Dia da cachaça é comemorado com cerveja gelada e claro, uma cachacinha no que restou dos botecos na capital nacional dos bares

Apesar do  fechamento de milhares de botecos em virtude de lockdowns inúteis, o setor da cachaça registrou crescimento e comemora o seu dia nacional hoje

Foto: Da branca ou da amarela ela desce bem pela goela

Este ano o dia nacional da cachaça, 13 de setembro, caiu em um dia da semana não muito convidativo para comemorações, segunda-feira brava pós-pandemia que deixou cidades fechadas e botecos falidos. Em Belo Horizonte, capital que bateu o record mundial de dias fechada, a situação é um pouco pior, foram a bancarrota, mais de 15 mil empresas, metade delas no setor de gastronomia, incluindo quase sete mil botecos.

Mesmo assim, os que sobreviveram vivem sob o julgo da prefeitura que liberou, mas não “liberou geral”. O funcionamento dos botecos, onde se pode encontrar uma boa cachacinha mineira, produto de exportação com selo de garantia e qualidade, estão permitidos somente a partir de quarta-feira até um pouco mais tarde, é que o maldito Coronavírus gosta do cheiro do álcool etílico e está mais propenso a atacar os apreciadores da iguaria.

Na capital Nacional dos Bares, mais de sete mil estabelecimentos fecharam as portas

A culpa desta estupidez, você deve perguntar, é de um tal Alexandre Kalil, cartola do futebol metido a político e gestor público. Não por acaso a cidade definha a passos largos, rumo ao maior buraco da sua história, falida, suja, mal cuidada e feia. Só mesmo tomando uma cachaça para dar conta de assistir esta maldade tendo que aturar ainda a “massa” amorfa que só entende de futebol apoiar toda essa canalhice.

Foto: Cachaça Havana, produzida na cidade de Salinas – Minas Gerais

Vamos ao que interessa, a cachaça: A data comemorada hoje foi criada em 2009 pelo Instituto Brasileiro a Cachaça – Ibrac, como uma homenagem ao dia em que a bebida foi liberada pela Coroa Portuguesa para venda e fabricação no Brasil: dia 13 de setembro de 1661. Na ocasião houve uma rebelião que ficou conhecida como a Revolta da Cachaça no Rio de Janeiro, quando  bebida até então proibida foi legalizada.

Apesar de tudo e dos políticos sem vocação, o setor conseguiu resistir e registrou até crescimento no ano passado em meio a pandemia. Os estabelecimentos produtores de cachaça e de aguardente registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), cresceram 4,14 % no último ano, de 1.131 que existiam em 2019, para 1.186 em 2021. A maioria deles em Minas Gerais, com destaque para a cidade de Salinas.

Foto: Alambique da Cachaça Vale Verde

Se você é bom da cabeça, não é doente do pé, gosta de samba e é brasileiro, uma cachacinha de vez em quanto não mata ninguém, ao contrário, há quem diga que “desentope” as artérias. Os rótulos se multiplicam e cabem em todos os bolsos, mas ela deve ser apreciada com moderação. Uma ótima sugestão de presente para amigos. Mande junto um vidro de álcool em gel e um convite para conhecer o que restou da capital nacional dos bares, a simpática e mal cuidada Belo Horizonte.

E viva a cachaça, a “bendita” da cachaça!!!

Na capa do post o jornalista Gladson Campos segurando a preferidas de Juscelino Kubitschek. Sempre que um chato aparecia, ele logo invocava a “Providência” para fazer circular quem não era bem vindo. JK era um apreciador da cachaça além de ter sido um autêntico pé-de-valsa.

José Aparecido Ribeiro é jornalista

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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