porém quando o filho preso é um inocente, a dor ganha outros contornos que só ela é capaz de nos dizer, embora palavra alguma justifique tamanha barbárie.
Dona Alice, assim como centenas e até milhares de amigos e conhecidos de Márcio Fagundes sabe que ele não tem qualquer participação intelectual na trama que lesou a CMBH, ele era um simples funcionário cumprindo formalidades, sem saber o que havia por trás das intenções do seu superior.
Cumpre destacar que toda licitação tem vários atores envolvidos, e não apenas um, como querem fazer parecer. Dona Alice também sabe, assim como nós, que o filho é inocente. Sabe que ele está sendo vítima de uma injustiça sem precedentes que entrará para a história de Belo Horizonte. Marcio está preso sem julgamento, desnecessariamente e isso precisa ser repetido quantas vezes forem necessária, por razões objetivas.
Ele Tem endereço fixo, é réu primário, possui bons antecedentes, uma vida simples, quase franciscana e uma história irretocável de 45 anos de jornalismo e serviços prestados à imprensa mineira. Márcio NÃO tem qualquer apego por dinheiro e pavor de coisas erradas. Sou testemunha disso por que convivo com ele diariamente.
Os únicos caprichos do quais ele não abre mão são os livros e a ética. Está preso, segundo palavras do presidente da CMBH, na frente de 3 procuradores e da substituta, ouvidas de membros do MP em visita a CMBH no dia 25/04, “por que não quis colaborar com as investigações”. Aberração maior não há.
Lembro que o jornalista está sendo acusado de enriquecimento ilícito, formação de quadrilha e corrupção, mesmo sem receber um único centavo proveniente de tais crimes. Se há provas, que elas sejam reveladas, e que não se resumam a meras assinaturas.
Com efeito, talvez esteja preso ainda por que tem uma legião de amigos e pessoas de bem que o conhecem e sabem da sua retidão, tentando livra-lo deste pesadelo. Isto de certo está incomodando algumas pessoas que embora já saibam de sua inocência, não possuem humildade suficiente para reconhecer que exageraram.
Fica o meu abraço solidário a uma mãe que não merece sofrer o que Dona Alice está sofrendo, sobretudo em um país democrático em que o estado de direito ainda vigora. Que este desatino injusto tenha fim o mais breve, e os verdadeiros culpados possam ser condenados em julgamento justo e exemplar. Dona Alice, seu filho não é réu, é vítima, e isso será provado!
José Aparecido Ribeiro
Jornalista – DRT 17.076 – MG
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