Atividade turística mineira cresce acima da média nacional e coloca o Estado na frente de Rio e São Paulo

Inhotim surpreende, foram mais de 165 mil pessoas visitando o maior museu a seu aberto do mundo, de janeiro a julho

Foto: Belotur – Fachada da Igrejinha de São Francisco – Pampulha – BH

Poucas vezes na história de Minas Gerais se viu o turismo crescer com tanto vigor como nos últimos três anos. A título de comparação o crescimento de julho foi de 16,1%, se comparado ao mesmo período de 2022. E quem está dizendo não é o governo de Minas ou a Secult-MG, mas o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foi segunda maior movimentação de turistas em todo o território nacional, perdendo apenas para a Bahia, que avançou 21,5.

Quem diria que Minas fosse ficar à frente dos dois principais portais de entrada do turista estrangeiro do Brasil, o Rio de Janeiro e São Paulo. O Rio cresceu 14%  e São Paulo avançou  9,4%. Os indicadores revelam resultado positivo de 7,8% frente ao mesmo período de 2022 em âmbito nacional. O turismo está inserido no setor de serviços que apresentou um crescimento expressivo com 12,8% acima da média se comparado ao mesmo mês do ano passado.

O Observatório de Turismo de Minas Gerais aferiu os números e eles não mentem. A ferramenta da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), apontou para uma variação do volume de atividades turísticas acima de 71% com o restante do país. O Blog conversou com o economista Roberto Tavares sobre essa arrancada do setor e o que ela representa para o Estado: “Esse desempenho está sendo impulsionado por fatores, como a diversidade de segmentos, investimentos, melhoria na conectividade e recuperação do mercado de trabalho, além da alta temporada das férias do meio de ano que aqueceram o setor”, destacou o especialista.

Foto: Reprodução 123 Milhas

No BH Airport, os números corroboram para confirmar o momento positivo do turismo, foram 5.390 pousos de aeronaves no mês de julho, um aumento de 7%, comparado a julho de 2022. A passos largos graças ao empenho da BH Airport que vem acumulando prêmios internacionais de qualidade, gestão e praticas ambientalmente sustentáveis, só de janeiro a julho de 2023 as operações foram de 35.318 pousos.

Os números mostram um incremento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os desembarques tiveram uma variação de 9% a mais que o mesmo período de julho de 2022. Na ocasião, desceram em Minas 551.059 passageiros. No acumulado, os números mostram a melhora expressiva, isso por que de janeiro a julho, foram 3.544.302 desembarques nos aeroportos mineiros, tendo uma variação de 20% em relação ao mesmo semestre do ano passado.

Foto: reprodução – Secult-MG

O economista lembra que o turismo brasileiro acordou e que se houver integração dos vários agentes, ninguém segura: “Precisa estar agregado com vários setores. Não adianta um local ser muito bonito e não conseguir prestar um bom serviço. Os governos municipais se preocupam com a sua preservação, conservação e exploração turística. Mas isso tudo tem que ser aliado a uma política mais governamental, trazendo os parceiros econômicos e sociais”, destaca Roberto Tavares.

Empregos

Os empregos formais ligados ao setor de serviço revelou reação no penúltimo mês, com estoque de trabalhos ligados à cultura de 356.289 trabalhadores (+ 0,4%). O mesmo ocorreu no registrou do saldo de vagas no turismo (2.133), crescimento puxado pelos segmentos de alimentação, transporte, hospedagem, comércio e serviços, uma variação de 489% em relação a junho.

“A contribuição do turismo na economia ocorre na produção, na renda e no emprego dos principais pontos turísticos brasileiros. Porque fica evidente que mais recursos financeiros e humanos nesses locais trazem um fluxo de renda para as pessoas e o dinheiro circula tanto para a população quanto para o governo, que recebe mais impostos e pode abrir mais oportunidades de emprego e gerar mais renda”, afirma o economista.

Quem tem motivos para comemorar o ciclo virtuoso do turismo é o setor hoteleiro que passou por momentos dramáticos durante a pandemia, com hotéis fechados e demissões em massa. Isso por que a taxa de ocupação hoteleira da capital fechou em 74,67% no mês de julho, com recuperação da diária média que permitiu resultados há muito esperado por investidores do setor.

Foto: ECB – Instituto Inhotim em Brumadinho – MG

O Instituto Inhotim continua surpreendendo em termo de visitante, foram mais de 165 mil pessoas que procuraram o maior museu a seu aberto do mundo de janeiro a julho. Contribuindo significativamente para o turismo mineiro, os Parques Estaduais registraram 223.143 visitantes, e o destaque é para o Parque Estadual da Serra do Rola- -Moça com 47.101 visitas no intervalo de janeiro a julho.

Foto: Acervo Secult-MG – Secretário Leônidas Oliveira, Marcelo Souza e Silva e Milena Pedrosa

Confiante nos números, o Secretário de Estado de Cultura e Turismo, responsável por essa revolução no setor, o Arquiteto que é PhD em Cultura Européia, Leônidas Oliveira acredita que dias melhores ainda estão por vir: “Fomos destaque no site de reservas Booking como um dos 10 destinos mais aconchegantes do mundo, o que nos coloca nas vitrines mais importantes de emissores internacionais. Além disso temos o engajamentos dos gestores dos circuitos turísticos trabalhando a infraestrutura para receber bem o turista e alimentar o “boca a boca,” que no caso do turismo tem papel fundamental para a disseminação do destino. Nossa equipe não para, e estamos colhendo resultados do trabalho duro dos últimos três anos”, encerra o secretário que é considerado um dos mais prestigiados no governo de Romeu Zema.

José Aparecido Ribeiro é jornalista, presidente da Abrajet-MG e membro da SOAMAR.

www.conexaominas.comjaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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