Em BH a gasolina bateu nos R$7,00, e o álcool a R$4,50 nesta sexta-feira de caos no trânsito

Belo Horizonte viveu o caos nesta sexta-feira (26). A razão foi o desdobramento de uma greve dos transportadores de combustíveis tentando pressionar o governo de Minas a reduzir o ICMS da gasolina que há cinco anos é de 31% e o segundo mais alto do país. Na reivindicação, a redução da alíquota do óleo diesel de 15% para 12% e do álcool que é 15% para 13%, a exemplo do que acontece no estado do Espírito Santo onde não existe refinaria da Petrobras.

Há menos de 3 meses o álcool custava R$2,80 e a gasolina R$4,15

Foto: Reprodução Grupo produtores de jornalismo

Pasmem, mas teve postos vendendo a gasolina hoje a R$6,00 e o álcool R$4,50. Há três meses o etanol era encontrado nos postos de Belo Horizonte a R$2,80 e a gasolina a R$4,15. O governador Romeu Zema disse que existe a possibilidade de redução em outro momento, mas não agora, pois é necessário que o governo encontre outra fonte de compensação para que o imposto sobre os combustíveis possa ter a sua alíquota reduzida sem impactar a arrecadação.

Há dois dias os postos não conseguem tirar pedidos junto às distribuidoras e nem encher os caminhões, pois todas elas ficam nas imediações da Refinaria Gabriel Passos – Regap em Betim, onde grevistas bloquearam o entorno da refinaria, uma das maiores do país. Centenas de postos da capital já não tinham combustíveis no meio da tarde desta sexta-feira (26) e as filas se entendiam por quarteirões, transformando o trânsito que já é ruim em dias de chuva, em um verdadeiro caos.

Três mil tanqueiros aderiram a greve que tem vieses políticos

Estimativas do SindTaque é de que mais de 3 mil tanqueiros aderiram ao movimento grevista.  O governo de Minas não aceita os argumentos dos grevistas e alega que variações do combustível não são decorrentes do ICMS, mas da política de preços da estatal de petróleo. Redução dos preços embora possível, não deverá ocorrer nos próximos dias, pois com a crise financeira no Estado o governo não pode abrir de impostos sobre combustíveis arriscando o custeio da máquina, incluindo salários.

Foto: Internet Tribuna de Minas

A greve foi convocada pelo Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTanque). Há quem diga que este sindicato tem na sua diretoria ativistas militantes de partidos de esquerda e que a greve não visa só reivindicar redução de impostos nos combustíveis, mas tumultuar a gestão de governador que pertence ao Partido Novo, com vistas a enfraquecê-lo.

Caos no trânsito e a BHTrans completando um ano de férias

A corrida aos postos se estendeu por todo o dia. Para variar a empresa responsável pelo trânsito da capital, mais uma vez não compareceu, deixando por conta dos sinais a gestão do trafego em vias completamente saturadas. A BHTrans não consegue apresentar planos de emergência para cidade quando ocorrem mudanças na rotina da cidade como greves, acidentes que fecham grandes corredores, especialmente o Anel Rodoviário e o resultado já é conhecido, trânsito lento e pesadelo para se deslocar.

Foto: Blog SOS Mobilidade Urbana

O que a população não sabe é que vários engenheiros da autarquia seguem em regime de trabalho remoto, para não dizer de férias. O desabastecimento provocado pela greve já está afeta a Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi o que afirmou representante do Minaspetro, entidade que representa mais de 4,5 mil postos no estado.

No final da noite, depois de reunião na Cidade Administrativa o governo costurou um acordo para que a greve seja encerrada e uma nova rodada de negociações seja feita na próxima semana. Ou seja, quem agiu precipitadamente enchendo o tanque, gastou tempo e pagou mais caro sem necessidade.

José Aparecido Ribeiro é jornalista independente em Belo Horizonte

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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