Flagrante de desrespeito recorrente em pontos de táxi da capital

Foto: José Aparecido Ribeiro – Ponto de Táxi Rua Bernardo Guimarães em frente ao Diamond Mall

Taxistas ocupam vagas destinadas ao Rotativo em flagrante desrespeito às leis de trânsito e ao regulamento da BHTrans. O fato é comum na maioria dos pontos de táxi espalhados pela cidade. Na manhã deste sábado (19), no ponto de táxi da Rua Bernardo Guimarães em frente ao Shopping Diamond Mall, flagrei taxista ocupando vaga destinada ao Rotativo, sem necessidade.

Como mostra a foto, o taxista não estava com o dispositivo recolhido e esperava passageiros em local destinado a veículos particulares na categoria Rotativo.  A BHtrans, que é o órgão que regula o serviço público de transporte por táxi no município de Belo Horizonte, por concessão, também é responsável pela demarcação dos locais onde eles podem fazer pontos.

Foto: José Aparecido Ribeiro – Vagas do faixa azul sendo ocupadas por táxi

O espaço para estacionamento Rotativo cobrado pela prefeitura através de aplicativos divide igualitariamente vagas públicas em quatro ruas no entorno do Shopping Diamond, com os taxistas ocupando duas delas, a Av. Olegário Maciel e a Rua Bernardo Guimarães, cada uma com ¾ do quarteirão. Mesmo assim o número de vagas não parece ser suficiente para que motoristas de táxi respeitem o restante das vagas destinadas a veículos particulares. Eles se acham os donos do pedaço e fazem o que querem.

O Flagrante mostra que não era por falta de vagas destinadas aos táxi que o profissional desrespeitava a lei, mas por mau comportamento e a certeza da impunidade.  O táxi, como mostra a foto, esperava passageiros em local destinado ao Rotativo, quando deveria estar no local destinado a embarque. Por 30 minutos parei em fila dupla e propositadamente, com o alerta ligado, esperai o taxista retirar seu veículo do Rotativo. Mas ele fingiu não ver e permaneceu ocupando a vaga que tem outro fim.

Foto: José Aparecido Ribeiro – Táxi parado em vaga de faixa azul sem necessidade e em serviço

A ausência de fiscalização por parte da BHTrans e da Policia Militar deixa os profissionais da praça, ainda que sejam as exceções e não a regra, com a sensação da impunidade. A prática é comum em vários locais da cidade onde a oferta de vagas para o Rotativo já são escassas. Fora de serviço, os taxistas devem retirar do teto o sinalizador e se sujeitarem as regras impostas aos veículos particulares pagando pelo tempo de uso.

Reações agressivas são comuns quando veículos particulares ocupam vaga de táxi

O contrário costuma não ser recebido com a mesma paciência. A presença de veículos de passeio nas vagas de taxi acaba normalmente em conflitos e BO, ainda que o ato ocorra por desatenção de quem comete a infração. Não é por acaso que o táxi convencional perde espaço para os serviços de aplicativos, pois além de desrespeito ao código de trânsito e ao que manda a regulamentação da BHTrans, alguns profissionais da praça se acham donos das ruas e ainda costumam agir com agressividade.

José Aparecido Ribeiro é Jornalista em BH e escreve sobre assuntos urbanos, mobilidade e trânsito.

Contato: jaribeirobh@gmail.com – WhatsApp: 31-99953-7945

By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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