A Backer vai dar a volta por cima

Cervejeiros adotam chamada do último post como slogan em defesa da Backer

Na noite da ultima sexta feira(10), escrevi sobre o pesadelo que virou a vida de 10 pessoas contaminadas por uma “doença” até então inexplicável e que foi identificada como síndrome nefroneural, provocada por ingestão de dietilenoglicol, composto encontrado misteriosamente em garrafas da cerveja Belorizontina, vendidas em supermercados do bairro Buritis em BH, produzidas pela Cervejaria Backer. Desde o primeiro momento a empresa nega a utilização do composto nas suas dependências e isso faz muita diferença em relação ao que está acontecendo.

No artigo que publiquei e que teve mais de 170 mil visualizações: https://blogs.uai.com.br/zeaparecido/2020/01/10/a-backer-e-belorizontina-empresa-seria-que-merece-respeito-celeridade-e-solidariedade/, levanto a hipótese de sabotagem. A maioria das pessoas que leram pensam da mesma maneira. Além das 170 mil visualizações até agora, recebi centenas de mensagens enviadas de várias partes do Brasil de pessoas que acreditam na seriedade e lisura da Backer.

Solidariedade às vítimas e a Backer vem de todas as partes do Brasil

A maioria dos comentários de solidariedade às vítimas e à cervejaria, acreditam que há muito a ser explicado e que não se trata de imprudência ou da negligência no processo de fabricação da cerveja, mas de uma sabotagem. Fica claro que se houve intenção de prejudicar a Backer, o público, pelo menos a principio, esboçou reação contrária, de apoio e solidariedade à empresa.

Nunca vi nada parecido em qualquer incidente envolvendo a reputação de uma marca. As reações de defesa foram espontâneas e imediatas. Sobretudo depois que a Backer afirmou não usar o composto causador das contaminações. Até o momento é importante destacar, foi confirmada a presença do dietilenoglicol no sangue de três pessoas que passaram mal supostamente após ingerir a Belorizontina. Amostras foram coletadas nas garrafas da cerveja que as vítimas teriam bebido em casa.

Ministério da Agricultura diz não ter interesse em manter a empresa fechada e que ação é cautelar

Conversei hoje pela manha com Superintendente do Ministério da Agricultura em Minas Gerais, Dr. Marcílio Souza Magalhães, e ele informou que não existe fechamento da Cervejaria Backer, mas apenas uma suspensão temporária da produção para que possam ser realizados testes nos equipamentos e nas amostras coletadas. Informou ainda que a decisão de suspensão temporária da produção foi de comum acordo com a direção da Backer, contrariando o desejo de advogados.

Entrevista com o Superintendente Marcílio Magalhães no programa Conexão BH.

Ele lembra que o tanque de número 10 onde o produto foi fabricado é novo e pode ter vícios de fabricação, embora a Backer negue veementemente o uso de éter glicol e admita o uso de mono-etilenoglicol. De acordo com Marcílio análises em amostras coletadas antes dos registros de contaminação, durante e depois, estão sendo analisada aqui mesmo em BH no laboratório do Ministério da Agricultura que funciona na Av. Raja Gabaglia, e que dentro de mais alguns dias, não havendo indícios de contaminação, a Backer estará livre para voltar a produzir suas cervejas. “Não é interesse de ninguém do governo federal e das autoridades estaduais fito que a empresa seja fechada”, salientou.

O superintendente lembra ainda que contaminação devido a fissuras em equipamentos que trabalham sob alta pressão podem acontecer: “Já vi ocorrer em produtos pasteurizados como queijo, leite, manteiga, mas cerveja, se for esse o caso, é a primeira vez” relata. O superintendente informa que até pré-disposição genética ou quantidade ingerida podem esboçar reações diferentes no caso de ingestão acidental de pequenas porções da substância. Ele lembra que não está descartada a hipótese de sabotagem. A tese defendida por leitores nas redes sociais está sendo investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais. Há relatos também nas redes de pessoas que afirmam terem consumido cervejas dos lotes contaminados e que passaram mal.

Perguntas sem respostas que levam a conclusões antecipadas

Embora as investigações estejam em curso, algumas perguntas servem para nortear e sugerir indícios: Seria possível apenas 10 pessoas serem afetadas em um universo de 66 mil garrafas? Como explicar o fenômeno da contaminação em apenas um bairro? Não tenho interesse em defender o fabricante da cerveja, mas acho que se fosse a Belorizontina a causa das contaminações, o número de pessoas afetadas seria muito maior.

Opinião de leitores do Blog

“A horizontalização das informações via WhatsApp dá agilidade às comunicações, mas também pode engrossar as fileiras da destruição de reputações consolidadas. A Backer, é importante que se diga, caminha a passos largos no mercado das cervejas. Não se trata de assunto banal e nem conversa de mesa de bar, devemos lembrar que até que haja um desfecho isentando a empresa de responsabilidade ou dando a ela o que de fato ela merece, há muitos empregos (e famílias) em jogo”, esta é a opinião o leitor Luiz Rodrigues.

“A Backer tem duas cervejas premiadas em primeiro e segundo lugares internacionalmente, dia após dia ganha território em um mercado até aqui dominado por gigantes multinacionais”. Com efeito, a hipótese de sabotagem ganha corpo na medida em que são eliminadas as hipóteses de contaminação dentro da fabrica, afirma a leitora Ana Vieira, que enviou mensagem de solidariedade às vítimas e a empresa através do blog.

A Belorizontina é uma homenagem da Backer aos 120 de BH e a cidade não pode ficar passiva aos efeitos negativos que este episódio provocou no turismo cervejeiro da cidade, é preciso haver reação caso fique comprovada a inocência da Backer, devendo os responsáveis receber penas severas.

jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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