O Senador Rodrigo Pacheco é acusado de equilibrista, e de segurar projetos capazes de estancar escalada dos preços de alimentos e combustíveis, baixando a inflação
Foto: Senador Rodrigo Pacheco – Acervo Blog
Em evento na Associação Comercial e Industrial de Cascavel no Paraná, recentemente, o Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional, foi enfático em suas declarações sobre os malefícios da inflação, e da alta taxa de juros que ameaça o desenvolvimento da economia brasileira.
O senador repete em todas as suas entrevistas coletivas ou mesmo individuais, o jargão: “Nosso compromisso é com o Brasil, e não com partidos ou grupos políticos. Não tenho pretensão de ser candidato à presidência da República. Nosso foco é superação da pandemia, crescimento econômico e projetos que vão gerar empregos para o povo brasileiro que está sofrendo os efeitos da pandemia”.
Na prática, no entanto, infelizmente o senador que elogiei várias vezes aqui no Blog, eleito com 3.616.864 votos por Minas Gerais, incluindo o meu, político vocacionado, detentor de currículo invejável e extenso, parece esquecer que na sua gaveta dormem projetos essenciais para a população que sofre com a escalada dos preços, incluindo o da gasolina que beira R$8 o litro.
O PL do ICMS dos combustíveis, já aprovado na Câmara dos Deputados, há dois meses, que vai modificar a cobrança do imposto pelos Estados, reduz em 8% o preço dos combustíveis. Aprovado este projeto, a consequência imediata será a queda da inflação e dos juros. No entanto, o senador que alguns chamam de equilibrista, não faz sua parte, ao que parece por interesses políticos particulares. Quer ser presidente agora, e não no tempo de Deus.
Foto: Montagem – Petrobras, composição do preço da gasolina
E este não é o único PL guardado na gaveta do jovem senador de 45 anos, já aprovado pelos deputados e engavetado no Senado. Existem outros como o dos “altos salários”; o da “reforma do imposto de renda”, e o da “privatização dos correios”. Pacheco precisa agir com responsabilidade e celeridade, independente dos seus interesses que até são legítimos, mas inoportunos para o momento que o país atravessa.
O Brasil não pode e não suporta ficar a mercê dos projetos pessoais deste ou de qualquer político. Não por acaso a Associação Comercial e Empresarial de Minas – ACMinas publicou carta (divulgada em primeira mãos aqui no Blog), cobrando do senador medidas urgentes para que os projetos citados sejam desengavetados, votados e disponibilizados para sanção do presidente da República.
Conversa de bastidores
Um dos vice-presidente da ACMinas, Ruy Araújo, lembrou de discurso do Cônsul Romano, Cícero, proferido há 2084 anos . “O Estado que já é sócio da inflação quanto mais inflação mais arrecadação, tornou-se sócio da crise hídrica. “Quo usque tandem abutere patientia nostra?” (Cícero, Cônsul Romano – ano 63 a.C) – Traduzindo: Até quando, Pacheco, abusarás de nossa paciência?.
Foto: Vice-presidente da ACMinas – Ruy Araújo com o Governador Romeu Zema
Este mesmo dirigente que é empresário, construtor, fundador de uma das maiores construtoras do pais, a Arco Engenharia, que hoje comanda a Soinco Engenharia em Belo Horizonte, e a Arco Hotéis, uma das maiores administradoras hoteleiras de Minas Gerais, foi flagrado em conversa ao pé do ouvido com o governador Romeu Zema: Na conversa, a sugestão para que a cobrança de ICMS seja suprimida sobre a bandeira vermelha da conta de luz.
Zema gostou da ideia e ao que tudo indica, vai acatá-la. Ruy Araújo, é um dos mais cotados para suceder José Anchieta da Silva na presidência da centenária Associação Comercial.
José Aparecido Ribeiro é jornalista
www.zeaparecido.com.br – WhatsApp: 31-99953-7945 – jaribeirobh@gmail.com
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