BH não tem indústria, é uma cidade de serviços e mesmo depois de 6 anos de governo, a ficha do prefeito não caiu, ele prefere fazer populismo, a deixar empresários trabalhar em paz
Foto: Sindicon – Espaço de eventos fechado em BH
Empresários e trabalhadores da cadeia produtiva dos eventos e do turismo protestam logo mais às 10h desta segunda-feira (7) na porta da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte contra o que eles chamam de ”Um BASTA ao pouco caso da PBH ao setor de eventos”.
A manifestação vai ocorrer na porta da sede do executivo municipal que fica na Av. Afonso Pena, 1212. É uma tentativa de chamar atenção do prefeito Alexandre Kalil para o drama que vive o setor, prejudicado por sucessivos lockdowns. Foram 200 dias com a cidade fechada só em 2020, levando milhares de empresas à falência e mais de 200 mil desempregados.
Participam da manifestação empresários e trabalhadores da Associação Brasileira de Empresas de Formatura – Abeform, a Associação Brasileira de Empresas de Eventos – Abeoc, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH-MG, a Associação Brasileira de Promotores de Eventos – Abrape MG, a Associação Mineira de Eventos e Entretenimento – Amee, o Belo Horizonte Convention & Visitours Bureau – BHCVB, a Federação de Rodeios de Minas Gerais – FRMG, o Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Estado de Minas Gerais é outras.
O setor foi um dos mais prejudicados pelos sucessivos fechamentos da cidade durante os anos de 2021 e 2022, sendo considerada a cidade que mais tempo permaneceu em lockdown no mundo. Para a empresária Érica Drumod, que é a presidente do BH Convention & Visitours Bureau, e dona do Hotel Ouro Minas Palace Hotel, o maior da cidade, a prefeitura tem faltado com o seu papel de promotora e incentivadora dos eventos na Capital.
“Se a PBH não pode ajudar, que ela não atrapalhe a vida de quem precisa produzir para sobreviver. Em qualquer lugar do mundo, empresários são tratados com respeito e atenção, aqui são tratados como inimigos pelo prefeito”, relata a empresária que já foi secretária de turismo do Estado e deixou a cidade de Miami na Flórida para reassumir o hotel da família que é um dos maiores de Minas Gerais e possui o maior centro de convenções em hotel da capital.
Foto: Acervo ABIH-MG – Guilherme Sanson – Presidente da ABIH-MG
“A vocação de Belo Horizonte é essa, não temos indústrias, somos uma cidade de serviços, e o que se vê é uma prefeitura omissa, que não só fechou a cidade desnecessariamente, pois já estava comprovado que lockdown não debelaria a transmissão do vírus, mas abandonou dois dos setores mais importante da economia que é turismo e os eventos, um complementando o outro. Sem evento o turismo vai sucumbir. Fica a sensação que o prefeito não dá a menor importância para a cadeia produtiva do turismo”, relata o executivo da hotelaria e presidente da ABIH-MG, Guilherme Sanson.
Resta saber se a ressaca do final de semana vai deixar o prefeito comparecer para o seu expediente de 4 horas na Afonso Pena, 1212. Kalil não é chegado a protestos e nem a trabalho, encara os manifestantes como “inimigos políticos” ainda que as reivindicações sejam justas. É pirracento, não admite ser contrariado e quando sabe de protestos na porta da prefeitura da cidade que ele se sente dono, costuma não sair de casa.
Já os manifestantes prometem fazer barulho e atrapalhar o trânsito na frente da sede do executivo municipal a partir das 10h desta manhã chuvosa de segunda-feira.
José Aparecido Ribeiro é jornalista e presidente da Abraje-MG
www.zeaparecido.com.br – www.conexaominas.com – WhatsApp: 31-99953-7945 – jaribeirobh@gmail.com
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