Homenagem ao 12º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha na Confraria do Fogão teve a presença de membros dos três poderes e da sociedade civil nesta noite de segunda feira (4). A solenidade foi presidida pelo anfitrião Roberto Gontijo e a entrega de placa comemorativa contou com a presença da ex-deputada federal Jô Morais, do Comandante da Capitania dos Portos de Minas Gerais o Capitão de Mar e Guerra, Nicácio Satiro, imprensa e o homenageado, Comandante do 12º BIL Mth, Coronel Martins Mota.
Mota esteve acompanhado de membros do comando do Batalhão que ele lidera, e fez questão de lembrar dos 100 anos de historia do 12 BIL Mth destacando os momentos que foram importantes não só para a trajetória do Batalhão de Infantaria do Exército, mas para a historia nacional, cuja memória é rica em atos de heroísmo e defesa da pátria. O 12 BIL Mth fez parte da resistência de 1930, ocasião em que a Polícia Militar de MG cercou o batalhão e por seis dias travaram-se intensos combates numa guerra que terminou com 17 militares mortos.
A Revolução de 1930 foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com a deposição do presidente da república Washington Luís em 24 de outubro de 1930, impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha.
O ENTÃO 12o RI PARTICIPOU DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA NA ITÁLIA
O então 12o Regimento de Infantaria (12o RI) compôs a Força Expedicionária Brasileira enviando mais de 1000 combatentes para o front Italiano durante a Segunda Guerra Mundial, perdendo 14 integrantes. Durante a revolução de 1964, o 12 BIL Mth desquartelou e com duas colunas marcharam em direção a Brasília e ao Rio de Janeiro. O Batalhão Participou de Missões de Paz, com destaque para Angola e Haiti, Canal de Suez, além de operações no Brasil como as ações de pacificação no complexo de favelas do Alemão e na Maré no Rio de janeiro. Recentemente o Batalhão deu suporte a eventos importantes como a Copa do Mundo e Olimpíadas.
Trata-se de uma unidade de combate de montanha, que forma soldados para atuar em terrenos difíceis. Serviram neste batalhão, lembrou o Comandante Martins Mota em seu discurso de agradecimento pela honraria, figuras ilustres da história, algumas conhecidas como o Marechal Castelo Branco e o Cabo Luís Gozaga (o Rei do Baião) outros nem tanto no Brasil, mas na Suécia e na Alemanha, como o 3o sgt Mathias e Junior, o sd Geraldo Rodrigues de Souza, esse homenageado pelo próprio inimigo nazista, admirado pela sua coragem e desprendimento, bem como pela banda Sueca de Rock Sabaton com a música Smoking Snakes, além do 3º Sargento Clério Bortolo que tombou contra as forças do eixo, mas recebeu a Cruz de Combate, maior honraria que um militar pode receber por ato de bravura durante a 2ª Guerra Mundial.
CONFRARIA DO FOGÃO A LENHA
A Confraria do Fogão é comandada pelo empresário Roberto Gontijo e o espaço democrático de convivência agrega empresários, políticos, servidores, instituições publicas ou privadas que merecem reconhecimento por serviços prestados a comunidade e à Minas Gerais. A Confraria é composta por 27 membros de vários seguimentos da sociedade que são responsáveis pelas indicações e que entre os meses de março e novembro oferecem a honraria e condecorações.
O anfitrião é um cidadão com talentos raros, dono de uma network eclética e de alto nível. Amizades que ele conquistou ao longo de 50 anos de careira como gestor e consultor de marketing. Nascido em Bom Despacho, Roberto Gontijo é a síntese do mineiro hospitaleiro que faz da sua casa um espaço de convivência “prá lá de informal”, como ele mesmo gosta de denominá-lo. A regra para ser homenageado ou pertencer à confraria é deixar títulos e investiduras na porta. “Na confraria o lugar é do cidadão e do que ele significa para o conjunto da sociedade com o seu trabalho” lembra o anfitrião. Roberto faz questão de dizer que naquele espaço, o ser humano é o que vale e não os títulos.
Pelo fogão já passaram os homens que fizeram e fazem a historia de Minas, incluindo o atual Governador Romeu Zema, mais da metade dos deputados federais e estaduais que representa Minas, vereadores, os três senadores da república e os comandantes das três forças representadas no Estado: Marinha, Aeronáutica e agora o comandante do 12º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha, pelo centenário do Batalhão.
Quem não conhece não sabe o que esta perdendo. Quem frequenta é testemunha do quanto o espaço é importante para Minas e para Belo Horizonte.
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