A festa entra na sua 9ª edição, começou ontem e termina amanhã sábado (5) com shows e atrações
Começou ontem e vai até sábado (5) a Festa da Mexerica Pokan da bucólica e histórica cidade de Belo Vale em Minas Gerais. Aproveitando as potencialidades turísticas, a prefeitura está promovendo paralelamente ao festival da Mexerica o Rodeio Belo Vale. O evento busca a valorização e reforço da identidade cultural, fomentando o turismo com a suas transversalidade com a cultura.
A mexerica de Belo vale é exportada para vários estados e até para o exterior. A cidade é a segunda na produção nacional de mexerica. Mas não é só ela, a fruta permite vários produtos derivados como doces, compotas, cachaças, quitandas entre outros que movimentam a economia criativa de Belo Vale e atrai turistas de todo o Brasil.
A Festa da Mexerica e Rodeio de Belo Vale vem se consolidando no calendário turístico de Minas Gerais, recebendo visitantes até do exterior, que valorizam os atrativos naturais e culturais da região montanhosa e de beleza rara. O Calendário de Eventos Culturais e Turísticos da cidade que tem 8 mil habitantes é movimentado o ano todo, e garante oportunidade de empregos temporários que contribuem para economia local.
A festa entra na sua 9ª edição, começou ontem e termina amanhã sábado (5) com a presença do prefeito Nequinha e de todo o staff da prefeitura. A festeira cidade é carente de hospedagem, mas isso não desanimou os visitantes que buscam refúgio em casas que viram hospedarias temporárias, sítios e nas cidades vizinhas de Moeda, Congonhas, Bonfim, incluindo a capital Belo Horizonte que está há 72 km de distância em uma viagem de 50 minutos.
Recentemente o prefeito Nequinha esteve no Palácio da Liberdade reunido com a equipe da Secult-MG e alinhavou a reabertura da Fazenda Boa Esperança que estava fechada para visitação, sob os cuidados do Iphan. Nas conversas ficou acertado que a prefeitura vai cuidar da manutenção da fazenda que é um atrativo internacional para turistas e estudiosos da história mineira.
História
Belo Vale possui expressiva riqueza histórica, cultural e natural, com destaque para o Museu do Escravo, a Igreja de Santana, a Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, Casarão dos Araújo, Conjunto Ferroviário, Cachoeira do Mascate, Cachoeira da Boa Esperança e a própria Fazenda que teve sua sede construída entre 1760 e 1780.
Belo Vale foi um dos primeiros arraiais de Minas Gerais, fundado por bandeirantes que descobriram ouro na região em 1.681. A Fazenda Boa Esperança foi residência do Barão do Paraopeba, proprietário das terras na localidade. Na fazenda, viviam em torno de 1.000 escravos que trabalhavam na mineração de ouro na Serra do Mascate.
Por volta de 1760, a aridez das terras de Santana do Paraopeba fez com que os fazendeiros procurassem lugares melhores para a lavoura e a pastagem. Adentraram pelo Rio Paraopeba e deram início, num vale, um povoado chamado de São Gonçalo, erguendo uma igreja em homenagem ao santo em 1764.
Com a construção de uma pequena ponte de madeira, mudou-se o nome do povoado para São Gonçalo da Ponte. Em 1839 este é elevado a distrito, e em 1914 começaram as obras do ramal do paraopeba da Estrada de Ferro Central do Brasil. Também em 1914 o nome do distrito á alterado passando a se chamar Belo Vale.
No ano de 1926 foi construída a ponte Melo Viana, obra majestosa para época, toda feita de cimento (vale lembrar que na época o cimento era importado da Europa). Em 1938 o então interventor de Minas Gerais Benedito Valadares institui o município de Belo Vale se emancipando de Bonfim.
Programação
Maiores informações sobre o evento você encontra no link:
https://www.instagram.com/festadamexerica/#
José Aparecido Ribeiro
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