Cresce o interesse das famílias brasileiras por animais de estimação, é o que diz pesquisa da COMAC

Pesquisa revela que animais de estimação entram nos lares brasileiros por adoção ou presente.

Foto: Acervo Comac internet

Criada em 2007 a COMAC (Comissão de Animais de Companhia) trata dos interesses de um dos mais importantes e crescentes segmentos da indústria veterinária brasileira e mundial, o mercado de fornecedores de produtos para cães e gatos. A entidade realizou pesquisa que aponta crescimento no convívio humano com animais de estimação.

Os hábitos e os laços das famílias brasileiras mudaram muito nas duas últimas décadas. Os animais de estimação passaram a compor os grupos familiares, alguns substituindo filhos e trazendo alegria para casais, crianças, solteiros e até para as famílias mais numerosas, cada vez mais raras no novo perfil de grupos familiares, cada vez menos numerosos.

A pesquisa Radar Pet 2021 mostrou que a maiorias dos pets são adotados ou entram nas famílias sendo presenteados. O levantamento realizado pela COMAC mostra que 84% dos gatos brasileiros foram adotados e 54% dos cães são frutos de adoção.

Foto: Fotomontagem – Acervo Comac

Os felinos são os que mais se destacaram especialmente na região Norte do Brasil, revelando que eles tendem a ser os pets predominantes no Brasil. Regra geral os animais adotados estão em uma faixa etária mais jovem, e crescem ao lado das famílias ou tutores.

Embora não seja regra, há uma tendência que sobrepõe às demais no perfil de pessoas que adotaram pets durante a pandemia, são pessoas que moram sozinhas. A região Sul apresenta maiores taxas de adoção. Chamou atenção na pesquisa o fato de casais sem filhos terem preferência pelos gatos.

Mas ainda são os cães a preferência pelas adoções, eles representam 44% dos animais adotados enquanto que os felinos foram de 31%. Compram-se muito mais cães do que gatos no Brasil. Entre os cachorros, 41% foram adquiridos por meio de criador, loja ou pet shop. Já entre os gatos esse número é de 7%. Eles chegam ao lar como presente.

A pandemia modificou muito a relação do tutor com o pet. O que percebemos é que as famílias adotaram mais, inclusive tendo um grande percentual de pessoas que adquiriram o primeiro pet durante a pandemia. Os animais de companhia são extremamente importantes para a saúde e bem-estar emocional das famílias durante esse período de estresse. E isso alavancou as adoções, que já era uma tendência forte, mas foi alavancada”, comenta Leonardo Brandão, coordenador da Comac.

Foto: Acervo Comac

A pesquisa da Comac destaca que o aumento do número de pets nos lares brasileiros foi significativo durante a pandemia. Cerca de 30% dos pets foram adquiridos durante o período de isolamento social, com uma predominância maior de gatos nos lares brasileiros. Outro dado interessante é que 23% dos tutores adquiriram seu primeiro pet durante a pandemia.

O percentual de tutores que enxergam os animais como filhos ou membros da família aumentou, mostrando que o período também foi relevante para fortalecer os laços entre aqueles que permaneceram com seus animais. Também diminuiu o percentual de pessoas que enxergam os animais apenas como um bicho de estimação.

Foto: Acervo Comac – Presidente Jair Bolsonaro  assinando lei que agrava punição para maus tratos

A pesquisa revelou dado alarmante

Embora o Presidente Jair Bolsonaro tenha sancionado Lei contra os maus tratos de animais, Lei 1095/19 do deputado Federal Fred Costa (Patriotas/MG), cujo crime passa a ser punido com prisão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda; regime de reclusão pode ser fechado, semiaberto ou aberto, estima-se que cerca de 10 milhões de animais de companhia foram abandonados durante a pandemia.

Cerca de 40% dos pesquisados disseram que conhecem alguém que abandonou um pet neste período. A causa do abandono de animais é sem duvida a perda de poder aquisitivo de grande parte da população. Os tutores fazem isso com sentimento de tristeza e perda.

José Aparecido Ribeiro é jornalista

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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