BH se prepara para a 15a Mostra Internacional de Cinema que começa no próximo dia 28 de setembro

Mostra Internacional de Cinema de BH começa dia 28 de setembro e vai até 03 de outubro

Foto: Montagem 15a Mostra de Cinema Internacional de BH

Entrando na sua 15a edição, este ano no formato online e gratuita, festival promove o diálogo entre culturas buscando a aproximação de diferentes povos de vários continentes. Na oportunidade o mercado do audiovisual e do cinema coloca a capital mineira no centro das produções cinematográficas e realiza encontros de negócios, debates, discute a formação, o intercâmbio e a cooperação entre escolas, comunidades, redes sociais e produtores de cinema do Brasil e do mundo.

Dentro das programações destaque para o 12o Brasil CineMundi que integra o Cinema sem Fronteiras 2021 – programa internacional de audiovisual idealizado pela Universo Produção e que reúne a Mostra de Cinema de Tiradentes (centrada na produção contemporânea, em janeiro) e a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto (que difunde o audiovisual como patrimônio e ferramenta de educação). Um conjunto de eventos cujo propósito é aproximar e incrementar o debate a cerca da produção cinematográfica.

O que BH tem em comum com Beverly hills na Califórnia?

Foto: Acervo 14a Mostra de Cinema Internacional de BH

A cidade é celeiro de produtores de cinema. Nesta 15ª mostra foram selecionados 20 filmes produzidos na Grande-BH e eles tem como pano de fundo “A Cidade em Movimento”. São filmes que buscam retratar as experiências que as cidades tem em comum o espaço coletivo das grandes metrópoles.

Paula Kimo é curadora e propôs o tema: “Cidade (em) comum”. O recorte é uma tentativa de pensar a cidade através da produção coletiva e do compartilhamento de quase tudo que é comum aos cidadãos que habitam em uma determinada cidade.

Foto: Cine BH acervo

Paula acredita que a pandemia abalou a relação “imagem/cidade em movimento”. Ela lembra que “A mostra do ano passado recebeu muitos ‘filmes de janela’, ou feitos nas frestas das janelas, como costumo dizer”, relata a curadora.  Ela convida para a lembrança de que “As ruas se esvaziaram, os movimentos voltaram para cuidar das suas bases frágeis e as câmeras se voltaram para outros lugares, ou foram guardadas no armário, mesmo porque produtor independente precisa sobreviver, e não é o cinema que coloca comida na mesa”, pondera a curadora.

A mostra abre com o filme “Amador”, da Cris Ventura, sobre um amigo da cineasta, Vidigal. “É um filme lindo, que ativa muitas memórias afetivas, que fala de um modo de vida que aciona questões da cidade, da trajetória de vivência nas ruas, da arte, da loucura, da lucidez”, aponta Paula Kimo.

Foto: 14a Mostra de Cinema Internacional de BH

Para segunda sessão “Mátria Amada”, que trata a problematização de lugares e conceitos pré-estabelecidos: mãe, mulher, materno, amor parental. Na terceira sessão, “Contra Poder”, filmes que provocam reflexões sobre a força que destrói. “Tem um filme muito forte sobre o crime ambiental de Brumadinho, chama ‘O Vazio que Atravessa’, e também ‘O Resto’, a história de uma vida apagada pelo Estado, como tantas outras”, destaca a curadora.

A quarta sessão “Tem Diferença” discute racismo, colonialismo e violência institucional, enquanto a quinta e última é intitulada “Singular” e traz alguns retratos de vida, “o pessoal, os modos e meios de viver, em filmes de personagens bem marcados, histórias de afeto e amor, vidas narradas e contadas”.

A Mostra A Cidade em Movimento foi criada em 2016 numa ação coletiva sobre manifestações culturais, audiovisuais e educacionais. O objetivo da mostra A Cidade em Movimento é destacar produções que atuam política e artisticamente no espaço urbano, tomando para si a câmera para tornar visíveis lutas, atritos e subjetividades de cidades que vibram, resistem e se organizam, mesmo diante das adversidades.

12a CineBH. Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte

A Mostra A Cidade em Movimento é patrocinada com recursos do Fundo Internacional de Ajuda para Organizações de Cultura e Educação 2021 do Ministério das Relações Exteriores da República Federal da Alemanha, do Goethe-Institut e de outros parceiros: www.goethe.de/hilfsfonds.

CONHEÇA A SELEÇÃO DE FILMES E RODAS DE CONVERSA:

SESSÃO 1 – BAIXO CENTRO

Na poesia de Vidigal o encontro entre a arte, a loucura e o mais íntimo dos afetos. Para conhecer uma cidade é preciso reconhecer os corpos e lutas que atravessam sua história.

FILME – AMADOR

Documentário, cor, digital, 81min, 2020, MG – Direção: Cris Ventura

RODA DE CONVERSA Convidada especial: Louise Du Brasil – Multiartista, idealizadora e roteirista conjunta da série “As menor da redução”

SESSÃO 2 – MÁTRIA AMADA: O que resiste entre o lugar social da mulher e o papel estruturante do ser mãe? A sessão organiza filmes que colocam em contraste o desejo e a obrigação do amor parental, trazendo pontos de ruptura e quebra desse sistema masculinamente organizado.

FILMES SESSÃO 27  –  Ficção, cor, digital, 6min, 2021, MG – Direção: Haendel Melo

CASA NÚMERO ZERO – Documentário, cor, digital, 16min, 2021, MG – Direção: Breno Mesquita

AURORA – Ficção, cor, digital, 21min, 2019, MG – Direção: Leo Ayres

CONSELHEIRA – Experimental, cor, digital, 23min, 2021, MG – Direção: Rafael Bacelar

RODA DE CONVERSA – Convidada especial: Luciana Brandão – Multiartista, Coletivo MAM – Movimento Coletivo Arte na Maternidade

SESSÃO 3 – CONTRA PODER – As forças do capital, aliadas à máquina do Estado seguem traçando planos de destituição e subtração das vidas. Até quando vamos nos perguntar “até quando”? A sessão organiza filmes que nos convocam a resistir e operar contra esse poderio.

FILMES – DINHEIRO – Animação, cor, digital, 4min, 2021, MG – Direção: Sávio Leite e Arthur B. Senra

CIDADE ANALÓGICA – Experimental, cor, digital, 4min, 2019, MG – Direção: Eduardo DW e Álvaro Starling

[O VAZIO QUE ATRAVESSA] – Documentário, colorido, digital, 23min, 2021, MG – Direção: Fernando Moreira.

OPÇÃO DO TOMO  – Documentário, cor, digital, 3min, 2021, MG – Direção: Antônio Beirão Xavier

O RESTO – Documentário, cor, digital, 20min, 2021, MG – Direção: Pedro Gonçalves Ribeiro

RODA DE CONVERSA – Convidada especial: Carolina de Moura, defensora dos direitos humanos e da natureza, Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela

SESSÃO 4 – TEM DIFERENÇA  – Uma cidade, um bairro ou uma escola traduzem a história de um país ainda colonial, permeado por contrastes e violências raciais e institucionais. A sessão nos convida a relacionar espaços e posicionamentos políticos que buscam intervir nessa realidade.

FILMES – UM DE VERMELHO E UM DE AMARELO – Documentário, cor, digital, 14min, 2020, MG – Direção: Lipe Canêdo, GM & Fr4ad.

MORDE & ASSOPRA – Experimental, cor, digital, 10min, 2020, MG – Direção: Stanley Albano

DITADURA ROXA – Ficção, colorido, digital, 23min, 2020, MG – Direção: Matheus Moura

A ÚNICA COISA QUE ENTENDO COMO NORTE É A LIBERDADE – Documentário, colorido, digital, 10min, 2021, MG – Direção: Luciana Cezário

RODA DE CONVERSA – Convidada especial: Luana Costa, educadora

SESSÃO 5 – SINGULAR  – Olhar a cidade é sentir os versos cantados pelas pessoas e personagens que praticam seu cotidiano. Escutar a cidade, experimentar seus movimentos, imaginar aquilo que se passa em cada uma das janelas luminosas acesas ao cair do dia.

FILMES – COLETIVO – Documentário, cor, digital, 13min, 2020, MG – Direção: Wend Fernandes

DOIS – Ficção, cor, digital, 10min, 2021, MG – Direção: Guilherme Jardim e Vinícius Fockiss

EU VI NOS SEUS OLHOS, DA JANELA, EU VI, QUE ERA O FIM – Experimental, cor, digital, 10min, 2021, MG – Direção: Larissa Muniz

ESCORRE – Experimental, cor, digital, 13min, 2021, MG – Direção: Thiago Monteiro & Kelly Crifer

URDIDO – Ficção, cor, digital, 17min, 2021, MG – Direção: Samuel Quintero

RODA DE CONVERSA – Convidada especial: Carla Italiano, Pesquisadora e programadora.

ESTE EVENTO É REALIZADO COM RECURSOS DA LEI MUNICIPAL DE INCENTIVO À CULTURA DE BELO HORIZONTE

Patrocínio: MATER DEI, CEMIG/ GOVERNO DE MINAS GERAIS

Parceria Cultural: SESC EM MINAS, GOETHE INSTITUT

Apoio: EMBAIXADA DA FRANÇA NO BRASIL, INSTITUTO UNIVERSO CULTURAL, CASA DA MOSTRA E CAFÉ 3 CORAÇÕES.

Idealização e realização: UNIVERSO PRODUÇÃO

SECRETARIA ESPECIAL DE CULTURA | MINISTÉRIO DA CIDADANIA| GOVERNO FEDERAL

Para quem gosta, a programação é variada e atende a todas as tribos.

José Aparecido Ribeiro é jornalista e presidente da Abrajet-MH

www.zeaparecido.com.br – 31-99953-7945 – jaribeirobh@gmail.com

Esta matéria teve apoio da ETC Comunicação.

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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