Madrugada de sábado foi longa para moradores do Buritis e Vila Paris: Festas até o sol raiar

A madrugada de sábado para domingo (3) foi longa para moradores dos bairros Buritis e Vila Paris. No primeiro a ganância de empresários sem limites e apadrinhados, no segundo a insensatez de vizinhos que desconhecem o significado de cidadania. Em ambos os casos a ausência do poder publico, omisso como sempre, especialmente durante as madrugadas numa cidade à deriva de governantes fanfarrões.

No Buritis as tradicionais festas que ocorrem em espaços de eventos no bairro Olhos D`água funcionando sem nenhum controle da Prefeitura, Polícia Militar, Bombeiros, Polícia Civil, Ministério Público e Justiça (Lançamento do DVD LEGADO) Espaço Bella Vista, antigo Angar 677. A festa começou às 22h e varou madrugada, terminando às 8h da manha. Pasme, som no último volume, estilo “bate estaca”, incomodando o sossego de milhares de moradores do bairro mais populoso de BH e nenhuma autoridade teve competência para resolver o problema.

Famílias inteiras obrigadas a passar a noite em claro por causa da ganância e insensatez de empresários desqualificados que fazem mal uso de suas propriedades, o que é crime. O direito ao sossego é garantido na Lei, mas em Belo Horizonte a Lei não é suficiente para fazer a Polícia Militar agir, lembrando que ela é a única representação do estado durante a madrugada.

LEI DO SILENCIO É IGNORADA

A Leinº 9.505 de 23 de janeiro de 2008 dispõe sobre o controle de ruídos, sons e vibrações em Belo Horizonte. Os limites de emissão de ruídos são: Em período diurno (07h01 às 19h): 70 decibéis. Em período noturno, entre 22h01 e 23h59: 50 decibéis e entre 0h e 7h: 45 decibéis. Não é necessário aparelho que deveria fazer parte do instrumental de trabalho da PM para aferir que o barulho de boates e de moradores insensatos ultrapassam os limites do tolerável, basta o policial ouvir o ruído para atestar que ele atrapalha a vida alheia, e em seguida agir, sobretudo durante a madrugada.

A prefeitura não funciona nos finais de semana e depois de uma noite de sono perdida, não há o que fazer, deveria ser da PM a tarefa de botar fim a algazarra, mas na prática o que se ouve no 190 é que eles não podem fazer nada. No bairro Vila Paris na última madrugada (3), na Rua Costa Pinto, 110, endereço onde funciona um antiquário, na esquina com a Rua Araújo Ribeiro, local de sossego e endereço de pessoas em tese sensatas, uma festa varou a madrugada até 6h da manhã.

POLÍCIA MILITAR NÃO ATENDE APELOS

Em frente ficam o Mosteiro de São Bento (Mosteiro de Nossa Senhora das Graças de Monjas Beneditinas) e a Casa de Nazaré, moradia de idosos doentes que precisam de tranquilidade. Nada e nem ninguém conseguiu baixar o som estridente desta festa. Valeu o desejo do dono que ignorou o fato de ter ao seu lado centenas de pessoas que precisavam descansar numa madrugada de sábado para domingo, muitos tendo esta noite como única reparadora de uma semana de trabalho. 

É inacreditável que não exista na cidade algum órgão que funcione 24 horas e possa agir de pronto para barrar um crime que é cada vez mais recorrente. A população não pode esperar bom senso de quem não respeita as leis e o direito ao sossego. Na falta de limites de alguns a sociedade deveria poder contar com a Polícia Militar. Se fosse em país como os Estados Unidos, onde a lei funciona e as autoridades trabalham, nesta hora o dono da festa e o empresário da casa noturna estariam presos. Até quando o direito ao sossego será desrespeitado em BH?

José Aparecido Ribeiro

Jornalista 

jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp 31-99953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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