ACMinas muda para Savassi depois de 121 anos na Av. Afonso Pena, hipercentro de BH

Dia histórico para a centenária Associação Comercial e Empresarial de Minas – ACMinas 

Foto: Fuad Noman – Prefeito de Belo Horizonte

A quinta-feira dia 1º de setembro de 2022 foi um dia histórico para Associação Comercial e Empresarial de Minas – ACMinas. A associação de comerciantes de Belo Horizonte nasceu em 1901, e durante 121 anos funcionou na Av. Afonso Pena, 372 no hipercentro da capital mineira, próximo à Praça da Rodoviária.

Ao contrário do que as pessoas pensam, não é uma Associação de Minas Gerais, mas de Belo Horizonte. Quem representa as associações comerciais municipais em âmbito estadual, é a Federaminas, e não a ACMinas, embora o seu prestígio seja nacional. Não é por acaso o nome da Associação Comercial de Minas.

Havia no lugar da cidade um  Distrito que foi criado com a denominação de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral del Rey, por Ordem Régia de 1750 e, em 1890, renomeado como Belo Horizonte. Elevada à categoria de município e Capital de Minas Gerais, com a denominação de Cidade de Minas, em 1893, e passou a denominar-se Belo Horizonte, em 1901, justamente no ano de fundação da ACMinas.

Foto: Modesto Araújo, Bruno Fauci e Nadin Donato

A partir deste 1o de setembro, a ACMinas passa a funcionar na Rua Paraíba, 1.465 no 7º andar, em prédio que pertence a empresária Maria José Capanema, e cujo endereço funcionou por duas décadas, o tradicional Hotel Liberty Palace, até o ano de 2015, um dos endereços mais bem frequentados de Belo Horizonte por executivos e turistas em visita à capital mineira.

O prédio foi transformado após a Copa do Mundo de 2014 em andares de escritórios, e metade do 7o andar, um conjunto de salas de 250 M2, passou a ser a sede da centenária ACMinas, onde 15 funcionários além do presidente darão sequência às atividade da associação que nasceu em 1901 e funcionou por 121 anos num espaço bem maior de 2,5 mil M2.

Foto: João Carlos Amaral, Viviane Oliveira, Beth Ribeiro e Eliza Ateniense

Para o superintendente da ACMinas, Luis Paulo Neves a mudança é reflexo de uma nova fase da ACMinas, mais modernidade e acompanhando as tendências das grandes corporações, com racionalização de espaço e custo muito menor de manutenção. “As estações de trabalho foram instaladas em um espaço aberto e bem decorado, e por enquanto vamos trabalhar com 15 colaboradores, mas se necessário, temos espaço para 25 estações de trabalho”, relata o superintendente que é o executivo responsável pela gestão da ACMinas.

Presentes na solenidade toda a diretoria plena e executiva, além dos vice-presidentes e conselho superior. Na mesa principal o presidente do CDL, Marcelo de Souza Silva; o presidente da Junta Comercial de Minas Gerais, Bruno Falci; o vice presidente do TJMG, Evandro Lopes da Costa Teixeira, o presidente da Fecomércio, Nadin Donato e o presidente do Conselho Superior da ACMinas, o ex-presidente executivo, Agnaldo Diniz Filho, (ver foto de capa).

Foto: José Aparecido Ribeiro, Fábio Guerra Lage, Beth Ribeiro e Hudson Navarro.

Em seu discurso o presidente José de Anchieta falou sobre a mudança “Fizemos grandes investimentos em tecnologia para garantir completa segurança de dados, permitindo assim o trabalho remoto e gerando economia de recursos e tempo”, destacou. Segundo ele, diversos setores funcionarão em formato híbrido de trabalho, como a comunicação, o secretariado institucional e o setor jurídico. “Trata-se de um momento importante, que coloca a entidade em um tempo novo, dando continuidade ao nosso passado e presente de relevância ao empresariado mineiro e visando a prosperidade condizente com a riqueza natural e histórica de Minas Gerais”, enfatizou.

José de Anchieta lembrou ainda dos momentos importantes que a ACMinas esteve presente como a construção da Usiminas, da Mannesmann, Fiat e de empresas que fazem parte da história de Minas Gerais e do Brasil. Ele também defendeu a democracia e o estado democrático de direito. Citou o Manifesto do Mineiros, documento feito por ele em defesa da democracia numa alusão à possibilidade de um suposto “golpe contra a democracia por radicais de direita”, PASMEM.

Foto: Buno Fauci, José de Anchieta, Nadin Donato e Marcelo Souza e Silva

“Jamais usaremos a entidade para defender interesses próprios, nós valorizamos as instituições. Não adianta lembrar de trechos da Constituição, e não respeitar as instituições”, uma menção velada ao documento em que a ACMinas ficou fora e que foi assinado por 8 entidades empresariais mineiras contra atos arbitrários do Ministro Alexandre de Moraes do STF: (NOTA EM FAVOR DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO), publicada no dia 26 de agosto  em defesa de empresários que foram atacados sem o devido processo legal pelo ministro.

Foto: Ruy Araújo, Luziana Lanna e Maria José Capanema

O presidente disse ainda que é necessário respeitar as instituições, mas esqueceu-se de que este respeito deve ser recíproco. A fala gerou desconforto para alguns convidados que estão chocados com os abusos do STF, em especial contra o chefe do executivo, em flagrante comportamento ativista de parte da corte suprema do país que já não podem mais ser ignorados. A decisão de não assinar o documento feito por entidades empresariais não é do colegiado da ACMinas, mas exclusiva do presidente.

Foto: João Carlos Amaral, José de Anchieta da Silva e Eduardo Bernes

A cerimônia encerrou com a fala do prefeito Fuad Noman que lembrou dos 2 anos de pandemia e do maior lockdown do mundo, o de BH, durante a gestão Kalil. A cidade entrou para o Guinness Book por ter ficado em um ano, 200 dias fechada – inutilmente diga-se de passagem, embora o prefeito siga acreditando que tenham feito a coisa certa. Não existe estudo que comprova a eficácia do lockdown, e há pelo menos 150 estudos que demonstram sua ineficácia.

Em gesto de humildade, Noman reconheceu os prejuízos e disse que está trabalhando para recuperar o tempo perdido com o lockdown que levou a bancarrota a economia e milhares de empregos da capital mineira. O prefeito anunciou a revitalização do hipercento de BH, projeto que inclui a utilização do espaço da ACMinas para eventos.

Foto: João Café, Ephifanio Camilo dos Santos, Luiz Antônio Athayde Vasconcelos e Luciano Medrado

Ele fez questão de reforçar a importância do empresariado para o sucesso dos projetos da prefeitura que somam mais de 100 e disse que pretende iniciar uma cruzada a favor da revitalização do espaço, ocupando o hipercentro com moradias em prédios retrofitados por empresários que estão sendo convidados para a empreitada.

Noman pretende reforçar a segurança da região e transformar o centro histórico em local atrativo antes do fim do seu governo. “O centro está muito mal cuidado, sujo, muito maltratado e nós vamos reverter isso, mas precisamos da ajuda dos empresários pois sozinhos não conseguimos levar a cabo este projeto”, convidou o Alcaide.

Foto: Roberto Luciano Fagundes e Fuad Noman

Fuad disse ainda que todos os esforços do seu governo estão sendo envidados para desburocratizar a prefeitura e facilitar a vida de quem produz e gera emprego: “Ações de desburocratização de alvarás para obras já podem ser constatadas, e nos próximos meses viabilizaremos a construção civil dando uma injeção de R$3 bilhões na economia, que vai gerar cinco mil empregos diretos”, disse o prefeito se referindo às licenças de construção que levavam às vezes mais de um ano para serem liberadas e que agora serão agilizadas em uma semana.

Foto: Fuad Noman

Ao final Fuad Noman agradeceu os empresários presentes e anunciou: “BH terá um grande carnaval e eventos que darão oportunidade para milhares de trabalhadores recuperarem a dignidade e o sorriso. Vamos devolver a felicidade para população, perdida durante o pandemia. BH vai voltar a ser uma cidade da qual todos nós vamos nos orgulhar”, encerrou o prefeito que assumiu o comando da cidade no dia 29 de março deste ano após a saída de Alexandre Kalil para concorrer ao governo de Minas, e, encerrar sua desastrosa passagem pela política.

  • Credito de fotos: Jornalista João Carlos Amaral – Blog: www.joaocarlosamaral.com

José Aparecido Ribeiro é jornalista e diretor da ACMinas

WhatsApp: 31-99953-7945 – jaribeirobh@gmail.comwww.conexaomina

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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