A que nível chegou a hipocrisia e a desfaçatez da mídia no Brasil
A imprensa ativista e os representantes impolutos do onipotente mercado, bem como a esquerda oportunista, inexplicavelmente apresentam-se como vestais do livre mercado “preocupadíssimos” com a queda no valor das ações da Petrobras e com a repercussão no mercado internacional da decisão de trocar o presidente da estatal. Decisão essa que por lei cabe ao presidente da República e deveria ser tomada até o dia 20 de março próximo. Parece coisa de gente doida.
Tiveram a cara de pau de distorcer a fala de Bolsonaro ao bel prazer da mente perversa de militantes disfarçados de jornalistas, causando eles sim, prejuízos para o país e para os investidores da estatal. Bolsonaro não falou em controlar preços, disse apenas que os interesses do país precisam ser considerados neste momento de dificuldades e não apenas as regras de mercado e os interesses de pequenos grupos de acionistas preocupados com lucro apenas.
O desatino dos inimigos de Bolsonaro não têm limites. Eles não sabem o significado para um pai de família que ganha salário de fome ou está desempregado abastecer um carro com a gasolina beirando R$6. Nem tampouco o impacto disso no orçamento familiar ou na vida de um motorista de taxi. Causa espanto no entanto o fato de nenhum deles dar um pio sobre o preço da gasolina ultrapassando a casa de US$1,00. Lembro ainda que por 20 anos o PT aparelhou as estatais e que desmontar essa máquina perdulária, incompetente e corrupta exige coragem…
Isso sim deveria mobilizar a imprensa e os especialistas. Alinhados como abutres em busca de carcaças, de forma autômata e perversa ruminam aos quatro cantos disseminando o terror como se um presidente eleito por quase 60 milhões de cidadãos tivesse que pedir a autorização do mercado para nomear o presidente de uma estatal.
É inacreditável a desfaçatez do jornalismo ativista que incendeia as mentes mais fracas do povo incauto.
O aumento dos combustíveis é gatilho de inflação e parece causar preocupação só ao “genocida e fascista” que governa o país. A mais ninguém.
Foto: Acervo Secom – Presidência da República
O presidente da Petrobras, o tal Castelo Branco, há 11 meses em casa, é da mesma lavra de outros semideuses do serviço público, especialmente os do judiciário que acham suas vidas mais importantes e valorosas do que a de frentistas, caixas de supermercados, balconistas de farmácias, policiais militares, motoqueiros entregadores e profissionais da saúde que não pararam um único dia nestes 11 meses de pandemia.
A exemplo dele, que se acha ungido portador de sangue azul, procuradores, magistrados, servidores públicos enclausurados em condomínios e aptos de luxo nos melhores endereços do Brasil, com altos salários e estabilidade, seguem em casa de férias “trabalhando” do jeito que bem entendem no modelo home office, sem qualquer fiscalização ou meta para cumprir, salvo honrosas exceções.
São muitos os que criticam qualquer decisão que o presidente da República toma em defesa do povo, e nenhum com atitudes concreta para frear a disparada nos preços dos combustíveis. Esquecem que o país anda sob rodas e que o pobre não tem lenha para queimar no lugar de gás de cozinha. São hipócritas desqualificados, para não dizer covardes.
A Petrobras tem sim que garantir os lucros dos seus investidores, mais do que natural, pois é uma empresa de capital aberto, mas desde que não esqueça que também tem uma função social pois ela é uma empresa estatal cujo investidor majoritário é o povo brasileiro. Especialmente em épocas de pandemia como a que o país e o mundo vive. Os oportunistas da esquerda que se arvoram em nome do mercado são os mesmos que posam de humanistas em ocasião que lhes convém, se dizem até democratas. Olhando de perto, sinceramente, a palavra mais apropriada é nojo.
José Aparecido Ribeiro é jornalista
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