Revelada a provável verdadeira face do Alferes Tiradentes por meio de psicografia mediúnica e técnica de papiloscopia

Na Fazenda Paciência em Santana dos Montes-MG, onde as telas com o rosto de Tiradentes ficarão expostas, existem vestígios dos encontros do grupo de Inconfidentes

Foto: Ricardo Carlini – Retratos de Tiradentes

O trabalho de pesquisa liderado pelo advogado e empresário Vinício Leôncio, proprietário da Fazenda Paciência em Santana dos Montes-MG, que revelou a provável face do Alferes Tiradentes, foi baseado na psicografia da médium Marilusa Moreira Vasconcelos, e elaborado pelo perito em retrato falado da Polícia Civil de Minas Gerais, Alexandre Dietze que esteve presente na noite desta terça-feira (3) no Mercado de Origem em BH para a cerimônia de apresentação do rosto que o inconfidente tinha na época que foi preso e executado por enforcamento.

O Blog anunciou em primeira mão na última terça-feira (3) o evento onde seria revelado o retrato do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso dos inconfidentes que liderou o levante e que teve fim trágico em 1789, quando foi preso graças a traição de um dos membros que participavam clandestinamente da Inconfidência Mineira, o Coronel Joaquim Silvério dos Reis, que na verdade era um infiltrado a serviço das autoridades portuguesas.

Foto: J.Aparecido – Muraí – Xico da Cafua e Vícios Leôncio

Levado a forca em 21 de abril de 1792, saindo da vida e entrando para a história como herói e mártir nacional, cujo rosto é desconhecido, Tiradentes teve seu corpo esquartejado e exposto em trechos da estrada que ligava Ouro Preto ao Rio de Janeiro, como exemplo do que aconteceria com quem desafiasse as imposições da Coroa Portuguesa. O retrato que se atribui a Tiradentes até aqui, tem elementos que tentam compará-lo à Jesus Cristo, e não representa a realidade.

A derrama, causa do levante

Conhecida como derrama, ela foi um dispositivo fiscal aplicado no estado de Minas Gerais a partir de 1751 a fim de assegurar o piso de cem arrobas anuais na arrecadação do quinto. O quinto era a retenção de 20% do ouro em pó, folhetas ou pepitas que eram direcionadas diretamente à Coroa Portuguesa, sem choro nem vela. Desde esta época, a sonegação comia solta, e o volume de ouro que saiu do Brasil para financiar o desenvolvimento industrial na Europa, foi muito maior do que aquele contabilizado pelos donos da colônia, os portugueses.

Foto: J.Aparecido – Os advogados Antônio Carlos Ferreira e Vinícios Leôncio

Curiosamente a carga tributária, em especial a que era cobrada pela exploração mineral na ocasião, era menor do que a praticada hoje pelo fisco brasileiro, girava em torno de 20 a 25%, contra quase 40% nos dias atuais, sem direito a reclamações e correndo o risco de ser acusado, como Tiradentes foi, de conspiração contra a democracia.

Com efeito, do grupo que era constituído por aproximadamente 25 pessoas e tinha como figuras mais emblemáticas o alferes Joaquim José da Silva Xavier, destacavam-se os poetas Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, os militares Francisco Antônio de Oliveira Lopes e Francisco de Paula Freire de Andrade, mas só o Alferes foi enforcado, pois se apresentava como o líder.

Tiradentes e a Fazenda Paciência

É provável, de acordo com o advogado Vinicios Leôncio, patrocinador da pesquisa e entusiasta, apaixonado pelo Inconfidência Mineira, que a fazenda de sua propriedade já tenha sido pousada para Tiradentes e outros Inconfidentes: “Recentemente encontramos cavernas nas proximidades da Paciência que possuem indícios fortes de que tenha sido esconderijo para o grupo que planejou o levante, isso porque há relatos que passaram de gerações para gerações de que Tiradentes e seu grupo era visto na imediações. Na ocasião a Fazenda era uma das poucas estruturas capazes de receber e hospedar pessoas que viajavam de Ouro Preto para São João Del Rey, Conselheiro Lafaiete, Congonhas e outras cidades da região”, relata o proprietário da Paciência.

O levante protagonizado por Tiradentes e outros revolucionários da época foi os primeiros passos que deram rumo ao movimento separatista ocorrido no Brasil que levou à libertação do julgo português em 1822, 30 anos após a Inconfidência Mineira. Quem fez segundo grau ou escola fundamental em tempos que o professor mandava e os alunos obedeciam, contrário ao que acontece hoje, sabe que foi um movimento provocado pela insatisfação de quem pagava impostos elevados para a Coroa Portuguesa

A Inconfidência Mineira na verdade existiu no papel e nos planos dos 25 inconfidentes, pois foi descoberto antes, levando seus coparticipantes para o exílio, e o seu líder, o Alferes, para o cadafalso. Nascido em 1746 em Minas Gerais, Joaquim José da Silva Xavier ingressou nas Polícia Militar e serviu no quartel da Guarda Real que ficava na cidade de Cachoeira do Campo (o quartel existe até hoje).

Foto: Ricardo Carlini – Vinícios Leôncio e J. Aparecido

Habilidoso com o boticão, tornou-se dentista, tropeiro e minerador. Tendo acesso às obras de filósofos iluministas e aos acontecimentos que ocorriam do outro lado do Atlântico, se permitiu sonhar com liberdade e articular a Inconfidência Mineira.

A verdadeira face de Tiradentes

O retrato do provável e verdadeiro rosto do Alferes foi apresentado e possui características alinhadas com aquelas que a médium Marilusa Moreira Vasconcelos citou para o especialista em retratos falados da Polícia Civil de Minas Gerais, Alexandre Dietze, que conseguiu captar e esboçar em tela a face do alferes Joaquim José da Silva Xavier. A Médium incorporou o espírito de Tomaz Antônio Gonzaga, um dos artífices do movimento sufocado. O rosto apresenta características fortes de traços indígenas, lábios caídos e cor escura. Não era um homem atraente para os padrões de beleza da época.

Foto: J.Aparecido – Ricardo Carlini e Luiz Otávio

Como estudioso da Inconfidência Mineira, Leôncio descobriu que Joaquim José da Silva Xavier era muito mais articulado do que se pensava, e não o “bobo da corte” como dizem alguns historiadores. Antes de iniciar o Movimento que seria descoberto pela Coroa graças a traição do “amigo da onça”, Coronel Joaquim Silvério dos Reis, Tiradentes mandou dois emissários à Paris, um estudante de engenharia e o outro de medicina, que na verdade estavam a serviço do Alferes, afim de estabelecer contatos com o novo governo dos EUA.

Foto: J. Aparecido – Vinícios Leôncio

Lá eles encontraram com Thomas Jefferson, embaixador americano na França, e entregaram a mensagem pedindo ajuda para que pudessem empreender e realizar a tão sonhada libertação do Brasil por meio do evento que acabou não acontecendo. De volta ao Brasil, os estudantes trouxeram debaixo do braço uma cópia da Declaração de Independência dos EUA. Vinicios contou que teve acesso a ela que é a única cópia desta Declaração existente em Minas Gerais.

A Fazenda Paciência

A Fazenda Paciência está localizada na cinematográfica Santana dos Montes – MG, a 130 km de Belo Horizonte e guarda um acervo histórico apreciável, incluindo uma réplica de uma casa do primeiro século da hera Cristã igual à que Jesus Cristo pode ter morado. Cercada de natureza exuberante, e uma serra (pico de 1120M) que leva o mesmo nome da fazenda, e vegetação impenetrável, onde reza a lenda, Tiradentes esteve acompanhado de partidários da Inconfidência Mineira. O imóveis possui características coloniais do século XVIII e um monte de causos verossímeis, uma aura de local cheio de histórias. Na fazenda o visitante tem acesso a documentos raros e locais habitados por escravos e nobres, inclusive ferramentas raras usadas para manter o escravos em rédea curta.

Foto: Divulgação – Fazenda Paciência

Construída em 1742 por cerca de 80 deste escravos, pertencentes ao proprietário que construiu a fazenda, o barão de Queluz, a fazenda virou propriedade do advogado há 23 anos, possui 200 hectares e 3 mil metros de área construída, com infraestrutura capaz de oferecer conforto e experiências inesquecíveis. A fazenda é toda preservada, mantendo a sua a originalidade e arquitetura do Sec. XVIII. A Paciência é um exemplo do resgate histórico tendo a casa sede, totalmente original e estruturada em braúna, foi restaurada com esmero por Vinicios Leôncio que não poupou recursos e paciência, mantendo suas características centenárias.

Foto: J. Aparecido – Vinícios Leôncio

Curiosidades da Paciência

Além de guardar o maior livro do Mundo, possui uma cachaçaria decorada com 4 mil discos de vinil, uma escolinha dentro de um ônibus que encanta as crianças. Têm ainda a “Pedra do Amor”, uma atração local onde, segundo lendas, quem se senta ali arruma um amor. A fazenda possui um local para tratamento do queijo que é curado 24 horas por dia, durante 40 dias ao som de cantos gregorianos em frequência de 560 Hertz.

O restaurante da Paciência é uma atração à parte, local de encontro dos hospedes que podem saborear uma comida feita em fogão á lenha, acesso praticamente o dia todo. A cozinha é um resgate de sabores afro-brasileiros. A Fazenda oferece museo com acervo histórico raro, atividades de lazer como piscinas, pista de boliche e espaços de meditação, lagoa para pescar, animais como a vaca leiteira, galinhas, horta que abastece o restaurante e um campo de lavandas que é uma experiência olfativa.

O local é um exemplo de como conciliar o novo e o antigo, mantendo a originalidade, e está aberta ao público sendo uma excelente opção de turismo há menos de 2 horas da capital Belo Horizonte, com acesso pela Rodovia BR 040 até o trevo de Cristiano Otoni, em seguida mais 26 km em estrada que é atração à parte, asfaltada até Santana dos Montes.

Veja matéria publicada no blog sobre a Fazenda da Paciência após visita de jornalistas da Abrajet-MG.

 https://zeaparecido.com.br/blogueiros/a-fazenda-paciencia-e-a-verdadeira-face-do-inconfidente-que-virou-martir-o-tiradentes-cujo-rosto-sera-revelado-em-evento-nesta-terca-feira-3/

Hospedar no Hotel Fazenda da Paciência é uma experiência inesquecível que vale a pena, e fica logo alí em Santana dos Montes, há 130 km de BH

Hotel Fazenda Paciência  – Fica a 5 KM do Centro de Santana dos Montes – MG por estrada de terra em boas condições e paisagem exuberante.

Paciência, s/n – Zona rural – https://hotelfazendapaciencia.com.br/

Contatos: (31) 3726-1247 | (31) 98451-3055 recepcao@hotelfazendapaciencia.com.br

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A Fazenda Paciência tem uma “embaixada” no Shopping Mercado de Origem em frente ao Outlet na saída da BR 356 em direção ao Anel Rodoviário no bairro Olhos D’água. Vale a pena conhecer. Lá é possível fazer um tour virtual até a Paciência e aumentar ainda mais o seu desejo de conhecer esta relíquia do Séc. XVIII.

José Aparecido Ribeiro é jornalista e vice-presidente da Abrajet Nacional

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

1 Comment

  • O dr. Vinicius e um dos homens mais inteligentes que conheci. O Jô Soares ficou quietinho quando o entrevistou. Uma sumidade.

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