CORONAVÍRUS: muitos erros, nenhum acerto, e o paroxismo da estupidez

POR: Ícaro Vienna – Advogado em Limeira SP – Leitor do Blog – Adaptação de texto do Dr. Carlos A.M. Gottschall Membro titular da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina e membro titular da Academia Nacional de Medicina

Durante epidemia de peste na Itália, em 1629, a mais avançada medicina do mundo indicava, para afastar os maus espíritos, preces, confissões, promessas, penitências, sangrias, cristais de arsênico nos pulsos e têmporas, pó de vidro, terebintina e cebola. Recomendava-se também cauterização de bubões com ouro ou ferro incandescente e após cobri-los com folhas de repolho e cortá-los, o sangue era puxado por três sanguessugas, para em seguida a incisão ser tapada com pombo esquartejado ou galo depenado. 

Passados 391 anos, relativizando e levando em conta todos os progressos sociais e tecnológicos adquiridos, muito pouca coisa mudou quando consideramos o fato de que a humanidade enfrenta um evento inesperado para o qual não tem resposta científica. A verdade é que, na pandemia atual, a população está sendo aterrorizada por chavões de uma mídia irresponsável, a maioria por puro palpite e interesse (e sem qualquer orientação científica competente, isenta e pragmática), submetem-se a uma ditadura de condutas incoerentes, insensatas e ineficazes. 

É assim que os palpites se multiplicam no combate ao Coronavírus. As sandices são múltiplas e as bizarrices incluem supostas infrações a regras inúteis ou prejudiciais. A divulgação de notícias é mero bombardeio com números absolutos: não há grupo de controle, nem comparativos, tampouco determinação de comorbidades, meras estatísticas que confundem positividade com doença ativa, levando todos a pensar que só esse vírus mata, embora mortes ocorram por milhares de outras causas. 

Nunca na história da humanidade houve um histerismo tão focado em um único fato, gerando as piores consequências com desdobramentos catastróficos, e por vezes criminosos, quando consideramos os efeitos na economia. O resultado dessa loucura coletiva é desemprego, desespero, miséria, depressão, fome, suicídio, neuroses em crianças e adultos, libertação de bandidos perigosos, infartos crescentes, atropelamentos, assaltos, violência doméstica, brigas de vizinhos, intensificação de fumo, álcool, drogas e todas mais conhecidas geradoras de óbitos. 

Os efeitos são ofuscados pelo espetáculo televisivo, daí que para a grande mídia e políticos oportunistas não interessa uma solução imediata. A VERDADE sobre VÍRUS todos se recusam a aceitar, mas há apenas duas maneiras de se derrotar um vírus: imunidade natural e vacinas. E só. Proibir as pessoas de se aproximarem nunca foi cura para vírus em nenhum lugar ou momento da história da humanidade. As defesas são a prevenção e o nosso próprio sistema imunológico. Um vírus não é um miasma, uma sarna, um piolho. Vírus desconsideram fronteiras, decretos, éditos, ordens políticas e palpites de “especialistas”.

Um salto na compreensão sobre os vírus foi dado na década de 1950 e codificado na década de 1970.

Nem todas as pessoas precisam ser infectadas para se tornarem imunes e nem todas precisam de uma vacina para alcançar imunidade. Ela é alcançada quando uma determinada porcentagem da população já contraiu alguma forma do vírus, com ou sem sintomas. E então o vírus efetivamente morre. Tal fato possui implicações importantes, pois parte da população pode se isolar durante os dias ativos do vírus, e então voltar à vida normal tão logo a “imunidade de rebanho” for alcançada pela infecção. Daí que, historicamente, o conselho médico para os idosos sempre foi o de evitar aglomerações em épocas de gripe (inverno).

Vale enfatizar que o curso de toda epidemia depende de três condicionantes, a saber: adaptação do agente infeccioso a vários locais e climas: suscetibilidade e resistência imunológica individual;  medidas preventivas e terapêuticas adequadas. Mas na atual pandemia, as três condições são pouco conhecidas, por falta de experiência prévia, já que se trata de um novo agente, mas ante os aspectos gerais de outros surtos epidêmicos, é certo que as condutas vigentes apenas prejudicam. 

Nenhuma das medidas que têm sido aplicadas possui qualquer respaldo científico. Nunca foram comparadas com anteriores e só representam puro palpite e deixam impunes os autores ao destruir a vida de milhões de pessoas, daí que ninguém é responsabilizado. Não há nenhum estudo acadêmico comprovando irrefutavelmente que justifiquem o lockdown e sua eficácia no combate a epidemia. A única tentativa apresentada foi um modelo epidemiológico completamente fraudulento criado por Neil Ferguson, do Imperial College de Londres, que previu que 2,2 milhões de americanos morreriam a menos que o governo decretasse imediatamente a quarentena de toda a população (sendo que o próprio Ferguson caiu em desgraça e renunciou). 

Na prática, era um modelo muito mais matemático que biológico. E ainda que tal instituição possua vinte anos de histórico pavoroso, suas previsões sempre se revelaram astronomicamente erradas, levando a imprensa britânica a ridicularizá-los. Após quatro meses de pandemia mundial já há evidências concretas de que o lockdown não alterou o número de mortos, só prolongou as curvas.

CONFINAMENTO :

Pela sazonalidade, exageraram o isolamento social em pleno verão, quando o contágio era mínimo e assim, exauriram a paciência da população, que, agora no inverno, quando poderia ser mais necessária, impera a dúvida. Obrigaram as pessoas ao confinamento em apartamentos pequenos, mal ventilados, sombrios, enquanto os parques e praças ensolarados, ótimos para evitar o vírus foram fechados.

Exageraram com desavergonhado espírito de imitação nas medidas adotadas no norte da Itália, em uma realidade climática e social diferente da nossa. Cidadãos proibidos de andar nas ruas, mas obrigados à aglomeração em ônibus e metrôs superlotados, ante a insuficiência da demanda. Nesse caso, curiosamente, não há controle de entrada.

MÁSCARAS: O grande engodo.

Viraram estereótipo universal, com sua ausência sendo punida como invocação do diabo na Idade Média, verdade única inapelável, em que leigos controvertidos consideram prepotente quem não as usa na rua. Mas tal consideração decorre de ignorância. O certo é que máscara só serve para evitar perdigotos, eis que ineficazes a mais de metro. Não têm serventia fora de aglomerações. Apenas lavar as mãos, manter distância, evitar contato físico suspeito é eficiente. 

Máscaras não protegem contra o vírus, ao contrário, se a atmosfera contiver vírus, eles se concentram ao redor da boca e ainda prejudicam a respiração, pois o ar expirado, rico em dióxido de carbono, é re-inalado, o que aumenta a acidificação do sangue e favorece o vírus.  Correr de máscara, então, é outro absurdo fisiológico, já que muito mais gás carbônico é absorvido.

É triste ver incautos mascarados numa rua deserta, numa praia ou quando sozinho dentro de um automóvel. É um atentado à saúde pública e ao bom senso. Daí que os “doutos” que obrigam ao uso apenas revelam sua má intenção para fingir “providências”.

ACHATAMENTO DA CURVA:

Toda epidemia tem início, pico e fim. Como não há vacina para o novo coronavírus, a epidemia não cessará enquanto o contingente populacional necessário não adquirir imunidade. Logo, tentar forçar um antecipado “achatamento da curva” só consegue alcançar dois escusos propósitos, protegendo o falido sistema de saúde estatal, sucateado e depredado, servindo aos políticos, que sempre estão pedindo “mais tempo” para aparelhar os hospitais, e pior, prolongando a agonia da população.

A OMS, além de comprometida com a China (… pois escondeu a divulgação da doença, permitindo que milhões de chineses invadissem os Estados Unidos e a Europa) e ainda anuncia agora a tragédia já prevista, a segunda onda, resultado de medidas mal conduzidas. 

AGRESSÃO A DIREITOS HUMANOS:

As pessoas perderam o direito à autonomia, vítimas de medidas discricionárias e autoritárias eficazes apenas na prepotência de proibir, mandar, obrigar, punir, multar.  Essas grotescas medidas são claramente inconstitucionais, eis que atentam contra direito de liberdade do ser humano, da liberdade de ir e vir e discriminação por idade. Dizem proteger os velhos, mas apenas os estigmatizam. Se o objetivo fosse proteger por grupo de risco, então deveriam identificar e proibir a circulação de hipertensos, diabéticos, sedentários, enfisematosos, fumantes, bronquíticos, cardiopatas e outros com maior risco do que a idade. Quase todos os velhos que pegam Coronavírus são os muito idosos, incapacitados, amontoados em asilos, isolados, como todos dizem que deve ser; e não os que caminham na rua.

CUSTO SOCIAL:

Empresas falidas, desemprego e desesperança geram outros males e provocam mais mortes. Funcionários públicos que estão em casa em férias remuneradas (não é culpa deles) mas não sentem o problema da imensa maioria de ambulantes, diaristas, ocasionais, particulares, informais, empregados que vivem do dia a dia e que agora ficaram sem renda em decorrência do desligamento compulsório da economia ordenado por prefeitos e governadores. 

Quando ficarem demonstrados todos os equívocos praticados, comparáveis ao tratamento da peste em 1629, talvez, no máximo, pedirão algumas desculpas. Mas será impossível consertar todo o estrago feito. E a população, obediente e adormecida, ficará com as máscaras nas mãos!

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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