Grupo Mater Dei de Saúde adere a campanha Janeiro Branco em defesa da boa saúde mental

Encontrar caminhos para não se envolver em temas que não se tem domínio e buscar atitudes equilibradas naquilo que é inevitável, ajuda na boa saúde mental

Com o advento da pandemia ainda vivo na mente das pessoas, a instabilidade política que o Brasil atravessa e a sensação de impotência diante dos absurdos estampados diariamente nas redes sociais e na imprensa, a saúde mental precisa ganhar atenção e a pauta do dia. Se não quisermos viver em uma sociedade psiquicamente adoecida é urgente levar a sério a saúde mental individual e coletiva.

É cada vez mais comum ouvir as pessoas dizerem que estão exaustas e sem esperança no futuro da humanidade, e isso pode levar ao adoecimento. Preocupados os efeitos deletérios da pandemia na psique, a sensação de impotência diante do cenário político de divisões e arbitrariedades, a campanha “Janeiro Branco,” que está em sua 10ª edição, este ano traz o mote do equilíbrio como tema central.

Aristotélēs; Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C. foi um filósofo e polímata da Grécia Antiga. Ele dizia que a virtude está no meio, (Imedium Virtus). Encontrar caminhos para não se envolver nos assuntos que não temos domínio e buscar atitudes equilibradas naquilo nos é inevitável, costuma se a melhor alternativa para quem deseja viver em paz e com boa saúde mental.

O Blog conversou com o médico psiquiatra da Rede Mater Dei de Saúde, Dr. Rodrigo Barreto Huguet, e ele alerta para a necessidade de buscar inspiração nos gregos que falavam em “mente sã, corpo são”. “Não há saúde sem saúde mental. Pacientes com doenças clínicas adoecem mais emocionalmente, e pacientes com transtornos psiquiátricos adoecem mais clinicamente”, diz.

O especialista, que integra a diretoria e a comissão de Transtornos Alimentares da Associação Mineira de Psiquiatria, e coordena a comissão de Psiquiatria e Psicologia da Sociedade Brasileira de Diabetes, a pandemia de Covid-19 sobrecarregou a todos emocionalmente, pelo medo do vírus, pelo isolamento, pelo luto com a perda de entes queridos, despertado a necessidade do cuidado com a saúde mental.

Os transtornos mentais posuem origens multifatorial e biopsicossocial. “Isso quer dizer que há uma predisposição genética para transtornos psiquiátricos, bem como fatores de vida que os predispõem, como maus tratos na infância e outros traumas. Há pessoas mais e menos vulneráveis a adoecer mentalmente. Porém, há medidas que reduzem o risco de doenças psiquiátricas”, esclarece Huguet.

Entre as medidas mais abordadas estão: 

– Não usar drogas e não abusar de álcool, uma vez que a dependência dessas substâncias agrava os transtornos mentais, além de poder causar sintomas depressivos, ansiosos, psicóticos, adoecimento clínico e aumentar o risco de suicídio;

– Procurar reduzir os níveis de estresse, separando tempo para lazer de qualidade e colocando mais a atenção em problemas reais do que em problemas imaginários;

– Cuidar da saúde física, com hábitos saudáveis, cuidando da alimentação, praticando atividade física, frequentando os médicos regularmente;

– Ter relacionamentos de qualidade, separando tempo para os amigos, família e amores.

O especialista explica que emoções como ansiedade, tristeza, raiva, saudade e angústia são tão normais quanto a alegria, serenidade e paz. “Essas emoções e sentimentos fazem parte da riqueza da vida e são necessárias para causar desconforto e nos mobilizarem a procurarmos soluções para nossos problemas. Porém, quando essas emoções são excessivas, em frequência ou em intensidade, causando sofrimento significativo e duradouro, e sem um contexto que as justifique, é um sinal de transtorno psiquiátrico, e de que se deve procurar ajuda especializada”, revela.

Sinais de que as coisas não andam boas com a saúde mental

Quando se detecta abuso de álcool e drogas, tristeza ou desânimo persistentes, ansiedade incapacitante, desconfiança exagerada, ideias de morte ou qualquer outra alteração emocional ou comportamental que cause sofrimento significativo ou prejuízo funcional ou social devem ser consideradas um alerta para a pessoa. Nesses casos, o médico recomenda uma consulta com um profissional médico psiquiatra, para que a pessoa esclareça melhor um possível quadro depressivo e estude a forma de tratamento.

“É muito importante encarar as dificuldades sem julgamento, seja em relação a si ou aos outros. Procurar ajuda psiquiátrica, para buscar as ferramentas necessárias para um diagnóstico e tratamento eficazes, é fundamental. Os transtornos psiquiátricos  devem ser encarados como as doenças clínicas, sem preconceito. Não se melhora de nenhuma doença só com “força de vontade”, é preciso buscar tratamentos com evidências de eficácia. Um tratamento psiquiátrico adequado não provoca dependência e nem deixa o paciente “dopado”. Pelo contrário, objetiva permitir a ele retornar às suas atividades habituais. Ninguém tem culpa de adoecer, mas cabe ao paciente e seus familiares serem assertivos na busca do tratamento mais recomendado pelas evidências científicas”, adverte Rodrigo Huguet.

Transtornos não tratados. Os transtornos psiquiátricos, como depressão, transtornos ansiosos, dependências químicas e outros sempre foram muito frequentes, mas segundo o psiquiatra, muitas vezes não são tratados ou tratados de forma inadequada, por julgamento, preconceito, desinformação ou simplesmente falta de acesso ao tratamento.

“A saúde mental é essencial para todos os seres. Quanto mais precoce for o tratamento maior a chance de eficácia e menor o sofrimento para o paciente. Em geral, transtornos psiquiátricos leves a moderados podem ser tratados com psicoterapia, preferencialmente com uma terapia com mais evidências de eficácia, como a terapia cognitiva comportamental. Quadros moderados a graves necessitam de tratamento medicamentoso, isoladamente ou associado a psicoterapia”, comenta Huguet.

A Rede Mater Dei tem um serviço de Psiquiatria com uma equipe de psiquiatras que atendem interconsultas de pacientes clínicos internados com comorbidades psiquiátricas nas unidades Santo Agostinho, Contorno e Betim-Contagem. Essas unidades também contam com equipe de psicologia. A rede hospitalar não conta com atendimento de urgências psiquiátricas nos pronto-atendimentos. Pacientes com quadro de urgências devem ser encaminhados a um hospital ou clínica especializada.

Sobre a Rede Mater Dei de Saúde 

Aos 42 anos de vida, o Mater Deu busca honrar com o seu compromisso de ter o paciente no centro de tudo e se ancora em três princípios: inteligência e humanização como pilares do atendimento; tecnologia como apoio da excelência; e solidez das governanças clínica e corporativa. Os serviços médico-hospitalares do Mater Dei estão disponíveis para toda a família, em todas as fases da vida, com qualidade assistencial e profissionais altamente capacitados e especializados. Nos últimos anos o Grupo Mater Dei de saúde iniciou seu processo de expansão, levando para mais pessoas e mais comunidades, o jeito mineiro de acolher. A premissa é valorizar a vida das pessoas e humanizar a medicina.

Unidades

Minas Gerais: Hospital Mater Dei Santo Agostinho, Hospital Mater Dei Contorno, (BH) – Hospital Mater Dei Betim-Contagem, Hospital Santa Genoveva, CDI Imagem e Hospital Santa Clara  – Uberlândia.

Bahia: Hospital Mater Dei Salvador e Hospital Emec de Feira de Santana

Goiás: Goiânia Hospital Premium

Pará: Hospital Porto Dias – Belém

Dr. Rodrigo Barreto Huguet é mestre em neurociências pela UFMG.  Coordenador do ambulatório de transtornos alimentares, transtorno bipolar e terapia cognitivo comportamental do Ipsemg –  Psiquiatra de ligação da Rede Mater Dei de Saúde e Ipsemg – Psicoterapeuta cognitivo comportamental.

José Aparecido Ribeiro é jornalista

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By zeaparecido

José Aparecido Ribeiro é Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia e MBA em Marketing - Pós Graduado em Gestão de Recurso de Defesa

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