1o Festival Brasil Luxemburgo é marcado pelos fortes laços entre a Colônia Luxemburguesa no Brasil, com Minas Gerais
Tudo pronto para a exposição de obras da artista plástica Joanna Scharlé de Vasconcelos neste sábado, dia 26 de fevereiro, durante a programação do Festival Brasil Luxemburgo que vai acontecer às 9h no Cine Belas Artes (Rua Gonçalves Dias, 1.481) onde ocorre exibição de documentário interativo sobre a história do Brasil e de Luxemburgo. Às 12h no Palácio da Liberdade (entrada pela Av. Cristóvão Colombo) inauguração do (L)Aço e da exposição.
O Festival Brasil e Luxemburgo (BraLux) é promovido pelo Consulado Honorário de Luxemburgo em Minas Gerais, com o apoio da Embaixada Luxemburguesa, da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas – Secult, e tem Apoio do Centro Cultural Banco do Brasil e da Clarice Fonseca Produções Culturais nas comemorações dos 100 anos de chegada ao Brasil dos primeiros imigrantes.
O evento ainda conta com o apoio da APPA Arte e Cultura, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico – Iepha/MG, do Circuito Liberdade e do Governo de Minas Gerais. A artista é reconhecida pelo seu estilo artístico vinculado às origens luxemburguesas. Durante a exposição, Joanna Scharlé vai apresentar seis pinturas a óleo sobre tela, criadas especialmente para o momento deste importante evento que acontece em Belo Horizonte e em João Monlevade-MG.
Foto: Tom Neto – Joanna Scharlé
Joanna, na visão do experiente promotor cultural Jorge Carlos Borges de Souza, Presidente do Conselho Empresarial de Cultura da ACMinas, é uma artista que “consegue, através do seu talento, conduzir o espectador a um estado de espírito mais elevado em relação à vida, amenizando-o de suas angustias e buscando compensa-lo da indelicadeza dos aspectos rudes da vida urbana com vibrações positivas e intensas que aduz a alma a uma sensação de alegria pura, ingênua, quase sublime”, relata o dirigente da ACMinas.
Jorge vai além e relata que Joanna Scharlé “foca sua atenção nas expressões psíquicas dos seus personagens que expressam suas dores e prazeres de forma quase voluptuosa, sem compromissos com exigências estéticas, narrativas ou inferências”, encerra.
Para a produtora Clarisse Fonseca, o conceito geral da exposição de Joana, “mostra um recorte com forte personalidade, detalhe que nos últimos anos se materializa nas figuras humanas em desconstrução, com intensa carga dramática, capaz de arrebatar o expectador ao primeiro olhar”, relata a especialista no tema e responsável pela organização do Festival. “Joanna representa os laços artísticos e históricos entre Brasil e Luxemburgo que começaram há 100 anos”, diz Clarisse.
A artista usa um dos seus nomes e laços luxemburgueses para valorizar seus talentos herdados desta miscigenação brasileira e luxemburguesa. São marcantes as cores e figuras humanas entrelaçadas ao imaginário psíquico da urbe, suas angustias e aspectos rudes. Dona de um currículo rico e diverso, com passagens pela Europa, Estados Unidos e centros de excelência no Brasil como a Universidade do Estado de Minas Gerais, UEMG, Joanna Scharlé iniciou seus estudos no ano de 1999, está conectada às artes há duas décadas.
“O foco da arte de Joanna é visivelmente as expressões psíquicas dos seus personagens que expressam suas dores e prazeres, sem compromissos com exigências estéticas, narrativas ou inferências. A liberdade com fortes traços psíquicos revelam o olhar da artista para o cotidiano de metrópoles maltratadas com belo Horizonte, onde vive”, relata o secretário de Cultura e Turismo do Estado, Leonidas Olivera, cujo mestrado em Autos Estudos de Cultura Européia, ocorreu na Espanha, em Valladolid.
Festival Brasil Luxemburgo
A partir de 4 de março, sexta-feira, o público de todo Brasil pode viajar pela história cultural e comercial das relações entre Minas e Luxemburgo pela plataforma digital (www.colonia.lu). Um dia antes, na quinta (3.02), com exclusividade, os mineiros têm acesso ao conteúdo,por meio de um quiosque de aço instalado no jardim do Palácio da Liberdade (Belo Horizonte). O espaço intitulado [L]AÇO – referência à siderurgia, ao afeto e à memória – abrigará na data, de 9h às 16h, uma exposição transmídia gratuita (ingressos no Sympla), com iPads que conectam, de maneira interativa, ao documentário “A Colônia Luxemburguesa”.
O filme foi dirigido pela historiadora Dominique Santana (LUX) e produzido pela Samsa Film – maior produtora cinematográfica de Luxemburgo, com mais de 50 prêmios internacionais, dentre eles, três indicações ao Oscar em 2021, Cannes e sucessos emplacados na Netflix, como a aclamada série intitulada, no Brasil, Os segredos de Manscheid. O evento em Belo Horizonte marca a aberturada 1ª edição do Festival Brasil-Luxemburgo.
E o Festival continua de 9 de março até outubro de 2022, em João Monlevade (MG) – símbolo da siderurgia em Minas, com grande influência luxemburguesa. A localidade recebe exposição de fotografias históricas sob curadoria de Clarice Fonseca, que também assina a produção do evento. A artista plástica Brasileira-luxemburguesa Joanna Scharlé expõe, na Prefeitura da cidade, uma série inédita com recorte na produção mais recente de Joanna, mesclando pintura em acrílica, nankin e telas produzidas com técnica mista.
Serão no total 15 obras em diferentes formatos. Além de Belo Horizonte, o quiosque de aço que carrega a exposição transmídia, também será montado na Praça do Povo, em João Monlevade (MG). Ao lado da estrutura, uma padaria produzirá, durante o Festival Brasil-Luxemburgo, o bolinho de carnaval – típico quitute da culinária luxemburguesa, com receita exclusiva desenvolvida pela embaixatriz Nicole Krieger.
Detalhes do 1º FESTIVAL BRASIL-LUXEMBURGO
Belo Horizonte (MG) – 26 de fevereiro, sábado (evento para imprensa e convidados)
Local: CINE BELAS ARTES
9h30 – Pré-estreia do documentário interativo “A Colônia Luxemburguesa”
Local: QUIOSQUE [L]AÇO – Jardim do Palácio da Liberdade
12h – Inauguração do [L]AÇO e primeira conexão com seu [L]AÇO gêmeo em Esch-Belval (Luxemburgo) durante a cerimônia de abertura da Esch2022
12 – Abertura da exposição Transmídia no Quiosque [L]AÇO
12- Exposição de Joanna Scharlé
Belo Horizonte (MG) – 3 de março, quinta (exclusivo e aberto ao público mineiro)
Local: QUIOSQUE [L]AÇO – Jardim do Palácio da Liberdade
Gratuito mediante retirada de ingressos pelo Sympla.
Exposição Transmídia
Belo Horizonte – 4 de março, sexta (aberto a todo Brasil)
Local: pela plataforma do projeto A Colônia Luxemburguesa www.colonia.lu
Gratuito
João Monlevade – 9 de março, quarta, a outubro de 2022 (aberto ao público)
Local: QUIOSQUE [L]AÇO– Praça do Povo
Exposição Transmídia
Produção de bolinhos de Carnaval na padaria da Praça do Povo
Local: Prefeitura de João Monlevade (MG)
Exposição de Joana Scharlé
Gratuito
José Aparecido Ribeiro é jornalista
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