O aparelhamento da máquina publica é uma prática corriqueira no dia a dia dos governos do PT
Foto Montagem – Café com Sociologia
Leitora do Blog que também é jornalista e escritora, Stael Gontijo, convida para uma viagem através da sua experiência como profissional de jornalismo em diferentes governos, permitindo conhecer substantivamente, como funciona o uso da maquina pública por partidos que ela mesma cita no texto em momentos distintos, mas com vícios crônicos, carimbos identificáveis e personagens conhecidos da política mineira. Recomendo leitura atenta.
POR: Stael Gontijo – Jornalista e escritora
“Quando puder ouça o discurso do Lula nesse video, e o anúncio das nominatas: https://www.youtube.com/watch?v=qGzxsNxM3DE. Você verá duas coisas: 1 – que a cúpula continua a mesma, apenas mais velha e mais barriguda. 2 – Que o discurso dele continua envolvente, ideal para qualquer brasileiro em especial o pobre que sonha em igualdade – queremos todos essa igualdade, independente de sermos esquerda ou direita, desde que não fanáticos.
Porém, esse discurso me fez lembrar de uma situação que me aconteceu: Sou concursada do Estado há 29 anos, filha de um oficial de justiça e uma professora primária de uma escola de 5ª num interior à época também de 5ª. Este oficial virou sócio no cartório só depois de 20 anos trabalhando como escravo.
Foram eles que me sustentaram a duras penas em Belo Horizonte para que eu pudesse estudar, e eu não os decepcionei, estudando a noite e trabalhando na Imprensa Oficial como secretária, criando duas filhas, eu consegui me formar, aprender 2 idiomas, especializar em Roteiro e Imagem, e em Políticas Públicas, consegui trabalhar em instituições fora do país e muitas outras coisas.
Com muito trabalho, persistência e sem nenhum padrinho eu consegui crescer. Mas quando o Partido dos Trabalhadores – PT comandou MG, na figura de Fernando Pimentel, eu fui chamada no gabinete do secretário da Secretaria que servia à época para ouvir o seguinte discurso: vamos dispensar você do cargo comissionado. Perguntei o por que, já que eu tinha currículo para estar onde eu estava, presença em folha de ponto, excelentes avaliações profissionais tanto por funcionários como por chefias, e ótimo relacionamento com o corpo de trabalho e as prefeituras com as quais tinha que interagir.
Foto: Partido dos Trabalhadores
Não via razão para eu perder um cargo que me era de direito no quesito merecimento. A resposta que eu tive foi chocante: “Prezada, você não tem ligação sindical, você não é sindicalizada nem filiada ao partido, e os cargos comissionados desse governo são escolhidos por esse tipo de vínculo” – ou seja, a desculpa para me desempregar era que eu “não era Camarada” – no entanto, quem tomou meu lugar, embora fosse vinculada ao PT, não tinha o currículo que eu tinha, não tinha a experiência que eu tinha, tampouco era funcionária concursada.
Voltei nesta secretária dois anos depois para dizer a ela que enviasse uma mensagem para o tal Murilo Valadares, figura conhecida nos governos petistas na prefeitura e no estado: “eu não era camarada, não sou e não serei, e não quero um país governado por camaradas de nenhuma espécie.” Enfim, Zé, gostei do governo Lula, acho que foi bom realmente para diminuir a pobreza, gostei do 2º mandato, foi bom para a educação e para a saúde, foi bom para a economia.
Mas odiei os governos da Dilma, e só não voto no Lula agora porque acho que o tempo dele passou, não será como antes, não tem a força de antes e por isso mesmo essa mesma cúpula do PT, corrupta e partidária ao extremo vai tomar conta deste país e como ele está enfraquecido pela idade será usado para tentar ganhar as eleições para um grupo que temo, muito mais que desprezo eu temo, pois “gato escaldado tem medo de água fria”. Pena , realmente que Lula tenha passado, mas passou , e se ganhar o Brasil vai afundar com seus “companheiros que têm mais cara de abutres do que de políticos”.
Foto Montagem – Gazeta do Povo
Desculpe aí o longo desabafo, mas anda difícil falar sobre política neste país sem ser taxada de Bolsonarista ou Petista – e como não sou nenhum dos dois, ando evitando fla-flu. Nunca contei essa história para ninguém. Já com esse atual trabalho que me encontro estou pelo meu currículo, não tenho ligação com Bolsonaro, não sou do grupo dele, você poderia pensar: “Mas você é amiga da Ministra” – o que é verdade, mas ela jamais, repito, jamais me convidaria para cargo algum se eu não tivesse currículo para tal.
E essa é a diferença da direita, ou da esquerda quando séria, como foi diferente com o governo Aécio Neves também, ainda que ele tenha errado feio em algumas coisas ele soube valorizar o MERECIMENTO. Não sei se a cúpula do Bolsonaro valoriza isso ou se valoriza o “ser camarada de direita” – O que sei é que estou onde estou por merecimento – sinal que este governo ainda que privilegie seus correligionários eles dão lugar para o saber, para a meritocracia.
Já o PT, pelo menos o PT mineiro, não existe merecimento, nem direito, existe facção, se você é um deles você é bom , se não for, nada que fizer adiantará.”
José Aparecido Ribeiro é jornalista e editor do Blog
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