7 de março é dia dos Fuzileiros Navais, data comemorativa criada há 64 anos

ADSUMUS é o lema dos Fuzileiros Navais. Termo de origem latina que significa “Aqui Estamos!”, “estar presente”, “estar junto” e, por extensão, significa um sentimento de permanente prontidão

Corpo de Fuzileiros navais completa hoje 64 anos de relevantes serviços prestados ao povo Brasileiro. Eles são os guardiões da soberania e merecem honras pela coragem, lealdade e dedicação em defesa do Brasil. A criação desta data é uma homenagem à chegada da Brigada Real da Marinha Portuguesa (que deu origem ao Corpo dos Fuzileiros Navais do Brasil) em terras brasileiras, precisamente no Rio de Janeiro, em 07 de março de 1808.

A Brigada Real da Marinha acompanhou a Família Real Portuguesa quando esta migrava para o Brasil para se proteger das ameaças de invasão de Napoleão Bonaparte. A 7 de Março de 1958 o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil foi feito Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.

Foto: Marinha do Brasil – Formatura de Fuzileiros Navais

Além de cuidar dos interesses do Brasil, os Fuzileiros Navais, são chamados para atuar como Observadores Militares da Organização das Nações Unidas (ONU), em áreas de conflito, como El Salvador, Moçambique, Bósnia, Peru, Equador, Ruanda e outros. Em Angola, atuaram como Força de Paz, participando da Missão de Verificação das Nações Unidas (UNAVEM-III) com uma Companhia e um Pelotão de Engenharia.

Os Fuzileiros Navais possuem como lema o “ADSUMUS”, expressão em latim que, em português significa “Aqui estamos!”. O lema surgiu no ano de 1958, próximo às comemorações do aniversário de 150 anos do CFN, quando o almirante de esquadra (FN) Leônidas Telles Ribeiro pediu a sua esposa, sra. Violeta Telles Ribeiro, que sugerisse algo apropriado para ser usado. E ela não titubeou, “Aqui estamos sempre prontos para servir”.

O Patrono do Corpo de Fuzileiros Navais – CFN é o Almirante Sylvio de Camargo, minero de Santa Rita do Sapucaí, nascido no dia 16 de fevereiro de 1902. Ele ingressou na Escola Naval em 17 de Janeiro de 1919 e tornou-se Contra-Almirante em 1949. Dentre outras realizações, destaca-se a construção do Centro de Instrução da Ilha do Governador, que atualmente leva o seu nome – Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo.

Foto: Capitania Fluvial de Minas Gerais – Desembarque em exercícios de adestramento

Os Fuzileiros Navais (CFN) é uma força de militares integrante da Marinha do Brasil. O termo “fuzileiro” é uma referência ao fuzil, espingarda usada pelos soldados, que por esse motivo passaram a ser chamados de fuzileiros. Os fuzileiros navais são rigorosamente selecionados e recebem um treinamento especial, sendo considerados tropas de elite.

Eles estão presentes em todo o território nacional, tanto no litoral, quanto nas regiões ribeirinhas da Amazônia, Pantanal, Caatinga Selva, regiões semiáridas, sempre prontos para entrar em ação. Atuando em tempos de paz na segurança das instalações do Mar, no apoio às forças de segurança e no auxílio a populações carentes através de ações cívico-sociais desenvolvidas regionalmente pelos Distritos Navais.

No exterior, os Fuzileiros têm a responsabilidade de zelar pela segurança das embaixadas brasileiras na Argélia, Paraguai, Haiti e Bolívia. Participou de todos os conflitos armados da História do Brasil.  Para cumprir as suas missões, os fuzileiros são desembarcados de veículos anfíbios ou helicópteros. Para isso contam com o apoio do fogo naval e/ou aeronaval.

Foto: Sputinik Brasil – Fuzileiros Navais

Uma vez em terra, operam os seus próprios meios, que incluem blindados, artilharia de campanha, artilharia antiaérea, engenharia de combate, comunicações e guerra cibernética. Para isso contam com vários Grupamentos que oferecem o material e os homens e mulheres que compõem esta força sempre pronta para atender aos chamados.

Os Grupamentos

Em praticamente todos os Distritos Navais há um Grupamento de Fuzileiros ele subordinados. Essas unidades são empregadas em operações de caráter naval, dentre elas: a defesa de instalações navais e portos; operações de segurança interna; e operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Grupamento de FN do Rio de Janeiro , RJ (1º Distrito Naval) – Grupamento de FN de Salvador, BA (2º Distrito Naval) – Grupamento de FN de São Paulo , SP (8º Distrito Naval) (Em ativação)

Os Batalhões de Operações Ribeirinhas

Os Batalhões de Operações Ribeirinhas (BtlOpRib) são unidades do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil. Atualmente há três destas unidades, atuando na Região Amazônica e no Pantanal. O 1º BtlOpRib está subordinado ao 9.º Distrito Naval da Marinha do Brasil. O 2º BtlOpRib encontra-se subordinado ao 4.º Distrito Naval da Marinha do Brasil.O 3º BtlOpRib encontra-se subordinado ao 6.º Distrito Naval da Marinha do Brasil.

Foto: Marinha do Brasil – Natal – RN

Um BtlOpRib é organizado a 1 Companhia de Comando e Serviços (CiaCSv), 3 Companhias de Fuzileiros Navais (CiaFuzNav), e 1 Companhia de Apoio de Combate (CiaApCmb). A CiaCSv integra subunidades de transporte,comunicações, serviços gerais, suprimentos e polícia. As CiaFuzNav integram subunidades de patrulhas e de assalto/desembarque ribeirinho. Na CiaApCmb encontram-se subordinadas subunidades de pioneiros, operações especiais, metralhadoras pesadas (12,7 milímetros) e morteiros (81 milímetros). Os batalhões de Operações Ribeirinhas são os únicos batalhões fora da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE).

Recentemente os Fuzileiros Navais realizaram manobras militares de adestramento no Lago de Furnas em Minas Gerais, para conhecimento do território e treinamento de campo. O evento contou com mais de 400 Fuzileiros que durante uma semana realizaram exercícios no lago e no seu entorno fazendo o reconhecimento e incorporando às estratégias de defesa, a Hidrelétrica que é local de segurança nacional.

A Banda Marcial

Foto: Capitania Fluvial de Minas Gerais – Banda Marcial dos Fuzileiros Navais

A Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais (BMCFN) pertencente ao CFN, com base na Fortaleza de São José, na Ilha das Cobras, na Bahia de Guanabara. A banda não possui instrumentos convencionais, sendo composta por mor, auxiliar do mor, schellenbaum, baliza, bombos, caixas de guerra, taróis, surdos, quadriton, pratos, liras, gaitas, flautins, trompetes e trombonitos Seu som ficou famoso pelo uso da gaita de fole, presenteada ao Brasil pela tripulação do navio USS Sant Louis norte-americano, adquirido pela Marinha em 1951 como o Tamandaré. Os que manuseiam esse instrumento recebem manuais da Escócia e Inglaterra.

A Banda já esteve em Belo Horizonte em três ocasiões apresentando-se todas as vezes na Sala Minas, quando da investidura da Capitania Fluvial de Minas Gerais, ocasião em que a Capitania foi comandada pelo Capitão de Mar e Guerra Nicácio Sátiro, hoje nos assuntos estratégicos da Presidência da República. A Capitania Fluvial de Minas que ganhou sede na Capital foi aberta oficialmente em 8 de dezembro de 2019 e hoje é comandada pelo Capitão de Mar e Guerra Vieira de Barros.

  • Fonte: Marinha do Brasil – Wikipedia

Viva os Fuzileiros Navais, viva a Gloriosa Marinha do Brasil!

José Aparecido Ribeiro é Jornalista e Membro da Sociedade Amigos da Marinhal – SOAMAR

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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