As boas intenções do Senador Rodrigo Pacheco não muda o caráter de políticos, ministros e jornalistas militantes
Foto: Página Senado Federal – Senador Rodrigo Pacheco
O Senador Rodrigo Pacheco presidente do Senado Federal veio a público ontem, quarta-feira (18) em entrevista coletiva, após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal – STF, ministro Luiz Fux, pedir diálogo entre os poderes. Será que dá tempo? Sinceramente acredito que não.
Tenho a sensação, com o devido carinho e respeito que nutro pelo político mineiro cuja carreira é comprovação de que possui vocação para o exercício da coisa pública, pessoa que tive o prazer da convivência em 2016 quando de sua candidatura a prefeito de BH, mas que parece não estar cônscio do que ocorre de fato entre o STF, o presidente da República e o povo que o elegeu.
O pacto, a julgar pelo comportamento deles, os ministros, foi quebrado. Quem ameaça a democracia não é o presidente da República e nem seus eleitores diuturnamente desrespeitados e achincalhados, chamados de radicais, mas cinco dos onze representantes do STF que agem a revelia da leia e da Constituição, ajudados por jornalistas militantes.
Quem ameaça a democracia são setores da imprensa sem compromisso com a verdade que disseminam pesquisas eleitorais forjadas feitas por encomenda para tentar ressuscitar um candidato à presidência em 2022, morto politicamente. Ontem saiu mais uma da XP Investimentos que mostrou o ex-presidiário com 40% das intenções de voto. Inacreditável acharem que todo mundo é idiota.
O candidato da esquerda e agora do “mercado financeiro” foi julgado e preso por corrupção, será que esqueceram disso? Crimes que não foram anulados, mas apenas transferidos de Comarca na tentativa de ganhar tempo para um projeto que visa devolver o poder à esquerda no Brasil, ainda que os exemplos de governos vizinhos sejam fartos de resultados trágicos: Venezuela, Cuba, Bolívia e mais recentemente a Argentina.
Mensalão, Petrolão, Lava-jato e centenas de outros escândalos não são invenções
A memória parece curta sobre o que foi o “mensalão”, o “petrolão”, a “lava-jato” e tantos escândalos ocorridos nos 16 anos do PT no governo saqueando os cofres públicos. Quem ameaça a democracia no Brasil são senadores conhecidos cuja tarefa é desestabilizar o governo, na tentativa de destruir um presidente eleito por 58 milhões cidadãos, por meio de uma CPI apelidada de CPI dos horrores, onde reina o cinismo e a demagogia.
Quem ameaça a democracia não é o presidente da República, mas setores da sociedade acostumados a privilégios que foram cortados, e que fingem defender a liberdade. Atores da política que mudam de posições, mas não mudam o caráter.
Não creio sinceramente Senador Rodrigo Pacheco, que esses ministros terão humildade suficiente para reconhecer que ultrapassaram todos os limites toleráveis e que o povo os quer longe do STF. Ninguém é contra o STF, mas contra quem usa aquela importante instituição para fins políticos partidários.
Não creio também que aqueles que querem derrubar o presidente irão sossegar por que V.Exa está bem intencionado e pedindo diálogo depois do caldo ter entornado. Tampouco a imprensa passará a cumprir sua missão que é de informar e não de militar politicamente com narrativas e manipulações covardes que não representam a realidade.
Nada fará o povo desistir de lutar por liberdade em 7 de setembro de 2021
Acho que sua atitude, presidente não vai fazer o povo mudar de ideia. As manifestações de descontentamento de parcela da população que merece respeito e sofre ao lado do presidente que ela escolheu, apesar dos seus defeitos, precisam ser consideradas como legítimas. Diferente do que pensa os malfeitores, ela está disposta a pegar em armas e lutar se necessário pela sua liberdade, e por um país livre da velha política.
Se o que dizem de democracia não for da boca para fora, terão que aceitar que o PODER DE FATO EMANA DO POVO, pois as manifestações do dia 7 de setembro não têm volta, irão acontecer com ou sem autorização dos “deuses” do STF e do Congresso Nacional. Vale lembrar que não adianta a mídia criar factoides e retóricas para enfraquecer o grito de liberdade do povo, ele é irreversível.
José Aparecido Ribeiro é jornalista
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