POR: Jussara Ribeiro – Presidente do Instituto Besc de Humanidades e Economia
Foto: Aurélio Murta ( UFF), Marcelo Simas (Energy Hub) Tiago Bolan (Eletrosul), Roberto Randolfo (Porto Itapoá), Jussara Ribeiro (IBesc), Mark Juzwiak (Aliança Hamburg Sud), Alberto Machado (Porto Itapoá), Silvio Campos (CBC), Roberto Dexheimer (Grupo Dex Soluções Logística)
Em visita ao litoral norte de Santa Catarina, nos municípios de São Francisco do Sul e Itapoá, conselheiros do Instituto Besc de Humanidades e Economia, de vários estados do Brasil, puderam conhecer empreendimentos que estão mudando as feições desse território e a vida de seus habitantes. Empresários, com necessidade de escoar suas produções, viram que precisavam de um porto naquela região catarinense.
Depois de vultuosos investimentos, durante longos 16 anos, conseguiram as licenças ambientais para a instalação do Porto Itapoá, que iniciou suas atividades em 2011. Em apenas 10 anos, esse empreendimento está sendo considerado um dos terminais mais ágeis e eficientes da América Latina e um dos maiores e mais importantes do País na movimentação de cargas conteinerizadas.
O estado-da-arte portuário
Foto:Jussara Ribeiro – Sala de simulação da Praticagem de São Francisco do Sul
Itapoá está posicionado entre as regiões mais produtivas do Brasil, estrategicamente localizado na Baía da Babitonga, integra importadores e exportadores dos mais diversos segmentos empresariais. Possui uma estrutura capaz de movimentar 1,2 milhão de TEUs por ano (medida padrão para o cálculo de volume de um contêiner) e está rumo à fase final de sua expansão, que possibilitará a movimentação de 2 milhões de TEUs anualmente.
Para essa eficiente operação, o Porto Itapoá conta com a Praticagem São Francisco (PSF), uma empresa formada pela sociedade de 13 técnicos-especializados, chamados “práticos” (nome dado a esses profissionais). A PSF não é a maior do país mas, certamente, é a mais bem estruturada, altamente qualificada e muito bem equipada. Em instalações próprias, a empresa tem inclusive o seu próprio píer, lanchas modernas, um “hotel” para seus marinheiros e sócios e um Centro de Simulação Computadorizada, para o permanente aperfeiçoamento dos profissionais.
Foto: Operação terminal de Itapoá – Navio Maersk Hamburg Sud, patrocinador do IBesc
É preciso dizer que um porto desse porte funciona 24 horas, 365 dias por ano. Ou seja, as equipes de trabalho estão sempre a postos, num esquema de escala.Sempre que vemos a ação da iniciativa privada no Brasil, reforçamos a opinião de que o Estado deve ser apenas e tão somente o agente regulador e fiscalizador, eficiente, naturalmente. Se as licenças ambientais, que são imprescindíveis, é claro, tivessem sido concedidas com 6 anos, tempo mais que razoável, o Porto Itapoá já teria alcançado sua capacidade máxima prevista.
A grandiosidade dos avanços conquistados em Santa Catarina na área portuária exige investimentos maiores e mais céleres em infraestrutura terrestre, para que possa expandir ainda mais a sua economia e contribuir para o desenvolvimento do país. Para se chegar a portos necessita-se também de rodoferrovias! Essas estão estranguladas em Santa Catarina.
Jussara Ribeiro
Presidente do Instituto Besc de Humanidades e Economia
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